Abrir uma empresa e fazê-la prosperar é um desafio, afinal de contas, é necessário compreender o consumidor, criar produtos de qualidade e superar a concorrência, o que, convenhamos, não é nada fácil. As coisas ficam ainda mais complicadas em um cenário de inflação.

A inflação é a desvalorização da moeda de um país, o que provoca um aumento geral nos preços dos itens. Isso impacta o poder aquisitivo das pessoas, mas também pesa nos cofres das empresas. Neste artigo, vamos compreender os impactos da inflação nas organizações e o que é possível fazer para diminuir os seus efeitos. Continue a leitura e saiba mais!

Por que a inflação afeta as empresas?

Em um cenário de inflação, as empresas precisam lidar com a elevação dos preços das matérias-primas, repassando também para o preço geral dos produtos. Por isso, toda a cadeira produtiva é afetada, e até mesmo os fornecedores encarecem os seus materiais e serviços prestados. Isso demanda que as organizações, para que não sejam completamente prejudicadas, cresçam ao menos para acompanhar o ritmo da inflação.

Dessa forma, é fundamental que os empreendedores acompanhem constantemente todos os indicadores da inflação, ou seja: IGP-DI (Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna), IGP-M (Índice Geral de Preços — Mercado), IPCA (Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) e IPC-Fipe.

É necessário ficar atento a variações de oferta e demanda, decisões de aumentar a impressão de papel moeda, variações nos custos de produção, enfim, todos os fatores que provocam a inflação.

Quais são os negócios mais afetados pelo problema?

A inflação tende a afetar todos os tipos de empresa, mas alguns são particularmente mais suscetíveis aos seus efeitos. São eles:

  • Pequenas empresas: os pequenos negócios não dispõem de tanto capital e, por isso, são mais sensíveis às variações nos preços das matérias-primas, além dos custos de produção e manutenção, que, quando elevados, podem prejudicar as vendas;
  • Serviços não essenciais: por serem considerados supérfluos, tendem a ser os primeiros a serem cortados pelo consumidor comum nos cenários de inflação;
  • Produtos importados: são muito prejudicados pela inflação, já que a desvalorização da moeda nacional impacta diretamente o bolso do consumidor.

Quais são as consequências desse problema?

Entenda, a seguir, as principais consequência da inflação na vida das empresas.

1. Variação nos custos de fabricação

Os juros altos e o alto custo fixo aumentam os desafios da inflação nas empresas. As matérias-primas ficam mais caras, assim como os equipamentos e os custos gerais de produção. Isso encarece o produto final, repassando a dificuldade para a capacidade de a empresa manter o ritmo de vendas e equilibrar o fluxo de caixa.

2. Elevação das despesas internas

Toda empresa tem despesas internas com as quais arcar no dia a dia: alimentação e transporte dos funcionários, luz, água, telefones, internet etc. A inflação sobre esses itens reduz o poder da empresa de investir em máquinas e infraestrutura de melhor qualidade. Por isso, a organização pode permanecer estacionária por algum tempo, freando o seu crescimento.

3. Desempenho e qualidade de vida dos colaboradores

No cenário de inflação elevada, as empresas, especialmente as mais sensíveis às oscilações dos preços, podem ter que reduzir salários, cancelar benefícios e congelar promoções. Com isso, a satisfação dos colaboradores tende a diminuir, muitas vezes demandando que eles tenham que reduzir o seu padrão de vida.

O que as empresas podem fazer para minimizar esses impactos?

Agora que você já compreende os efeitos da inflação sobre a vida das empresas, é hora de descobrir o que elas podem fazer para reduzir os efeitos negativos. Confira:

1. Repassar os aumentos dos preços

É sempre uma decisão difícil, mas não há como fugir dela por muito tempo: se os custos com matéria-prima e produção se elevam, é necessário encarecer o produto comercializado ou o serviço prestado ao consumidor final. Essa medida permite que a empresa mantenha o fluxo de caixa e o volume de vendas, desde que desenvolva uma boa estratégia de precificação.

2. Manter uma estrutura de dívida adequada

É fundamental que as empresas monitorem as dívidas que possuem, especialmente acompanhando os juros cobrados. Em cenários de inflação, as finanças do país inteiro podem sair do controle e agravar ainda mais esses quadros de endividamento. Além disso, as organizações também devem ficar atentas aos seus próprios consumidores inadimplentes.

3. Reduzir custos

Outra tarefa essencial às empresas é reduzir custos. Para isso, é necessário fazer uma pesquisa geral em todos os departamentos e setores, identificando tudo aquilo que pode ser reduzido. Novos orçamentos devem ser feitos junto aos fornecedores, pensando no melhor custo-benefício possível. Talvez, uma simples reorganização dos processos internos já seja capaz de gerar economia.

4. Controlar as despesas administrativas

Por fim, é fundamental que a empresa conte com uma contabilidade extremamente precisa em todas as transações efetuadas: contatos com fornecedores, pagamentos de funcionários, administração das contas a pagar e a receber, e por aí vai. Muitas vezes, contar com um departamento administrativo e financeiro competente salva as empresas das crises financeiras e as ajuda a superar as dificuldades provocadas pela inflação.

Os cenários de inflação elevada são bastante complexos e dificultam a vida das pessoas e das empresas. No entanto, devemos compreender que eles afetam o país inteiro, de modo que sobrevivem e prosperam as empresas que são capazes de lidar com o problema. Por isso, colocar as recomendações acima em prática é fundamental para garantir o crescimento e uma mínima estabilidade nas organizações e nas suas ações diárias.

E você, querida pessoa, como lida com os cenários de inflação elevada nos seus hábitos de consumo individual? E no que diz respeito à condução dos seus negócios? Há mais alguma dica que você gostaria de acrescentar à nossa lista? Então, contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!