A Teoria da Inteligência Multifocal é um conceito relativamente novo e ainda pouco estudado por especialistas em comportamento humano. Ela compreende o estudo do nosso mindset, ou seja, da forma como formamos os nossos pensamentos e ideias.
Essa busca pelo entendimento do funcionamento da mente humana é um mistério que vem acompanhando o desenvolvimento da própria humanidade ao longo do tempo. Todos nós queremos saber como criamos tantas ideias, formulamos insights, encontramos soluções e conseguimos correlacionar tantos pensamentos e condensá-los em memórias.
Quando tratamos da Inteligência Multifocal, os objetos de estudo estão baseados em quatro fatores distintos, que são: a construção dos pensamentos; a organização da história, o consciente e o inconsciente, em nossa memória; e a formação do “eu” e a transformação da energia psíquica.
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As funções da mente humana, segundo a teoria da inteligência multifocal
- Amar e valorizar a vida;
- Apreciar o que é bonito;
- Raciocinar antes de agir;
- Expor as ideias e não impô-las;
- Estimular a solidariedade;
- Gerenciar o mindset dentro e fora dos conflitos
- Colocar-se no lugar dos outros;
- Manter o espírito empreendedor;
- Trabalhar perdas, dores e frustrações;
- Saber trabalhar em equipe.
O funcionamento da inteligência multifocal
O objetivo desse tipo de intelecto é ajudar o ser humano a ressignificar os acontecimentos negativos e aprender a lidar com os sentimentos ruins. Em outras palavras, ele estimula as pessoas a ampliar a sua visão de mundo, de si mesmas e das pessoas à sua volta, possibilitando que convivam com tudo isso de forma otimista.
Ao expandir a sua forma de se relacionar, o indivíduo tem mais condições de aprender com os seus erros, desenvolver as suas habilidades, manter o equilíbrio da sua autoestima e proteger-se das frustrações e dos pensamentos negativos que podem boicotar as suas realizações.
Ao avaliarmos a inteligência multifocal, podemos perceber algumas semelhanças com os preceitos defendidos e os benefícios proporcionados pela teoria da Inteligência Emocional, que nos conduz a um poderoso processo de autoconhecimento no que tange tanto a aprender a lidar e controlar nossas emoções, como também a reconhecer as emoções alheias.
Para desenvolver essa inteligência múltipla, é preciso estar aberto a conhecer os seus pontos fortes e de melhoria e trabalhar, continuamente, para eliminar pensamentos e comportamentos limitantes. Na prática, isso significa aprender a ressignificar, a ver a vida de um modo diferente, com as dores e as delícias que ela tem, mas sempre focando nos seus aspectos positivos. Entender isso é o primeiro passo para desenvolver sua Inteligência Multifocal!
Os princípios gerais da Inteligência Multifocal
“Multifocal” é um termo que significa “com vários focos”. Portanto, a inteligência multifocal é um processo que favorece o desenvolvimento humano em diferentes frentes. Esse tipo de inteligência foi definido e sistematizado pelo psiquiatra e escritor brasileiro Augusto Cury.
Segundo o autor, a ideia da inteligência multifocal é ajudar o indivíduo a potencializar as suas características nas relações interpessoais (com os outros) e intrapessoais (consigo mesmo). Essa teoria foi concebida com base nos estudos do autor em perspectivas filosóficas, psicológicas e sociológicas. Alguns dos principais conceitos da teoria são:
1. A construção das ideias e dos pensamentos
Os órgãos dos nossos sentidos são os meios físicos que nos levam à percepção do mundo em que estamos inseridos. Essas percepções se processam no cérebro, onde desenvolvemos as nossas próprias ideias e interpretações daquilo a que fomos expostos. Assim, todo pensamento deriva de estímulos e quase sempre se combina com alguma emoção, resposta ou reação. É assim que a nossa visão de mundo se forma e nos estimula a agir de determinadas maneiras, formando o nosso ser.
2. A organização das histórias
A partir das ideias e pensamentos que construímos com base naquilo que vivenciamos, criamos também narrativas conscientes e inconscientes. São histórias que permeiam a vida e que a preenchem de significado. Amizades, amores, famílias, problemas, superações, conquistas, fracassos, vitórias, derrotas, medos, conhecimentos. É no cérebro que organizamos todas as narrativas das nossas vidas e que aprendemos a nos posicionar em relação a cada um desses diferentes contextos.
3. A formação da identidade
A identidade de uma pessoa é única, no sentido de que é composta pelo seu ser, pela sua personalidade, pelas suas preferências, pelas suas opiniões e, acima de tudo, pelas escolhas que faz nas diferentes áreas da vida. A formação do “eu”, porém, não é um processo fechado e definitivo. Ao contrário, enquanto uma pessoa vive diferentes experiências, cria pensamentos e organiza narrativas, ela esta moldando a sua identidade. O processo é contínuo, sempre sujeito a alterações.
4. A transformação das energias psíquicas
Se a identidade do indivíduo está aberta a alterações, podemos afirmar que o indivíduo também pode modificar determinadas crenças, ideias, preferências e comportamentos. Na medida em que vive, a pessoa aprende a “ajustar” e “atualizar” o seu mindset às novas configurações que se apresentam. Essa maleabilidade da mente é justamente o que nos permite evoluir, ressignificando experiências, mantendo o que é bom e abrindo mão do que já não serve. Isso nos fortalece de forma contínua!
Conclusão
A teoria da inteligência multifocal define o pensamento e a mentalidade como elementos complexos, sujeitos a alterações derivadas das diferentes experiências de vida de uma pessoa. Quanto mais proveitosas e intensas forem essas experiências, maiores serão as suas capacidades de extrair aprendizados. Por isso, é importante viver intensamente e ficar atento aos significados de tudo aquilo que fazemos para que sejamos mais inteligentes nesse sentido.
Por isso, o autor define algumas atividades que podem nos ajudar a desenvolver esse tipo de inteligência, como: fazer pausas para relaxamento, enfatizar os estímulos positivos recebidos ao longo do dia, realizar atividades construtivas e criativas, descansar adequadamente e administrar os pensamentos antecipatórios (desconfiar da ansiedade e das projeções futuras que ela produz).
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