Você se considera um “cara comum” ou uma “garota comum”? Saiba que esse perfil é classificado pelo psiquiatra e psicólogo suíço Carl Jung como um dos 12 arquétipos da humanidade.
Um arquétipo é um personagem que representa um perfil comum e fácil de reconhecer na sociedade. Ele é uma construção do inconsciente coletivo, ou seja, de um reservatório de imagens mentais latentes, perpetuado de geração em geração, ao longo da história.
Assim, toda pessoa, em qualquer lugar do mundo, pode se identificar com um ou mais arquétipos junguianos, ao mesmo tempo em que identifica esses personagens com os seus amigos, familiares, colegas de trabalho e até mesmo com personagens da ficção.
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Quem é o “comum”?
O “comum” é o arquétipo que representa as pessoas cujo perfil seja voltado às atividades cotidianas e à sua vontade de pertencer a um grupo social. O seu desejo é o de conectar-se com outras pessoas. Você, com certeza, conhece pessoas assim e até mesmo pode se identificar com esse arquétipo.
Ele é a representação das pessoas comuns, que desenvolvem atividades e virtudes que não são assim tão raras de encontrar. São realistas, empáticos e sem grandes pretensões. É o clássico perfil dos coadjuvantes dos filmes — o que não quer dizer que essas pessoas não tenham o seu valor.
Quais são as principais características desse arquétipo?
Confira, na sequência, as principais características do arquétipo “comum”.
1. Necessidade de pertencimento
A principal característica da pessoa comum é a necessidade de pertencimento. Ela não tem o objetivo de se destacar, de liderar ou de alcançar algo grandioso. Para ela, ser feliz é ter uma rotina e uma vida simples, em que consiga ser aceita e fazer parte de determinados grupos.
Assim, essa pessoa valoriza muito a família, os amigos, o emprego e o relacionamento amoroso. Sente que esses são os verdadeiros pilares da sua trajetória, na busca pela felicidade.
2. Perfil amigável
É justamente pensando em ser aceito que o arquétipo do comum procura desenvolver um perfil amigável. Assim, as suas atitudes do dia a dia revelam simpatia, empatia, altruísmo, solidariedade e bom humor.
Essas pessoas também costumam ser muito prestativas, ou seja, se esforçam para ajudar ao próximo e criar com ele conexões positivas. Assim, gostam de conhecer as pessoas, mas precisam se esforçar para que essas conexões sejam mais profundas, e menos superficiais. É reconhecidamente um indivíduo bastante trabalhador e que consegue ser muito cooperativo e funcional, sobretudo nos trabalhos em equipe.
3. Humildade
O comum é provavelmente o mais humilde dos arquétipos. Ele não tem grandes pretensões, como destacar-se por uma habilidade rara, assumir posições de liderança ou ser independente. Para ele, está tudo bem fazer parte de uma equipe e alcançar resultados coletivamente.
Ele está em busca de aceitação e pertencimento, mais do que qualquer destaque ou reconhecimento individual. Isso não quer dizer, porém, que essa pessoa não tenha as suas ambições e objetivos na vida — a questão é que ela é apenas mais modesta e realista.
4. Realismo
Por falar em ser realista, o realismo é justamente uma característica-chave de quem apresenta o perfil junguiano do “comum”. Assim, essas pessoas são o que é chamado popularmente de “pé no chão”, ou seja, aquelas pessoas que analisam as situações antes de tomar qualquer decisão e que são cautelosas ao definir metas para as diferentes áreas das suas vidas.
Nos filmes, é comum enxergarmos um protagonista com ideias de grandeza, enquanto há um coadjuvante que o ajuda a enxergar as situações com mais realismo e sensatez. Esse coadjuvante provavelmente se enquadra no perfil do arquétipo “comum”.
5. Empatia e desejo de conexão
Para conectar-se com outras pessoas, o comum é um dos arquétipos mais empáticos. Isso significa que ele é capaz de colocar-se mentalmente no lugar de outras pessoas, imaginando o que ele mesmo sentiria ou como agiria se estivesse naquela situação. Isso o ajuda a ser mais prestativo e altruísta.
Consequentemente, essa pessoa comum consegue ser um amigo fiel e verdadeiro, capaz de ouvir e aconselhar o outro sem julgar e sem colocar-se em uma posição de superioridade. O que ele realmente deseja é criar conexões com as pessoas e fazer parte de grupos, pois, assim, se sente mais confiante e protegido.
6. Risco de “perder a si mesmo” para fazer parte
Um dos pontos de atenção para o arquétipo comum é que, com tanta necessidade de fazer parte de um grupo, ele pode acabar “perdendo a si mesmo”. Em geral, os indivíduos que se identificam com esse arquétipo não querem destaque individual e, por isso, gostam de fazer parte de grupos.
Contudo, para pertencer a essas equipes, esse indivíduo pode perder a sua autenticidade, isto é, deixar de ser ele mesmo apenas para “caber nos moldes de aceitação” definidos pelo grupo em questão. Isso pode torná-lo menos feliz.
7. Medo de obter algum destaque
Os maiores medos do arquétipo do comum são ficar de fora de algum grupo ou obter algum destaque. Tudo o que ele quer é fazer parte da sociedade, fazendo as suas coisas comuns e passar praticamente despercebido.
Se, por acaso, ele começar a obter algum tipo de destaque — mesmo que positivo, como um desempenho excepcional no trabalho — ele pode se sentir desconfortável nessa posição. Na visão desse indivíduo, há mais segurança e satisfação se ele estiver apenas compondo um grupo do que trilhando um caminho individual, o que significaria mais pressão sobre si mesmo.
O “comum” é um arquétipo junguiano bastante fácil de encontrar. Resumidamente, ele contempla todas as pessoas que gostam de se sentir pertencentes e de criar conexões, evitando destaques individuais. Ele pode ser feliz assim, mas deve tomar cuidado para não sabotar a si mesmo nessa desesperada ideia de “se encaixar” em algum lugar.
E você, querida pessoa, se identifica com o comum? Por quê? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!
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