O sono é um processo orgânico essencial à vida e à manutenção da saúde. É durante esse período que o corpo recupera as energias físicas e mentais para um novo dia. Dessa forma, um adulto precisa, em média, de 8 horas por noite dormindo bem, de modo que possa acordar “novo em folha” para o próximo dia. Até mesmo problemas cardiovasculares têm as suas probabilidades de ocorrência reduzidas em indivíduos que dormem bem.
Quando deitamos na cama e adormecemos rapidamente, é uma maravilha, não é mesmo? No entanto, há noites em que o sono simplesmente não vem, nos fazendo revirar de um lado para o outro na cama, na angustiante sensação de que somos os únicos seres humanos acordados naquele momento.
Se você já passou por isso, certamente conhece os terrores da insônia. Neste artigo, vamos compreender as principais causas para o problema e possibilidades de tratamento. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!
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O que é insônia?
A insônia é um transtorno em que o indivíduo apresenta dificuldade para iniciar ou manter o sono. Em geral, ela é causada por rotinas desregradas, hábitos inadequados ou distúrbios do humor (como os transtornos de ansiedade e a depressão). Todo mundo passa por isso de vez em quando, mas, nos casos em que a pessoa apresenta a insônia ao menos três vezes por semana, por mais de três meses, configura-se um quadro de insônia crônica.
Há três tipos de insônia:
- Transiente: dura alguns dias, podendo chegar a 3 semanas de duração;
- Crônica: o indivíduo apresenta os sintomas por mais de 3 meses;
- Intermitente: o indivíduo oscila entre períodos de sono regular com períodos breves de insônia, intercalados.
Quais são as causas do problema?
Quanto à causa, a insônia pode ser classificada de duas formas: a insônia primária é aquela que não é causada por outras doenças, já a insônia secundária é considerada, na verdade, um sintoma de outra doença.
Entre as condições mais associadas ao surgimento da insônia, podemos citar o estresse, estilo de vida desregrado, transtornos da mente (psicológicos ou neurológicos), alterações hormonais, dores crônicas, problemas respiratórios, distúrbios gastrintestinais e ingestão de determinados medicamentos ou substâncias.
Na maioria dos casos, as causas são de ordem psicológica. Estresse, depressão ou ansiedade mantém o indivíduo alerta, com dificuldade de relaxar devido às preocupações do dia a dia. Dívidas, doenças, morte de entes queridos, mudanças de estilo de vida e conflitos, por exemplo, tendem a provocar dificuldade para dormir. Os hábitos inadequados; como comer demais à noite, não ter rotina ou utilizar o computador e o celular antes de dormir; também podem prejudicar a qualidade do sono.
Quais são os fatores de risco envolvidos?
Qualquer pessoa pode apresentar quadros de insônia. Estatisticamente, contudo, alguns grupos de indivíduos demonstram maior suscetibilidade ao problema. São eles:
- Pessoas do sexo feminino, por conta das alterações hormonais ao longo da vida, inclusive durante a gravidez;
- Pessoas idosas, devido aos problemas de saúde ou a alterações nos padrões de sono;
- Pessoas com transtornos da mente: quadros ansiosos, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno bipolar etc.;
- Pessoas que estejam vivenciando momentos estressantes;
- Pessoas com rotinas irregulares, como vigias noturnos, comissários de bordo, médicos etc.
Quais são os sintomas da insônia?
A insônia pode se manifestar de diferentes maneiras: quando a pessoa se deita e não consegue pegar no sono ou demora muito para conseguir; quando a pessoa até começa a dormir, mas acorda muitas vezes durante a noite; e quando a pessoa tem um despertar precoce, ou seja, acorda antes do horário previsto e não consegue mais retomar o sono.
Quando isso acontece, a pessoa pode se sentir estressada, agitada ou preocupada. No dia seguinte, ela provavelmente sentirá cansaço, irritabilidade, sonolência, dores de cabeça ou no corpo, dificuldade de concentração, problemas de coordenação motora e até mesmo queda de rendimento no trabalho ou nos estudos.
Quais são as medidas que podem ser tomadas no tratamento/prevenção?
Se você tem sofrido com os sintomas relatados acima, saiba que você definitivamente não está sozinho. Na maioria dos casos, a insônia não tem causas graves, mas sim motivações causadas por preocupações cotidianas e maus hábitos. Por isso, confira as dicas abaixo para melhorar a sua qualidade do sono:
- Procure ter horários definidos para dormir e acordar, mesmo aos fins de semana;
- Exponha-se à luz solar durante o dia, reduzindo a iluminação da casa durante a noite;
- Evite dormir durante o dia, mesmo que sejam apenas cochilos após o almoço;
- Pratique atividades físicas durante o dia;
- Mantenha uma alimentação leve ao anoitecer, sem muitos carboidratos. Evite a cafeína, os refrigerantes, os energéticos e os chás estimulantes após o anoitecer;
- Evite o uso de computadores, celulares e televisores antes de dormir;
- Anote as suas preocupações em um papel, tirando o peso da mente para que você não se esqueça delas no dia seguinte;
- Utilize o seu quarto apenas para dormir e ter relações sexuais — e não para estudar, trabalhar, assistir à televisão, fazer refeições etc.;
- Deixe o seu quarto o mais escuro e silencioso possível. Utilize roupas leves, adequadas ao clima do momento. Se necessário, pegue mais cobertores ou ligue os ventiladores, se estiver com calor;
- Tenha uma rotina com atividades calmantes ao anoitecer. Sugestões: tomar um banho quente ou morno, meditar, tomar um chá calmante, orar, ouvir uma música calma, ler algo agradável etc.
Quando procurar ajuda profissional?
Quando a insônia parece não ser um problema pontual, mas algo que está se estendendo por mais noites do que o previsto e comprometendo a sua qualidade de vida, é importante procurar ajuda especializada. Os médicos mais procurados nesse caso são os neurologistas e os psiquiatras, embora outras especialidades também sejam consultadas em alguns casos, como os pneumologistas e os otorrinolaringologistas.
Esses profissionais fazem questionamentos para compreender os sintomas que estão sendo vivenciados, relacionando-os ao estilo de vida do paciente. Além disso, alguns exames, como a polissonografia, podem ser solicitados. Uma vez apuradas as causas, o médico determinará o tratamento mais recomendado, que pode incluir o uso de determinados medicamentos, a mudança de hábitos e a psicoterapia.
Como você pode perceber, a insônia tem muitas causas diferenciadas, mas a boa notícia é que existe cura. Portanto, se você estiver vivenciando esse transtorno, modifique os seus hábitos e siga as dicas que apontamos acima, de modo a resolver diretamente a causa do problema. Se, mesmo assim, não houver melhora, procure um médico. Cuide bem do seu corpo e da sua mente. Assim, você conseguirá dormir com qualidade e acordar bem disposto para o novo dia!
E você, querida pessoa, já passou por períodos de insônia? Como lidou com eles? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!