Você já ouviu falar que um texto ou até mesmo uma pessoa é prolixa? Essa palavra incomum desperta curiosidade acerca do seu significado. Afinal de contas, o que significa ser prolixo? Isso é bom ou ruim?
Neste artigo, você vai compreender a definição desse termo e por que é importante conhecê-lo na construção de uma comunicação mais organizada e objetiva. Para descobrir, é só continuar a leitura a seguir!
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O que significa ser prolixo?
De acordo com o dicionário, “prolixo” é um adjetivo que pode ser aplicado a pessoas, textos, discursos e apresentações que usam palavras em excesso ao escrever ou falar, com pouca capacidade de sintetizar o pensamento. Assim, são indivíduos que empregam mais palavras do que o necessário para expressar as suas ideias.
Isso torna o discurso cansativo, se estendendo no tempo e dando aos ouvintes/leitores a impressão de que estão “perdendo tempo”. Em uma linguagem bem popular, ser prolixo é “encher linguiça”, “enrolar”, “fazer rodeios”, demorar uma eternidade para comunicar algo que poderia ser desenvolvido com mais rapidez.
Compare as frases a seguir. “O menino comprou a bola”. “Movido por grande desejo, o jovem garoto dirigiu-se à loja onde havia visto uma linda bola, com o objetivo de adquirir o brinquedo e divertir-se”. Perceba a diferença entre as duas frases para compreender o significado de ser prolixo.
Ser prolixo é ruim? Por quê?
Ser prolixo, ou seja, usar mais palavras do que o necessário para expressar uma ideia, pode ser considerado ruim em vários contextos. Aqui estão algumas razões:
- Perda de interesse: textos ou falas prolixas podem cansar o leitor ou ouvinte, levando-o à perda de interesse. Assim, a mensagem pode se perder no meio de tantas palavras.
- Falta de clareza: a prolixidade pode ofuscar o ponto central da mensagem, tornando difícil para o público entender o que realmente está sendo comunicado.
- Ineficiência: em situações em que o tempo ou o espaço é limitado, ser prolixo pode ser visto como uma falta de objetividade, o que pode ser desvalorizado em ambientes profissionais.
- Impressão negativa: ser prolixo também pode dar a impressão de que o comunicador não é organizado nos seus pensamentos ou está tentando “encher linguiça”, o que pode afetar negativamente a credibilidade, como em uma entrevista de emprego.
Por outro lado, em alguns contextos, uma linguagem mais elaborada pode ser apreciada, especialmente em textos literários ou discursos que demandam uma construção mais detalhada. No entanto, na maioria dos casos, a clareza e a objetividade são mais valorizadas.
Como ser menos prolixo?
Com base na definição acima, já deu para perceber que ser prolixo é algo negativo, pois esse tipo de comunicação é demorado, pouco objetivo e ainda pode confundir as pessoas, em vez de clarificar as suas ideias. Pensando nisso, separamos as 10 dicas a seguir para que a sua comunicação deixe de ser prolixa. Confira!
1. Delimite o assunto
Primeiramente, se você quer fazer um discurso sobre avaliação de desempenho de colaboradores, por exemplo, certifique-se de que o seu discurso esteja dentro deste tópico do começo ao fim. Nada de fugir do tema e começar a falar sobre política salarial ou plano de saúde empresarial, por exemplo. Dessa forma, seja específico ao definir a pauta da sua comunicação, seja ela falada, seja escrita. Apenas mude de tópico depois de já ter encerrado o anterior.
2. Selecione os seus argumentos
Em segundo lugar, se você precisa convencer alguém de algo, ou mesmo explicar algo a alguém, selecione as informações que você vai comunicar. Por mais que muitas ideias estejam na sua cabeça, comece comunicando apenas as mais importantes. Dessa forma, as ideias “secundárias” podem nem ser necessárias. Se um professor, por exemplo, consegue que os alunos compreendam a sua explicação no primeiro exemplo dado, não há necessidade de dar outros.
3. Não repita as informações
Muitas pessoas, sobretudo no discurso falado, acabam sendo repetitivas. Esse recurso da linguagem pode ser útil quando é necessário enfatizar algo que não pode ser esquecido. No entanto, se esse não for o caso, não há motivo para as repetições. Elas deixam o discurso cansativo e monótono, perdendo a atenção da audiência. Portanto, conclua a sua ideia e parta para a próxima, a menos que tenha ficado alguma dúvida.
