A baixa autoestima é um problema em que a pessoa enxerga a si mesma como alguém repleto de defeitos e com poucas qualidades, o que não condiz com a verdade. Isso pode ocorrer nas diferentes esferas da vida: pessoal, profissional, amorosa, familiar etc. Geralmente, associa-se a baixa autoestima à insatisfação com a aparência física, mas essa é apenas uma das formas com que esse problema se apresenta.
É possível até mesmo sentir baixa autoestima no trabalho. Nesse caso, a pessoa tem pouca confiança nas suas competências profissionais. Neste artigo, vamos compreender como esse problema ocorre, quais são as suas causas e o que é possível fazer para melhorar a autoestima das pessoas nessa área da vida. Siga em frente e saiba mais sobre o tema!
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O que é autoestima?
A autoestima é a capacidade que um indivíduo tem de gostar de si mesmo e de valorizar as suas próprias qualidades, confiando nas suas características para superar os desafios da vida. A autoestima, portanto, caminha lado a lado com o amor-próprio, ou seja, com a ideia de amar a si mesmo. Isso não significa que a pessoa não reconhece os seus pontos de desenvolvimento, mas sabe que, apesar desses aspectos, é possível amar a si mesma.
Uma pessoa com autoestima saudável sabe que tem aspectos a melhorar, mas isso não a entristece nem a leva a deixar de confiar em si mesma. Em geral, ela tem uma visão positiva de si, considerando a sua aparência física, a sua inteligência, a sua personalidade, o seu estilo de vida, as suas competências profissionais, e por aí vai.
Como identificar a baixa autoestima no trabalho?
As pessoas podem manifestar a baixa autoestima em todas as áreas da vida ou desenvolver um foco maior desse problema em apenas uma área. Na vida profissional, por exemplo, algumas pessoas demonstram esse problema por meio de alguns sinais. Conheça-os na sequência.
- Não aceitação das próprias limitações;
- Falta de confiança em si mesmo;
- Recusa diante de determinadas atividades que sejam mais desafiadoras;
- Perfeccionismo;
- Visualização apenas das falhas, mas nunca das qualidades naquilo que faz;
- Timidez e medo da rejeição;
- Medo de expor ideias em reuniões;
- Comparações constantes, gerando o pensamento de que todos os demais colaboradores são mais competentes do que a pessoa;
- Insegurança diante de feedbacks negativos, possivelmente levando essas questões para o lado pessoal (“o meu chefe me odeia”);
- Incapacidade de reconhecer as próprias conquistas, demonstrando uma elevada necessidade de aprovação externa, por meio de elogios.
Quais são as causas da baixa autoestima na vida profissional?
Os sintomas acima descritos não se desenvolvem da noite para o dia. Na verdade, eles são quase sempre multifatoriais, ou seja, resultado de diversos fatores pessoais, familiares, culturais e sociais.
Pesquisas indicam, por exemplo, que as mulheres tendem a sofrer um pouco mais com a baixa autoestima no trabalho do que os homens, tendo em vista que a inclusão da mulher nas empresas é um processo relativamente recente e ainda muito desigual.
O problema também tende a ocorrer mais naqueles indivíduos que tiveram uma criação muito rígida e cobranças muito elevadas na escola e na universidade, por exemplo. Além disso, jovens que foram criados em ambientes e culturas de pouca liberdade de expressão têm dificuldade de desenvolver a proatividade e até mesmo de relacionar-se com chefes e colegas nas empresas.
Portanto, a história das pessoas, incluindo eventos da infância e da adolescência, pode impactar o seu trabalho. Aqueles que crescem em lares sem muito afeto e até mesmo com manifestações de violência sofrem mais com o problema.
Algumas pesquisas também afirmam que a baixa autoestima pode estar relacionada a determinados transtornos mentais, como os transtornos de ansiedade e a depressão — lembrando que o Brasil está entre os países que mais sofrem com esses dois grupos de doenças. O estresse, o desânimo e as perdas prévias de emprego também podem contribuir com essa perda de autoestima voltada à vida profissional.
Por fim, não podemos deixar de considerar que a própria cultura de determinadas organizações favorece o problema. Empresas cuja estrutura é muito hierarquizada e autoritária, que não oferecem liberdade de expressão aos colaboradores e que veem o trabalhador como alguém que está ali apenas para obedecer a ordens aumentam o problema. Sem lideranças que incentivam, que ajudam, que motivam, que orientam e que reconhecem os méritos, fica difícil desenvolver a autoestima dos funcionários.
Como vencer a baixa autoestima no trabalho?
Melhorar a autoestima não é a cura de um resfriado, que ocorre em poucos dias. Na verdade, trata-se de um processo contínuo, que demanda alguns esforços, mudanças de mentalidade e, principalmente, mudanças no comportamento da pessoa. Nesse sentido, confira algumas dicas para confiar mais em si mesmo na vida pessoal e no trabalho.
- Aceite que você erra. Aliás, todo mundo erra, mesmo os profissionais mais experientes;
- Pare de se comparar aos outros. Não faz sentido querer ser igual àqueles que já têm mais estudos e experiências. Inspire-se em quem você admira, mas respeite o seu tempo;
- Faça um levantamento das suas qualidades e de todas as suas conquistas até aqui. Às vezes, nos esquecemos de amar a nós mesmos, pois estamos muito focados naquilo que ainda nos falta;
- Não leve os feedbacks recebidos para o lado pessoal. Encare-os como fontes de aprendizado para que você se torne um profissional melhor a cada dia;
- Fuja das empresas que não reconhecem o seu valor, que não investem no seu crescimento e que são autoritárias (sem abrir espaço para que os colaboradores se expressem). É difícil desenvolver a autoestima nesses ambientes;
- Estude, experimente novas atividades e acompanhe o seu progresso no trabalho dia após dia, por mais discreto que ele seja;
- Se desenvolver a autoestima estiver particularmente difícil, não hesite em procurar a ajuda de coaches e psicólogos.
Com as dicas acima, certamente você será capaz de identificar as suas questões de autoestima no trabalho e de resolvê-las, por meio da adoção de uma nova mentalidade e de novos comportamentos.
E você, querida pessoa, como avalia a sua autoestima no trabalho? Ela é positiva? Pode melhorar em algum aspecto? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!