As emoções são reações do nosso corpo e da nossa mente aos acontecimentos da vida. Algumas delas são positivas, e outras são negativas, mas todas são importantes. No caso das emoções negativas, elas nos ajudam a perceber que há algo nas nossas vidas que precisa ser modificado, de modo que esse sofrimento diminua e que possamos encontrar um estado de felicidade.
Assim, temos como exemplos o medo, que nos protege dos riscos; o arrependimento, que nos leva a voltar atrás e a ter atitudes diferentes; e a preocupação, que nos ajuda a nos preparar melhor para o futuro. Mas e quanto à raiva? Por que vivenciamos essa emoção? Qual é a sua função nas nossas vidas? Como podemos lidar melhor com ela? Acompanhe-nos na reflexão a seguir!
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O que é a raiva e qual é a sua função?
A raiva, também conhecida como ira, é um sentimento negativo, considerado dos mais intensos e frequentes entre as pessoas. Trata-se de uma emoção básica que desperta a vontade de hostilizar ou prejudicar alguém, especialmente quando detectamos alguma injustiça. Em pessoas saudáveis, ela surge quando um objetivo não é alcançado porque houve interferência de algum fator externo.
Portanto, a função da raiva é levar o indivíduo a se defender e a proteger os seus interesses, sobretudo quando há outra pessoa que o está prejudicando. Assim, se você perceber que algum colega de trabalho está espalhando mentiras na empresa a seu respeito, por exemplo, a raiva é o sentimento que fará com que você se defenda, confronte o colega e possivelmente o denuncie aos seus líderes. Trata-se de um mecanismo primitivo de sobrevivência e de defesa de si mesmo.
Reflexões sobre a raiva
A raiva é uma emoção primária, que vivenciamos pelo menos uma vez na vida, mas muitos de nós vivemos mergulhados nela. Ele é uma resposta do nosso cérebro a situações de perigo ou estresse, nos preparando para o combate.
Quando sentimos raiva, a dinâmica do nosso corpo muda, produzimos enzimas e adrenalina, o coração acelera, entre outras reações fisiológicas.
Geralmente, conseguimos controlar, não falamos tudo aquilo que passa pela nossa cabeça, respiramos profundamente e deixamos o tempo curar.
Contudo, essa tentativa de controlar esse ímpeto raivoso só piora o sentimento.
É por isso que ele não é eficaz, pois o que está por trás dessa ira sem medida é um peso armazenado no nosso inconsciente. Esse peso é o que chamamos de experiência incompleta do passado, que tem tendência a se repetir infinitamente se não for resolvida. Ela vai aparecer em todas as situações e relacionamentos familiares, podendo se manifestar nas pequenas desavenças do dia.
O peso que carregamos limita a nossa percepção do mundo e nos torna reativos a tudo. Estamos vinculados a um estado de sofrimento e ao ego, que faz com que continuemos vivendo as experiências do passado e deixemos de vivenciar a abundância e a prosperidade que há no universo.
Devemos, assim, despertar para um estado de não sofrimento, nos livrando desse peso e tornando possível a solução das questões do nosso passado que estão pendentes, em relacionamentos ou em problemas internos. Quando estamos em um estado de não sofrimento, vivenciamos plenamente o único tempo que existe: o tempo presente.
O peso do passado vai, aos poucos, se tornando mais leve, e as reações cada vez mais sensatas. A raiva vai sempre existir, pois, como já dissemos, é uma emoção primitiva e natural, mas não será mais acompanhada do rancor e do ressentimento. É um estado que podemos descrever como raiva “sem raiva”, pois as memórias já não carregaram mais dor nem tristeza.
Como podemos lidar com esse sentimento?
Lidar com a raiva pode ser uma das missões mais complexas de qualquer ser humano. No entanto, precisamos aprender a fazê-lo, já que agir movido pela raiva pode nos levar a atos extremos que geram arrependimentos posteriores. Sendo assim, confira as 4 dicas que separamos a seguir.
1. Conte até 10
Se a raiva bater, conte até 10. É nesse curto espaço de tempo que a intensidade da emoção diminui e que o pensamento racional retorna. Isso certamente o impedirá de falar coisas que não deve, tomar atitudes bruscas e até mesmo agredir alguém. Respire fundo e faça essa contagem. Esse processo amenizará os efeitos da raiva, reduzirá a adrenalina e fará com que os seus batimentos cardíacos e a sua pressão arterial voltem aos valores normais. Recupere a serenidade antes de agir.
2. Pratique exercícios físicos
Outra dica muito recomendada para lidar com a raiva é a prática de atividades físicas. Esse sentimento intenso gera um acúmulo de tensão que precisa ser extravasado. É melhor fazer isso em um exercício físico do que agredindo alguém, não é mesmo? Por isso, encontre uma atividade que lhe dê prazer, como corrida, natação, luta etc. Isso vai liberar a adrenalina, mas em um contexto mais positivo do que a raiva. Além disso, outros neurotransmissores, como as endorfinas, serão liberados, gerando bem-estar.
3. Ore ou medite regularmente
A meditação é uma prática com comprovados benefícios, sobretudo no que diz respeito a superar os erros do passado, perdoar o próximo e equilibrar a intensidade dos seus sentimentos, o que pode ser útil para não sucumbir aos momentos de raiva. Quanto à oração, pesquisadores afirmam que se uma pessoa é capaz de orar pela outra que a deixou enraivecida, o processo ajuda a dissipar os pensamentos negativos. Adote essas práticas para ser mais racional e equilibrado.
4. Procure ajuda especializada
Por fim, se a dificuldade em administrar a intensidade da sua raiva for grande, lembre-se de que há profissionais que podem ajudá-lo com técnicas e tratamentos específicos. Médicos e psicólogos podem diagnosticar determinados transtornos associados à raiva e recomendar os tratamentos adequados, que podem ser a psicoterapia e o uso de medicamentos. Com esse acompanhamento profissional, certamente será mais fácil apurar as causas da sua raiva e desenvolver meios mais eficazes de lidar com ela.
E você, ser de luz, como lida com a raiva? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!