4. Informe o tema da conversa
Em uma conversa presencial, e-mail, mensagem de texto, reunião ou apresentação, comece a comunicação revelando o tema dela. Isso é fundamental para que as pessoas compreendam o que está por vir. Criar suspense é bacana na literatura e nos filmes, mas não na comunicação do dia a dia. Por exemplo: perceba que este artigo tem um título e uma introdução, e isso não é à toa: é para comunicar o leitor sobre o assunto dos parágrafos seguintes.
5. Estabeleça o problema que precisa ser resolvido
Todo processo de comunicação tem um problema que precisa ser resolvido: uma argumentação que precisa ser desenvolvida, uma pergunta que precisa ser feita, uma informação que precisa ser explicada/corrigida, uma decisão que precisa ser tomada etc. Portanto, ao iniciar qualquer processo de comunicação, deixe claro o objetivo da interação, isto é, o que você espera do seu interlocutor. Pode ser necessário contextualizar brevemente as pessoas, mas seja objetivo também nesse aspecto.
6. Apresente a sua solução
Se você já apresentou o problema, não o repita. Prossiga para a solução, apresentando a sua ideia, ou, caso seja esse o objetivo, solicitando as ideias dos seus interlocutores. Assim, o importante é que as pessoas que ouvirem a sua comunicação saibam o que você espera delas: compreender, dar a opinião, sugerir outras soluções etc.
7. Ilustre os seus argumentos
Para explicar ou convencer alguém de algo, muitas vezes precisamos recorrer a determinados recursos linguísticos, como os exemplos, as histórias, e por aí vai. Entretanto, mesmo ao empregar esses recursos certifique-se de que os exemplos escolhidos de fato estejam relacionados ao assunto e que não sejam muito extensos. Assim, a ideia é apenas facilitar o entendimento do assunto principal, e não abrir um novo tópico na conversa.
8. Comunique-se com objetividade
O oposto de ser prolixo é ser objetivo e conciso. Portanto, ao analisar o seu discurso, questione-se: será que há um meio mais breve ou com menos palavras para expressar o que eu acabei de dizer? Dessa maneira, quanto mais você desenvolver esse olhar analítico para a sua própria comunicação, mais objetiva ela vai se tornar.
Além disso, fique atento a determinados vícios de linguagem, como o uso de expressões do tipo “aí”, “daí”, “né?”, “hum”, “tipo assim” etc. São expressões sem utilidade e que só prolongam a conversa.
9. Aprenda a concluir os seus pensamentos
Ao terminar o seu texto ou a sua fala, deixe claro que ele chegou ao fim. As pessoas precisam saber quando a sua ideia foi encerrada, caso contrário, criarão expectativas de que há mais coisas por vir. Sendo assim, utilize expressões do tipo “para concluir”, “em conclusão”, “agora, o que eu espero de vocês é…”, e por aí vai. Ao concluir o seu raciocínio, lembre-se de que não é necessário voltar atrás nas suas ideias. Se desejar, abra uma sessão de perguntas e respostas após a conclusão.
10. Organize antecipadamente a sua comunicação
Por fim, a dica mais importante: pense antes de falar. Organize as partes do texto antes de escrever. Reflita sobre como você vai introduzir o tema, desenvolver as ideias e concluir. Assim, se você aprender a fazer isso antecipadamente, ou seja, antes de começar a comunicação, você conseguirá ser muito mais objetivo. Em contrapartida, quando falamos ou escrevemos sem planejamento, a chance de nos perdermos nas ideias, sem fechar um encadeamento lógico, fica muito maior.
Em conclusão, ser prolixo é ser pouco ou nada objetivo na comunicação. Basicamente, é “enrolar” e demorar muito mais do que o necessário para comunicar algo. Assim, há desinteresse, desmotivação e perda de tempo na leitura de um texto, em um telefonema, em uma conversa presencial e até mesmo em reuniões de trabalho, onde ninguém tem tempo a perder. Dessa forma, siga as dicas acima e deixe de ser prolixo. Que a sua comunicação seja cada vez mais concisa e objetiva!
E você, querida pessoa, se considera alguém prolixo? Em quais aspectos você precisa melhorar? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!