A autocompaixão é o sentimento de compaixão que uma pessoa tem por si mesma. Isso não significa ter pena de si mesmo, mas sim amor-próprio, especialmente nos momentos difíceis. Hoje em dia, somos cobrados de diversas formas: para ter uma boa carreira, um salário alto, uma casa bonita, uma roupa de marca, o carro do ano, um corpo escultural, um currículo invejável etc. É justo que nos cobremos tanto?

A autocompaixão nos leva a nos aceitar como somos, o que inclui os pontos em que ainda precisamos melhorar. Reconhecer as nossas falhas não deve ser motivo para deixar de amar a nós mesmos. A comparação com o outro, a necessidade de agradar a todo mundo e o excesso de cobranças podem nos levar ao adoecimento, de modo que a autocompaixão é o principal remédio.

Neste artigo, você vai compreender melhor em que consiste esse sentimento e de que maneiras ele pode ser desenvolvido. Boa leitura!

O que é a autocompaixão?

O sentimento de compaixão é bem fácil de identificar. Ele consiste na empatia e na solidariedade que nos leva a querer ajudar o próximo, com o objetivo de amenizar o seu sofrimento e permitir que ele se sinta melhor. A autocompaixão, por sua vez, surge quando fazemos isso por nós mesmos (o que não significa ignorar as necessidades do outro). Podemos sentir compaixão e autocompaixão ao mesmo tempo!

Portanto, a autocompaixão consiste em tratar a si mesmo com gentileza e carinho, como você faria com um amigo. Quanto mais você cuidar de si, acolher as suas emoções, desenvolver a sua autoestima e afastar-se do que lhe faz mal, mais autocompaixão demonstrará.

7 dicas para desenvolver a autocompaixão

1. Seja gentil consigo mesmo

Reflita sobre as coisas que você fala e pensa a respeito de si mesmo. Se você as ouvisse da boca de um amigo, ele continuaria sendo seu amigo? Se você dissesse essas coisas em voz alta para outra pessoa, como ela se sentiria? Será que você não está pegando pesado demais consigo mesmo?

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Perdoe-se pelos seus erros e não tenha a pretensão de ser perfeito, pelo simples motivo de que a perfeição não existe. Acolha aquilo que você sente sem culpa. Você é um ser humano! Se a vida já é difícil, não seja você mais um inimigo de si mesmo.

2. Não se cobre mais do que o necessário

Toda pessoa tem emoções positivas e negativas. O problema é que as pessoas se culpam e reprimem as emoções que não são bacanas; como a raiva, a tristeza, a inveja e a frustração; como se fossem proibidas de sentir isso. Sendo assim, lembre-se sempre disto: você pode e deve controlar as suas atitudes, mas jamais deve reprimir o que sente. Acolha as suas emoções.

A dica é saber lidar com os altos e baixos da vida, sem se cobrar mais do que o necessário. Há momentos em que realmente precisamos nos estimular mais para afastar a preguiça e sair da zona de conforto. No entanto, há situações em que precisamos respeitar os nossos limites, sem gerar sofrimento. Encontrar esse equilíbrio depende do autoconhecimento.

3. Estabeleça limites

Ame a si mesmo. Colocar-se em primeiro lugar não é egoísmo, mas amor-próprio. Quando você ama alguém, você gosta daquela pessoa por suas características positivas e negativas, não é mesmo? Portanto, aprenda a fazer o mesmo sobre si. Mude aquilo que você deseja em si mesmo, mas não deixe de se amar enquanto o faz.

Amar a si mesmo também envolve estabelecer limites. Não faça algo que você não quer apenas para agradar aos outros. Se você não se defender nesse sentido, não conquistará o respeito dos outros. Portanto, respeite a si para que os outros entendam que você tem os seus limites.

4. Relativize a importância concedida à aprovação alheia

Todo mundo deseja a aceitação do outro, seja um familiar, um amigo, um colega de trabalho, um chefe e até mesmo um parceiro romântico. Por isso, se você deseja manter alguém na sua vida, é natural que você se esforce para que isso ocorra. No entanto, se você perceber que está tendo que deixar de ser você mesmo para obter essa aprovação, aí é hora de acender o sinal de alerta.

Você deve viver de acordo com os seus princípios e objetivos, afinal de contas, ninguém mais sabe o que é estar na sua pele. Além disso, você pode e deve ajudar os outros, mas sem absorver cargas emocionais que não são suas. Não viva para resolver os problemas dos outros ou para agradar a vontade alheia. Faça o possível, mas não se esqueça de si mesmo.

5. Escolha as suas batalhas

Você não precisa levar tudo a ferro e fogo. Há momentos em que precisamos nos defender, mas há outros em que podemos “deixar pra lá”, como se diz popularmente. Escolha as “brigas” que você realmente quer comprar. Algumas delas são essenciais à sua felicidade, mas outras podem ser evitadas. Saiba reconhecê-las e diferenciá-las.

Além de selecionar as suas batalhas, selecione também os seus pensamentos. A sua mente quer sempre proteger você e, por isso, ela tende a despertar pensamentos negativos, muito piores do que a realidade de fato é. Portanto, não acredite em tudo o que se passa na sua mente. Questione-a e confronte esses pensamentos trágicos com a verdade. Isso o tornará um pouco mais realista/otimista.

6. Responsabilize-se pela sua felicidade e seja grato

Pare de colocar a sua felicidade nas mãos dos outros. Você será feliz quando? Quando encontrar um namorado? Quando encontrar o emprego dos sonhos? Quando tiver um filho? Quer dizer que até alcançar esses objetivos você será infeliz? Se você sempre colocar a felicidade no futuro, você continuará fazendo isso, mesmo após alcançar essas metas.

Em vez disso, aprenda a aproveitar a jornada, e não apenas a linha de chegada. Nesse sentido, seja grato por tudo aquilo que você já conquistou e alcançou, bem como pelas pessoas que já conheceu e que fizeram a diferença na sua vida. Parabenize-se e seja grato. Isso também é ter autocompaixão!

7. Cuide da sua autoimagem

A autoimagem é a imagem que nós temos de nós mesmos. Por isso, olhe para si com carinho, e não sob a ótica dos padrões impostos pela mídia, pela sociedade e pelas expectativas das outras pessoas. O importante é que você se sinta bem com quem é e com as suas escolhas.

Além disso, aprenda a aproveitar a sua própria companhia. Faça as coisas que desejar sozinho, se ninguém o quiser acompanhar. Seja feliz com quem você é, sem depender de outra pessoa. Quanto mais você amar a si mesmo, mais será capaz de amar o outro e de cercar-se de amigos, amores e familiares. Para isso, porém, ame a si mesmo em primeiro lugar.

Como você pode notar, a autocompaixão não é uma característica simples, mas sim um sentimento complexo, que surge e se fortalece de acordo com atitudes diversas, como as citadas acima. Que você exercite esses comportamentos diariamente e olhe para si mesmo com mais amor e carinho. Seja feliz!

E você, ser de luz, como avalia a sua autocompaixão? Em quais aspectos você acredita que pode melhorar? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!