O grau de expansão da consciência que vivenciamos reflete a forma como entendemos nossos sentimentos e nossas emoções. Aqueles que vivem no modo imediato reagem sempre de acordo com o estímulo e não refletem sobre o motivo que os levou a chegar a tal reação.

Tais atitudes originam conflitos externos e internos, arrependimentos, culpa e comportamentos que não correspondem à personalidade comum do indivíduo. Os indivíduos afundados nas respostas imediatas ainda não despertaram para a jornada da expansão da consciência, apresentando ainda uma concepção limitada e restrita. Para que possamos quebrar as fronteiras da mente, é necessário que haja uma tomada de consciência. Isso acontece quando nos é dado o conhecimento e quando o tomamos para nós. A tomada de consciência envolve um mergulhar no autoconhecimento.

É como se uma pessoa colocasse luz sobre o seu eu interior e, assim, você pudesse se descobrir por inteiro. Por meio da identificação e do encontro com a nossa essência, conseguimos passar da consciência do eu para a consciência da unidade.

É possível tomar consciência de si mesmo, que é uma consciência maior, perseguindo estes 5 passos:

1. Reconhecimento dos seus pontos fortes e de melhoria;

2. Fortalecimento da autoconfiança;

3. Melhora dos relacionamentos;

4. Menos culpa e mais aprendizado;

5. Viver de acordo com seu propósito.

1. RECONHECIMENTO DOS SEUS PONTOS FORTES E DE MELHORIA

Todos nós possuímos qualidades que nos destacam e pontos que podem ainda ser melhorados, aprimorados. A autoconsciência é poderosa porque permite que eles sejam identificados e utilizados de modo a contemplar as características de destaque e se envolver em ações que auxiliem no desenvolvimento das demais.

2. FORTALECIMENTO DA AUTOCONFIANÇA

Você confia em alguém que não conhece bem? Provavelmente não, porque é necessário conhecer algo em primeiro lugar para só depois se sentir seguro para depositar nele sua confiança. No relacionamento de uma pessoa consigo mesma acontece da mesma forma, pois ela apenas se sentirá confiante em relação à sua própria capacidade depois de se conhecer e descobrir que é capaz.

3. MELHORA DOS RELACIONAMENTOS

Uma pessoa que sabe gerenciar as próprias emoções com eficácia também consegue expressá-las de maneira muito mais positiva, o que é ótimo para manter bons relacionamentos com terceiros. Quando não há confusões internas, é possível se comportar com mais serenidade e sabedoria, entendendo melhor o comportamento do outro.

4. MENOS CULPA E MAIS APRENDIZADO

Quando um indivíduo se conhece, ele passa a se sentir melhor consigo mesmo e aprende a lidar de maneira mais construtiva com os seus recursos internos. Assim, deixa de se sentir culpado ao cometer erros e passa a utilizar esse tipo de experiência para aprender algo novo e se desenvolver.

5. VIVER DE ACORDO COM SEU PROPÓSITO

Conhecer-se é mais do que apenas reconhecer os seus papéis sociais, envolve também identificar qual é o seu propósito, ou seja, o que te move e faz com que você se sinta motivado para ir além. Descobrir qual é o legado que deseja construir é fantástico e funciona como um estímulo para que viva com mais paixão e alegria. Tomar consciência de si mesmo é despertar em si três poderes valiosos e que são sucessivos: a. Poder da fonte do divino ou inteligência universal; b. Poder da consciência; e c. Poder da criação da consciência da riqueza. O primeiro poder ao qual temos acesso é o poder da fonte do divino. Ele tanto está externo a nós, no mundo, quanto dentro de nós.

Quando despertamos esse poder, conseguimos materializar nossas aspirações, pois encontramos uma segurança espiritual, uma força de pensamento. Sentimos como se o Universo nos ajudasse a conquistar e viver a abundância. Às vezes pode parecer que estamos desconectados de tudo ao redor, que o indivíduo e a fonte do divino são independentes em sua natureza, mas a humanidade e o divino são indissociáveis. Acreditamos nessa separação porque nos apartamos de nossa verdade divina desde o nascimento.

Acreditamos demais na nossa humanidade e desaprendemos a ver a apreciar nossa divindade e a divindade no mundo. Contudo convido você a fazer uma reflexão: algo no Universo existe de forma independente? Nossa existência é um eterno entender-se dependente. Quando acreditamos que somos completamente independentes de outras formas de vida, deixamos que o ego tome conta, e isso acarreta em solidão e caos. A compreensão desse primeiro poder é primordial para que passemos para os seguintes e consigamos entender que ambas as perspectivas são inseparáveis — a humana e a divina. O segundo poder é o poder da sua consciência, e nós o conquistamos quando atingimos o estado de beleza interior. Consciência, tema do qual tenho tratado de forma central até aqui, é a passagem para alcançar a iluminação e a riqueza.

É o poder das grandes mentes que transformaram este mundo. No momento em que nos encontramos com o poder da inteligência universal, conseguimos perceber que o verdadeiro propósito de viver está em ajudar a humanidade. Os relacionamentos interpessoais, após a obtenção e percepção desse poder, se tornam iluminados, pois a inteligência, que antes era pessoal e limitada, passa a ser universal. O terceiro poder é o da criação consciente de riqueza, que tem como objetivo estabelecer a abundância em nossa vida. Dedicarei um capítulo apenas para falar sobre a criação consciente da riqueza, mas cabe aqui destacar o poder que temos de atrair riqueza material e espiritual. É nisso que se encontra o que quero tratar neste livro.

Quando tomamos para nós esse terceiro poder, percebemos que somos o um com a inteligência universal. É uma relação que estabelecemos com o divino para o restante da vida, sem a solidão que uma concepção dissociada do Universo traz. Podemos entender essa última etapa com o um retorno à infância, pois o processo nos leva de volta a uma vivência alegre, feliz e aberta a tudo que o mundo está disposto a nos oferecer. Quando vemos a inteligência universal se misturando à nossa ideia de ser individual, conseguimos vivenciar o belo estado da consciência da unidade.

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