A satisfação organizacional representa o quanto as pessoas que fazem parte de uma empresa estão felizes por estar ali. Por isso, trata-se de um importante indicador de desempenho da área de recursos humanos, que precisa compreender como está o clima organizacional e como vai a disposição geral dos colaboradores para alcançar as metas.

Nesse sentido, a pesquisa pulse, também conhecida como pesquisa de pulso, é um importante instrumento de avaliação do grau de satisfação dos profissionais. Gestores de RH, diretores e CEOs de empresas de diferentes áreas e portes têm aderido a ela como uma ferramenta administrativa poderosa. Entenda o que é essa pesquisa e como ela pode ser colocada em prática, no artigo a seguir. Boa leitura!

O que é a pesquisa pulse?

A pesquisa pulse recebe esse nome porque avalia a “pulsação” da empresa, como se fosse um organismo vivo. Isso quer dizer que essa pesquisa avalia a vivacidade da organização em aspectos específicos, como a aderência da empresa a determinadas práticas, a percepção de cada colaborador sobre o clima organizacional, o grau de motivação das equipes, entre outros.

A pesquisa pulse costuma ser utilizada para aprofundar a análise de pesquisas prévias mais generalistas. Assim, ela mapeia tendências, identifica problemas e propõe novos caminhos para que resultados mais positivos possam ser obtidos. É uma ferramenta simples e objetiva, que não demanda muito tempo. Avalia o ambiente interno da empresa junto aos seus colaboradores, o que serve como base para uma tomada de decisões muito mais eficaz e precisa.

Pesquisa pulse e pesquisa de clima são a mesma coisa?

Ao ler a definição acima, talvez você tenha ficado com a impressão de que a pesquisa pulse e a pesquisa de clima são a mesma coisa. De fato, elas têm aspectos em comum, mas não são sinônimos.

A pesquisa de clima organizacional é uma pesquisa geralmente de grandes dimensões, que aborda diversos temas no que se refere ao ambiente interno. Ela costuma ser realizada uma vez por ano e é aplicada a todos os colaboradores.

PSC

Já as pesquisas pulse, por sua vez, são menores e abordam um assunto de cada vez. Além disso, elas são feitas em frequência maior, cada vez que uma questão pontual surja — o que pode ocorrer várias vezes ao ano. Por fim, elas até podem ser aplicadas em toda a empresa, mas o mais comum é que sejam respondidas apenas pelas equipes diretamente envolvidas no assunto abordado.

Por que essa pesquisa é importante?

A pesquisa pulse é, acima de tudo uma ferramenta diagnóstica. Por meio dela, diversas questões problemáticas internas podem ser identificadas, como: lideranças ineficazes, comunicação com ruídos, problemas de motivação etc. Essas pesquisas são aplicadas pelos profissionais de RH e respondidas anonimamente pelos colaboradores. Assim, ao identificar os problemas levantados, os profissionais dos recursos humanos já iniciam uma série de medidas para resolvê-los.

Portanto, a pesquisa tende a beneficiar a motivação dos colaboradores, a satisfação, o engajamento e a comunicação interna. Além disso, como essas pesquisas são menores e bastante objetivas, podem ser aplicadas facilmente em diferentes momentos. É uma oportunidade de que os próprios funcionários deem um feedback sobre a empresa e os seus procedimentos. Com base nos dados fornecidos por eles, a organização consegue promover melhorias expressivas.

Como adotar a ferramenta e colocá-la em prática?

A pesquisa pulse, como você pode perceber, é bastante simples e aborda um tema único, a fim de mensurar as opiniões dos colaboradores. Ela deve ter não mais do que 10 perguntas e, devido à sua simplicidade, pode ser aplicada semanalmente, mensalmente ou sempre que os líderes julgarem necessário. 5 minutos devem ser suficientes para respondê-la, permitindo que a empresa identifique rapidamente os problemas internos e tenha tempo hábil para resolvê-los.

Confira como desenvolver a pesquisa pulse em 5 passos!

1. Defina um assunto específico

A pesquisa pulse não é como uma pesquisa de clima, que é extensa e que aborda diversos temas sobre a satisfação interna. Ela deve conter apenas um assunto, sobre o qual todas as perguntas devem ser desenvolvidas. O objetivo dela é aprofundar a compreensão sobre esse tema, ajudando a apurar as origens dos problemas internos e a estimular o desenvolvimento de medidas que os solucionem. Dessa forma, seja específico ao definir o problema da sua pesquisa, de modo que ela seja simples.

2. Redija questões claras e objetivas

Como o objetivo da pesquisa pulse é diagnosticar problemas com rapidez, é essencial que as perguntas sejam breves e objetivas, sem grandes contextualizações. Resolva um problema de cada vez e certifique-se de que a pergunta não será compreendida de diferentes formas, mas de apenas uma. As respostas podem ser abertas (o respondente escreve o que pensa) ou ter alternativas em escala Likert (por exemplo: “concordo fortemente”, “concordo”, “discordo”, “discordo fortemente”), como preferir.

3. Não se exceda na quantidade de perguntas

Conforme citamos, a pesquisa pulse deve ter não mais do que 10 perguntas, podendo ser respondida em cerca de 5 minutos. A ideia é ser sucinto mesmo, apenas para compreender o que os colaboradores pensam sobre um determinado tema da empresa. Há até mesmo pesquisas pulse de apenas 1 ou 2 perguntas! O objetivo é ser breve e ágil, já que ninguém tem tempo a perder no ambiente de trabalho, e pesquisas muito extensas desmotivam as pessoas a respondê-las!

4. Tenha a tecnologia como uma aliada

As pesquisas pulse podem ser respondidas pelo método tradicional, do papel impresso. Contudo, a tecnologia pode facilitar bastante esse processo. Existem programas, como o Google Forms, que permitem a criação de pesquisas digitais, cujos links podem ser encaminhados por e-mail aos respondentes, o que pode ampliar a quantidade de participantes. Em poucos cliques, a pesquisa é respondida e os dados são automaticamente compilados, gerando tabelas e gráficos muito úteis!

5. Acompanhe os dados

Por fim, lembre-se de que de nada adianta realizar uma pesquisa se não houver alguém capacitado para acompanhar as estatísticas e extrair delas interpretações coerentes. Assim, consulte os relatórios que as ferramentas de pesquisa geram para compreender os problemas da organização, as suas causas e as opiniões gerais dos colaboradores. A partir disso, diagnostique os problemas e apresente-os às equipes de RH, a fim de desenvolver ações que solucionem as questões identificadas.

Concluindo, a pesquisa pulse é um tipo de pesquisa de satisfação interna, mas muito mais curta e direcionada a um tema específico. Com poucas perguntas e extremamente objetiva, ela é respondida rapidamente. Dessa forma, os dados podem ser interpretados pelas equipes de recursos humanos, de modo que medidas estratégicas sejam adotadas internamente para resolver as questões identificadas.

E você, querida pessoa, já participou de uma pesquisa pulse? O que pensa sobre o tema? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!