Você já ouviu falar em absenteísmo e presenteísmo? Eles são 2 indicadores de desempenho comumente discutidos na área de recursos humanos. O primeiro se refere às pessoas que faltam ao trabalho ou que atrasam com frequência, enquanto o segundo se refere às pessoas que comparecem, mas que não são produtivas.
Ambos representam problemas para as organizações. Neste artigo, vamos compreendê-los melhor, aprendendo a diferenciá-los. Também vamos conhecer as consequências desses fatores para as empresas e o que é possível fazer para evitar essas situações. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
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O que é absenteísmo?
O absenteísmo é um indicador de desempenho do colaborador que registra as suas faltas e os seus atrasos. Isso pode ocorrer por problemas de saúde física, saúde mental, acidentes, problemas pessoais, insatisfação com o trabalho ou simplesmente sem justificativa. Desmotivação, estresse, clima organizacional negativo e assédio moral ou físico estão entre os problemas corporativos que elevam o absenteísmo.
Em casos extremos, essa desmotivação pode se converter em graves problemas psicológicos, inclusive levando ao abuso de substâncias. Essa insatisfação e essa desmotivação podem estar diretamente relacionadas à empresa ou não. Tudo é uma questão de analisar caso a caso, antes que consequências negativas sejam sentidas pelo colaborador e pela própria empresa.
O que é presenteísmo?
O presenteísmo, por sua vez, é o caso de colaboradores que estão presentes no ambiente de trabalho, mas que não estão sendo produtivos por algum motivo. Isso pode ocorrer por problemas de saúde física ou de saúde mental, desmotivação, clima organizacional ruim, falta de ergonomia, incompatibilidade do colaborador com as tarefas solicitadas, e por aí vai.
As causas dos 2 problemas são basicamente as mesmas. No entanto, o absenteísmo leva o indivíduo a faltar, enquanto o presenteísmo faz com que o indivíduo esteja presente, mas sem ser produtivo. Nesse caso, é como se o corpo dele estivesse na empresa, mas a mente não. Ele não tem ânimo, não dialoga, não propõe as suas ideias e está desatento às suas tarefas, prejudicando a todos.
O absenteísmo, portanto, é mais fácil de identificar. O presenteísmo é mais difícil, pois o colaborador está presente na empresa, mas não está sendo produtivo. Ele não conversa com as pessoas, não demonstra motivação, procrastina e olha no relógio a todo instante. As causas são as mesmas e ambos são indicadores negativos — o que muda é como o colaborador reage às situações.
Como esses itens prejudicam as organizações?
Confira as principais consequências desses problemas nas empresas.
1. Problemas financeiros
A empresa enfrenta crises financeiras, pois o absenteísmo e o presenteísmo geram perda de produtividade. Muitas vezes, a organização precisa arcar com despesas médicas e até mesmo contratar outras pessoas para ver se a produtividade aumenta. Mesmo no caso do presenteísmo, em que o impacto é menor, o prejuízo também é detectado, pois o colaborador não está sendo produtivo. Além disso, desatento e desmotivado, ele pode acabar cometendo erros graves, difíceis de serem revertidos.
2. Turnover elevado
Os 2 problemas provocam o turnover, ou seja, a rotatividade elevada de colaboradores nas empresas. Ambos provocam demissões ou pedidos de desligamento dos próprios colaboradores, demandando a contratação de novos funcionários. Como se sabe, esse processo de desligamentos e contratações demanda esforços e investimento de tempo e de dinheiro no pagamento das verbas rescisórias dos desligados, nos processos seletivos, no treinamento e na integração dos novos colaboradores.
3. Reputação organizacional prejudicada
Conforme citamos, esses problemas geram crises financeiras e elevada rotatividade. Consequentemente, a reputação da empresa no mercado fica prejudicada, havendo uma imagem negativa, como se a organização pouco se importasse com a qualidade de vida dos seus colaboradores. Esses problemas podem gerar falta de credibilidade da instituição junto aos seus clientes, parceiros e funcionários, afastando até mesmo possíveis interessados em trabalhar ali.
4. Insatisfação nas equipes
Se um funcionário está presente na empresa, mas sem condições de ser produtivo (presenteísmo), ou se ele falta de vez (absenteísmo), em ambos os casos os seus colegas ficarão sobrecarregados, tendo que “compensar” a falta de produtividade do indivíduo. Isso pode gerar conflitos internos, sobrecarga de trabalho, estresse e até mesmo reivindicações de aumento salarial por essas “compensações” e horas extras. Tudo isso prejudica o clima organizacional.
Como solucionar essas questões?
Confira, na sequência, alguns meios de prevenir/solucionar o absenteísmo e o presenteísmo dentro das organizações.
1. Converse com o profissional
Em primeiro lugar, ao identificar que um colaborador está desatento nas suas atividades ou apresentando muitas faltas e atrasos, converse com ele. Verifique o que está acontecendo para ele exibir esses comportamentos. Explique que a empresa pode auxiliá-lo nos seus problemas profissionais ou dar a ele um tempo para que solucione as suas questões pessoais. Um bate-papo com o gestor da área e com os profissionais de RH pode ser muito útil, podendo encaminhar o colaborador a um acompanhamento médico ou psicológico, caso necessário.
2. Verifique se as tarefas estão adequadas
É importante que os profissionais de recursos humanos verifiquem também alguns aspectos que podem provocar insatisfação nos colaboradores:
- Se o convívio com os chefes e colegas é pacífico;
- Se o colaborador está executando funções compatíveis com o cargo que ocupa;
- Se a remuneração e as condições gerais de trabalho estão satisfatórias;
- Se ele está se sentido sobrecarregado e fazendo muitas horas extras.
Verificar essas questões é fundamental. Se o colaborador está executando atividades muito complexas ou em elevada quantidade, pode ficar estressado. Já se está executando poucas atividades, muito repetitivas e pouco estimulantes, pode ficar desmotivado.
3. Construa um clima organizacional positivo
Um clima organizacional positivo é aquele em que as demandas de trabalho são adequadamente distribuídas, em que todos são respeitados, em que todos são submetidos às mesmas normas internas, em que a comunicação interna é eficaz, em que os feedbacks e o reconhecimento de cada profissional são rotineiros e em que ninguém é excluído. Esse somatório de fatores é importantíssimo para a saúde física e mental dos colaboradores, prevenindo tanto o absenteísmo quanto o presenteísmo.
4. Seja justo
Por fim, lembre-se de ser justo. É importante ser compreensivo com os problemas que as pessoas possam estar enfrentando, tanto na vida pessoal, como na vida profissional. No entanto, se não houver uma justificativa razoável para a improdutividade de um colaborador, pode ser necessário adverti-lo ou desligá-lo, já que a sua conduta está prejudicando o dia a dia dos colegas e os resultados da organização. Aprenda a discernir as situações e seja justo para chegar a uma solução adequada.
O absenteísmo e o presenteísmo são 2 indicadores negativos do comportamento dos profissionais de uma organização. O primeiro diz respeito às faltas e atrasos, enquanto o segundo se refere aos casos de profissionais que estão presentes, mas que não conseguem ser produtivos. Ambos precisam ser investigados e solucionados o quanto antes, de modo que os prejuízos citados neste artigo não se concretizem.
E você, querida pessoa, já passou por algum desses problemas? Como a sua empresa administra esses casos? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!