A sustentabilidade é a capacidade que uma pessoa, organização, cidade ou nação tem de realizar as suas atividades (especialmente as econômicas) sem provocar um desequilíbrio no meio ambiente. Dessa forma, são supridas as necessidades da geração atual, sem que sejam esgotados os recursos que suprirão as necessidades das gerações futuras.

Dentro da ideia de sustentabilidade, existe um termo complementar, que é a ecoeficiência. Esse termo consiste na capacidade que uma organização tem de manter e até mesmo aumentar a sua produtividade, utilizando o mínimo possível de recursos e gerando o mínimo possível de resíduos — o bom e velho fazer mais com menos.

Neste artigo, vamos nos aprofundar no tema da ecoeficiência, entendendo o seu significado, descobrindo como ele pode ser colocado em prática nas empresas e levantando os motivos pelos quais é importante e vantajoso investir nesse aspecto. Continue a leitura a seguir e saiba mais sobre o tema!

Qual o significado de ecoeficiência?

Eficiência significa fazer uma atividade da melhor maneira possível. Geralmente, essa definição consiste em gastar o mínimo possível de tempo, de pessoas, de máquinas, de dinheiro etc. Por isso, a eficiência aparece frequentemente nas discussões corporativas, especialmente no departamento financeiro.

A ecoeficiência, por sua vez, é um tipo específico de eficiência. Nas empresas, ela consiste em manter a produtividade consumindo o mínimo possível de recursos naturais e gerando o mínimo possível de resíduos. O termo foi criado pelo Conselho Mundial de Negócios para o Desenvolvimento Sustentável, em 1992.

Sendo assim, as empresas que colocam em prática a ecoeficiência são as que conseguem: praticar preços competitivos, satisfazer desejos ou necessidades das pessoas e gerar qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzem o seu consumo de recursos naturais e respeitam a capacidade da natureza de repor a matéria extraída.

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Dessa forma, uma empresa que trabalha com pisos em madeira, por exemplo, será considerada ecoeficiente se não extrair da natureza mais madeira do que o necessário, se respeitar as espécies que de fato podem ser extraídas, se trabalhar com o reflorestamento, se obedecer à legislação vigente e se minimizar ao máximo possível a geração de resíduos da sua produção (lixo).

Quais são os 7 elementos fundamentais para a ecoeficiência?

A ecoeficiência é obtida por meio de 7 pilares, ou seja, 7 atividades que devem ser priorizadas no dia a dia da organização. Empresas que se esforçam para colocá-las em prática revelam um comprometimento com a sustentabilidade. Esses 7 elementos são:

  1. Redução de materiais: evitar o desperdício e utilizar apenas o que for necessário na produção de bens e na prestação de serviços;
  2. Redução do consumo de energia: utilizar energia de forma consciente, apenas na intensidade e na duração necessárias para a produção de bens e prestação de serviços;
  3. Gestão de resíduos: reduzir ao máximo possível a produção de resíduos, sobretudo os tóxicos;
  4. Reciclagem: reaproveitar os materiais o quanto for possível;
  5. Utilização de recursos renováveis: respeitar os limites da natureza, extraindo dela os recursos que têm a capacidade de se renovar;
  6. Durabilidade de produtos: produzir itens de alta durabilidade, de modo que não seja necessário produzir e comprar novos produtos desnecessariamente;
  7. Educação: conscientizar os colaboradores da empresa e os consumidores acerca da importância do uso racional dos recursos naturais e energéticos.

De que forma as empresas podem colocar esses elementos em prática?

Ao ler esses itens, não é difícil compreendê-los na teoria. Mas e quanto à prática? No dia a dia da empresa, quais atitudes podem ser adotadas para que a ecoeficiência seja efetivamente vivenciada, e não apenas idealizada?

Alguns exemplos muito bacanas já têm sido colocados em prática por diversas organizações no Brasil e no mundo. As empresas podem, por exemplo, reduzir o consumo de água substituindo os equipamentos tradicionais por aqueles que contam com fechamento automático. O mesmo vale para a luz: adotar sistemas automáticos, que acendem com sensores de movimento e apagam quando não há ninguém no local.

As organizações também têm procurado alternativas menos nocivas ao meio ambiente para a geração da sua própria energia, como as fontes solares e eólicas. Outra medida bastante simples, mas que tem gerado impactos positivos à natureza, é a substituição das lâmpadas regulares pelas lâmpadas de consumo reduzido.

Quanto à gestão de resíduos, é essencial que as empresas saibam o que fazer com o lixo gerado. O reaproveitamento de materiais é sempre uma ótima opção. Se não for possível, que o descarte seja feito sempre da maneira adequada, ou seja, no local apropriado e com os materiais separados. Resíduos orgânicos podem ser reaproveitados por meio da compostagem.

Por fim, nunca é demais reforçar que as marcas têm um forte poder de comunicação e influência junto à sociedade. Por isso, campanhas e medidas educativas que estimulem a reciclagem, a redução e o reuso de recursos naturais, evitando o desperdício, são sempre necessárias. Além disso, a própria empresa deve dar o exemplo, obedecendo às leis vigentes, criando ações sociais, adotando o reflorestamento etc.

Por que as organizações devem investir na ecoeficiência?

Para as empresas, a adoção da ecoeficiência garante o cumprimento das leis ambientais, evitando a exposição dos riscos à natureza. Além disso, a adoção das medidas acima também gera economia para as organizações em seus processos produtivos, o que tende a elevar os lucros obtidos, por meio da redução dos custos.

Além do mais, os cuidados com a natureza preservam a qualidade do ar, dos solos e da água, o que gera mais saúde a todas as pessoas, reduzindo a poluição, preservando as florestas e mananciais e garantindo que os recursos ambientais que hoje são utilizados estarão presentes também para as gerações futuras.

Por fim, nunca é demais ressaltar que o próprio consumidor está cada vez mais atento às questões da sustentabilidade ambiental. Por isso, ser ecoeficiente pode ser um importante diferencial competitivo na imagem das marcas em relação aos seus concorrentes. Hoje em dia, qualquer descuido com a natureza é rapidamente descoberto e denunciado, o que pode causar crises de imagem e perda de mercado.

Como você pode perceber, a ecoeficiência consiste em um conjunto de medidas que as organizações podem e devem adotar diariamente. Elas são vantajosas para as próprias empresas, para as sociedades em que estão inseridas, para a natureza, para as gerações atuais e para as gerações que estão por vir. Mais do que um diferencial, a ecoeficiência é uma necessidade, em um mundo cujos recursos naturais já estão em grave crise.

E você, querida pessoa, o que pensa sobre o tema? Conhece exemplos de atitudes ou de empresas que vivenciam a ecoeficiência? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!