É comum encontrarmos diversas frases em livros e filmes que afirmam que correr riscos é importante em alguns momentos. De fato, sem correr alguns riscos, uma pessoa ou empresa jamais deixa a zona de conforto e, consequentemente, não cresce — como já citamos até mesmo aqui no blog. No entanto, é importante saber quais riscos merecem ser corridos.
Um risco nada mais é do que a chance de algo dar errado e provocar consequências negativas. Toda empresa corre riscos, mas aqueles que prejudicam a situação financeira, a saúde e o bem-estar dos seus membros (proprietários e funcionários) não podem ser corridos. É por isso que tanto se fala em avaliação de riscos.
Neste artigo, você vai compreender em que consiste esse processo, qual é a sua importância e quais são as suas etapas. Continue a leitura a seguir e saiba tudo sobre o tema!
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O que é uma avaliação de riscos?
Uma avaliação de riscos é o processo em que são identificados os perigos aos quais uma pessoa, departamento ou empresa está exposta e a probabilidade de ocorrência desse perigo — o risco. Esse processo pode ser feito na vida das pessoas, mas o mais comum é que seja realizado em âmbito empresarial.
Nas empresas, a avaliação de riscos é utilizada para: identificar atitudes e situações que podem provocar prejuízos (sobretudo às pessoas), definir a probabilidade de ocorrência dessas situações e o tamanho das potenciais consequências e determinar as ações que a empresa pode tomar para prevenir ou minimizar esses riscos.
Por que esse processo é importante?
A avaliação de riscos é importante para que as organizações analisem as ameaças às quais estão expostas, previnam lesões e doenças, obedeçam às leis vigentes sobre segurança no trabalho, mantenham todos informados sobre os perigos do local, criem um inventário para proteger todo o seu patrimônio, justifiquem os investimentos em gestão de riscos, definam o orçamento dessa gestão e calculem o retorno sobre os cuidados que serão tomados.
Dessa forma, antes de definir novos processos e atividades, iniciar projetos, alterar processos ou máquinas existentes ou ao detectar um novo perigo, a empresa deve realizar a avaliação de riscos.
Quais são as 5 etapas dessa avaliação?
O processo de avaliação de riscos é composto por 5 etapas, que precisam ser seguidas à risca. São elas que garantem que a empresa possa lidar com os riscos aos quais estiver exposta e definir um plano de ação que priorize, sobretudo, a saúde e a segurança das pessoas.
Por isso, antes de seguir as 5 etapas a seguir, reúna as pessoas interessadas, consulte a legislação a que a sua empresa deve obedecer e providencie os recursos necessários para executar o processo. Confira as etapas na sequência.
1. Identificação dos perigos
Em primeiro lugar, analise toda a infraestrutura e todas as atividades da sua empresa para detectar perigos que possam afetar a saúde e a segurança de todos os membros — incluindo os trabalhadores remotos. Todos os processos devem ser considerados: limpeza, segurança, manutenção, estoques, transportes, atividades de escritório, atendimento ao cliente, e por aí vai.
A partir dessa análise, será necessário descrever todos os potenciais perigos da empresa e seus participantes:
- Desastres naturais (enchentes, incêndios, terremotos, furacões etc.);
- Ameaças biológicas (doenças, vírus, bactérias, fungos, intoxicações alimentares etc.);
- Acidentes de trabalho (escorregões, quedas, acidentes de transporte, ferimentos com máquinas, falhas estruturais etc.);
- Atos intencionais (greves, ameaças de bombas, roubos, incêndios criminosos etc.);
- Ameaças tecnológicas (quedas de energia, problemas de conexão, perdas de dados e processos em andamento etc.);
- Perigos químicos (uso de substâncias químicas nocivas à saúde, como amianto e alguns produtos de limpeza);
- Ameaças à saúde mental (bullying, assédios de qualquer tipo, carga de trabalho excessiva etc.);
- Interrupções nas cadeias de fornecimento.
2. Determinação dos potenciais prejudicados
A segunda etapa consiste em fazer um levantamento de todas as pessoas que podem ser vítimas dos perigos identificados acima. Nesse sentido, é necessário definir os grupos de pessoas mais vulneráveis: pessoas individualmente, departamentos, seções, fornecedores, clientes, e por aí vai. É por isso que a empresa deve conhecer a fundo todos os seus processos, bem como os indivíduos e equipes envolvidos em cada um deles. Só assim será possível relacionar as possíveis vítimas das ocorrências.
3. Avaliação dos riscos e precauções
A terceira etapa consiste em definir a probabilidade de cada um dos perigos relacionados, ou seja, o tamanho da chance de ocorrência: alto, médio ou baixo. Também é o momento para definir a gravidade das consequências de cada um desses perigos: alta, moderada ou leve. Essa etapa é importante para que você consiga reduzir os riscos e definir quais perigos devem ser priorizados. Os de maior gravidade ou de maior probabilidade de ocorrência merecem, naturalmente, mais atenção.
4. Registro das descobertas
Toda empresa com mais de 5 funcionários é obrigada por lei a documentar o seu processo de avaliação de riscos. O documento deve conter todas as etapas acima descritas: perigos identificados, tamanho do risco de cada um, potenciais vítimas desses perigos e um plano de ações estratégicas para reduzir os riscos ao máximo. É fundamental que esses processos estejam adequadamente registrados, mas também quem sejam divulgados às pessoas estratégicas que os colocarão em prática quando necessário.
5. Revisão e atualização periódica
Por fim, é importante ressaltar que, ao longo do tempo, as prioridades mudam, as tecnologias se transformam, os processos sofrem alterações, e a dinâmica de trabalho na empresa é modificada. Portanto, será necessário também documentar as alterações realizadas no registro de avaliação de riscos. Novos equipamentos, pessoas e processos podem trazer novos riscos, exigindo que haja uma revisão e uma atualização frequente do documento, antecipando esses novos perigos.
A avaliação de riscos, portanto, é um processo de extrema importância para que as empresas possam conduzir as suas atividades com segurança. É por meio dela que as organizações adotam ações para reduzir os riscos existentes e para saber como proceder, caso algum desses perigos se concretize.
E você, querida pessoa, identifica na sua empresa um processo de avaliação de riscos? Como ele funciona? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!