No processo de Coaching, os arquétipos se manifestam como ferramentas de desenvolvimento. O seu uso pode ser feito em uma sessão inteira de coaching, pois é uma ferramenta que traz bastante complexidade evidente ao ser, devidamente desenvolvida/trabalhada.

Mas o que exatamente são arquétipos? Como eles podem aperfeiçoar o processo de coaching? Essas são as perguntas cujas respostas você vai descobrir no artigo a seguir. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

Entendendo o conceito de arquétipo

De acordo com a psicologia junguiana, um arquétipo é um conteúdo imagético e simbólico do inconsciente coletivo, compartilhado por toda a humanidade para representar algo. São personificações de determinadas características humanas. Assim, o herói é um exemplo clássico de arquétipo, representando características como coragem, inteligência, perspicácia, estratégia e proteção.

Trabalhar com os arquétipos durantes as sessões de coaching é auxiliar na expansão da visão do coachee, conduzindo-o a refletir sobre o que pode ou não fazer para conseguir realizar alguma coisa. A ferramenta também ajuda o coachee a perder as barreiras que o impedem de ultrapassar alguns obstáculos no decorrer da vida.

No decorrer das sessões de coaching, na maioria das vezes, são reconhecidos alguns objetivos que, a olho nu, parecem impossíveis. Isso quer dizer que a visão do coachee não consegue enxergar com muita clareza o que fazer para resolver determinada situação. Assim, os arquétipos são representações que ajudam o indivíduo a conhecer a si mesmo e a identificar-se com aquelas representações, servindo também como fonte de inspiração para superar as adversidades.

Os 4 arquétipos xamânicos

1. O guerreiro

O Guerreiro é aquele que luta, com a vontade de ir atrás dos seus objetivos, independentemente do obstáculo que possa aparecer pela frente. No coaching, dentro dos perfis comportamentais, esse arquétipo é o equivalente ao tubarão.

Trata-se de um indivíduo muito ativo, com energia abundante. Ele se sente realizado quando age e coloca a sua energia em prol do alcance das suas metas. Ele é corajoso, ousado e proativo, mas também pode ser impulsivo e imprudente. As energias do arquétipo do guerreiro são imediatistas, práticas e voltadas à vitória. Ele não gosta de delegar poder, pois se sente autossuficiente.

2. O visionário

O visionário é aquele que enxerga além do seu tempo. Criador, é aquele indivíduo criativo, pensativo e planejador. No Coaching, dentro dos perfis comportamentais, esse arquétipo é equivalente à águia.

Trata-se de um indivíduo muito intuitivo e com foco no futuro, quase sempre tendo ideias consideradas “mirabolantes”. Apresenta um perfil curioso, flexível e informal. O seu ponto a desenvolver é a distração. Ele precisa aprender a canalizar a força do seu pensamento para algo construtivo, e não ficar apenas no universo das ideias.

3. O mestre

O mestre é aquele que sabe ensinar, que sabe o caminho correto. É o personagem experiente, que compartilha os seus saberes, experiências e habilidades com os mais jovens. No Coaching, dentro dos perfis comportamentais, esse arquétipo é equivalente ao lobo.

Preciso e um pouco perfeccionista, esse arquétipo é o das pessoas que querem fazer o que é certo, ou seja, a eficácia. Por isso, esse indivíduo é detalhista, organizado, estrategista e pontual. Está sempre em busca do conhecimento. Os seus pontos a desenvolver podem ser a inflexibilidade, o conservadorismo e a previsibilidade, com medo de fazer diferente.

4. O curador

curador é aquele que literalmente cura as pessoas, que se compromete com o outro, que se importa, ajuda, auxilia, conduz. É o famoso solidário. No coaching, dentro dos perfis comportamentais, esse arquétipo é equivalente ao gato.

Trata-se de um arquétipo referente aos indivíduos que gostam de trabalhar em equipe e que sabem conduzir bons relacionamentos interpessoais. Comunicam-se com clareza e buscam ser prestativos, em prol da harmonia do grupo. Sabem a hora de delegar a autoridade.  Os seus pontos de desenvolvimento são a falta de autonomia e a sensibilidade exacerbada, que podem prejudicar as suas ações em alguns momentos.

Esses arquétipos podem ser vistos em seções da roda abundância — ferramenta do coaching — e servem para exemplificar algumas áreas das vidas das pessoas. Esses perfis, arquétipos, servem para nomear as pessoas que eles representam.

Cada um desses perfis está presente na vida de muitas pessoas. Enquanto o coachee lê ou escuta falar sobre esses perfis, ele associa imediatamente quem na sua vida mais se encaixa em cada um deles, incluindo ele mesmo. Durante a sessão, quando o coach propõe ao coachee o exercício de pensar para compor cada perfil em uma pessoa de seu ciclo social, rapidamente ele conseguirá.

Sessão de coaching e desenvolvimento pessoal por meio do arquétipo

Ao conduzir o processo, o coach orienta o seu cliente a parar e refletir sobre cada uma das pessoas escolhidas na reflexão. O objetivo é conduzir o coachee a analisar cada arquétipo. Isso pode ser trabalhado tanto em estado de hipnose quanto em estado de plena consciência. O essencial é que o coach saiba orientar o coachee, de modo que ele consiga acessar o seu inconsciente, reconhecendo o inconsciente que existe em cada uma das seções.

O processo de reconhecimento dos pontos positivos e a desenvolver dos arquétipos é o que ajudará o coachee a desenvolver com eficácia o seu objetivo. Ao refletir sobre cada um dos arquétipos, visualizar as pessoas que se encaixam nesses perfis e se reconhecer neles, ele desenvolverá o nível de consciência sobre as quatro áreas da sua vida, pois, reconhecendo as qualidades e defeitos de cada um, o indivíduo saberá como agir e como não agir etc.

Os arquétipos, portanto, são representações imagéticas de características humanas. Há diversas versões desses arquétipos que vão além dos 4 apresentados. Nas sessões de coaching, eles são úteis para que o indivíduo reconheça as características predominantes em si mesmo e nas pessoas ao seu redor. Isso contribui com o seu processo de autoconhecimento e desenvolvimento.

E você, querida pessoa, se identificou predominantemente com qual dos arquétipos apresentados? Por quê? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!