A competitividade de uma empresa depende de uma série de fatores. Um desses fatores é o PCP — Planejamento e Controle de Produção. Trata-se de um processo que organiza as capacidades produtivas da empresa para que ela produza os melhores produtos, da melhor maneira possível.

Nas indústrias, o PCP ajuda a manter a produtividade e a qualidade do que se produz. Neste artigo, você vai compreender exatamente o que é PCP, quais são as etapas que o compõem e quais são os seus benefícios. Siga em frente e saiba mais!

O que é PCP?

PCP é uma sigla para Planejamento e Controle de Produção. Trata-se de um processo estratégico, composto por diversas etapas, que ajuda as empresas a planejar quanto produzir, quando produzir, de que forma produzir, onde produzir e em que ordem produzir. A ideia é verificar sempre se a indústria está seguindo o plano definido.

Dessa forma, podemos compreender que o PCP tem como objetivo definir 4 questões-chave do processo produtivo:

  • Programação da produção: determinar a demanda total que deve ser produzida e definir quando cada atividade do processo produtivo deverá ser executada;
  • Carregamento das máquinas e dos postos de trabalho: definir quais são as máquinas, os profissionais e os postos de trabalho (locais) envolvidos em cada etapa da produção, estabelecendo a carga de trabalho de cada um;
  • Sequenciamento e priorização da produção: definir a ordem em que as atividades produtivas deverão ser executadas, conforme as prioridades da empresa;
  • Monitoramento da produção: acompanhar e verificar se a prática da produção está sendo desenvolvida de acordo com o plano estratégico definido.

Quais são as etapas do PCP?

O PCP consiste em 6 etapas essenciais ao bom funcionamento de toda e qualquer atividade industrial. Tudo começa pelo planejamento e termina com o monitoramento, conforme você verá a seguir.

1. Previsão de demandas para os processos de produção

Para que uma empresa saiba quanto ela deverá produzir no próximo período, ela deve prever as demandas do seu público de consumidores. Por isso, cabe à produção consultar, nas áreas estratégicas da empresa, a estimativa de vendas do próximo período.

A partir desse dado, a empresa conseguirá definir quantos trabalhadores, equipamentos, máquinas e materiais serão necessários para atender a essa previsão. Planejamentos como esse devem ser realizados em curto, médio e longo prazo.

2. Planejamento das capacidades da produção

Com base no levantamento de dados acima, isto é, na previsão de produção e de vendas, cabe à empresa organizar os seus recursos, de modo que a sua capacidade produtiva seja compatível com a demanda esperada.

Nesse sentido, a organização deverá definir se será necessário, por exemplo, contratar novos colaboradores, comprar mais matéria-prima, adquirir mais máquinas e equipamentos, ou se a empresa consegue dar conta dessa demanda com base naquilo que ela já tem à disposição. Em alguns casos, pode ser necessário também reduzir a produção e a utilização de todos esses recursos, evitando desperdícios.

3. Planejamento agregado da produção

Com base nas decisões tomadas na etapa acima, é chegada a hora de definir quais são as melhores estratégias para definir a produção. O planejamento agregado da produção é realizado anualmente, mas é revisto todos os meses. Esse documento deve conter:

  • Volume de estoques;
  • Dados gerais da produção por mês;
  • Contratação e desligamento de colaboradores;
  • Contração de fornecedores;
  • Definição de horas extras;
  • Contratação de serviços logísticos.

Esse documento permite que a empresa tenha uma noção da demanda e dos esforços necessários para supri-la, considerando as oscilações ocorridas ao longo do ano.

4. Plano mestre da produção

Com base em todos os elementos acima, cabe à empresa executar o seu plano mestre de produção. Esse plano determina exatamente os recursos disponíveis e como eles serão canalizados para as demandas. A ideia é produzir a quantia certa na hora certa, pensando na operacionalização de curto prazo.

O plano mestre evita os desperdícios de recursos, bem como a falta deles em algum momento. Por isso, ele deve ser muito mais detalhado do que os planos anteriores, contendo as quantidades, itens, estoques etc. Esse plano, mais pormenorizado do que o anterior, já considera os pedidos em andamento na produção.

5. Programação detalhada da produção

A partir do plano mestre, a empresa consegue efetivamente determinar as atividades do chão de fábrica, considerando as rotinas e as atividades necessárias para atender às demandas.

Nessa fase, é necessário estabelecer: a quantidade de materiais, a organização do estoque, a definição dos lotes para os produtos, a sequência das ordens de produção, os padrões e a geração das ordens de produção, os equipamentos utilizados em cada etapa, os colaboradores envolvidos em cada função, e por aí vai.

6. Controle da produção

A 6ª e última etapa consiste no controle propriamente dito da produção, isto é, o ato de verificar se cada atividade produtiva está sendo executada de acordo com os planejamentos estabelecidos anteriormente.

Nessa fase, é primordial contar com um programa de gestão bastante eficaz, acompanhando os dados da produção em tempo real e identificando os problemas, as necessidades de ajustes e as oportunidades de melhoria. É esse controle que permite que decisões cada vez mais eficazes sejam tomadas.

Quais são os benefícios que o processo promove?

Seguir todas as etapas acima pode ser algo um pouco trabalhoso. Contudo, os benefícios do PCP mostram que todo o esforço vale a pena. Confira-os na sequência:

  • Planejamento e controle eficaz da produção, evitando faltas ou desperdícios de recursos;
  • Organização das matérias-primas;
  • Melhorias no fluxo das linhas de produção;
  • Melhorias na qualidade das decisões tomadas pelos gestores;
  • Elevação da produtividade e da motivação dos colaboradores;
  • Aprimoramento da produtividade das máquinas;
  • Controle do desempenho geral da produção;
  • Redução de custos;
  • Manutenção do estoque nos níveis ideais;
  • Manutenção do tempo de produção nos níveis ideais;
  • Aumento da capacidade produtiva da indústria;
  • Redução do tempo ocioso;
  • Organização dos cronogramas da produção da indústria.

Com todos os benefícios acima, já deu para perceber o quanto o PCP — Planejamento e Controle de Produção é importante, não é mesmo? Portanto, adote-o na sua empresa e permita-se alcançar resultados extraordinários!

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