Você já ouviu falar em brainstorming, não é mesmo? “Tempestade de ideias”, essa técnica já foi tema de alguns artigos aqui do blog e é bastante conhecida para que equipes de trabalho desenvolvam as suas ideias de projetos e resolução de problemas. Contudo, há alguns contextos em que ele não é a melhor solução.
Para isso, existe o chamado brainwriting, uma variação do brainstorming com algumas características particulares. Neste artigo, você vai conhecer essa técnica, descobrir as suas diferenças em relação ao brainstorming, conferir os seus benefícios e descobrir como colocá-la em prática. Boa leitura!
Contents
O que é brainwriting?
O brainwriting, ou “escrita cerebral”, é uma técnica coletiva de geração de ideias. Nela, os membros de uma equipe que precisa resolver um problema anotam, individual e silenciosamente, as suas sugestões de solução em um pedaço de papel. Os participantes geralmente executam essa técnica sentados em círculo.
Em seguida, cada participante passa o seu papel de ideias para a pessoa que estiver sentada ao lado direito. Sucessivamente, cada participante deverá ler as ideias dos colegas e, se desejar, fazer observações por escrito no papel, complementando as ideias deles. Quando todas as pessoas tiverem tido acesso a todas as ideias dos colegas, abre-se uma discussão oral de compartilhamento de soluções. O líder da equipe, por fim, registra os insights principais em um quadro branco.
O brainwriting e o brainstorming são a mesma coisa?
O brainwriting e o brainstorming são duas técnicas diferentes para o alcance de um mesmo objetivo: ter uma “tempestade” de ideias coletivas para resolver um problema. O brainstorming ocorre em uma reunião de equipe, quando todos falam abertamente as suas sugestões de solução, até que todas elas são analisadas, identificando a opção (ou combinação de opções) mais adequada para resolver a situação.
O brainwriting tem o mesmo propósito, mas é feito de forma silenciosa, pois as pessoas escrevem as suas ideias em um papel, em um primeiro momento, antes de discuti-las abertamente. Assim, ele é mais organizado e expõe menos as pessoas.
As sessões de brainwriting permitem que as pessoas escrevam as suas ideias, o que pode ser mais fácil do que falá-las. Além disso, os participantes leem as ideias uns dos outros, podendo enriquecer as suas próprias ideias com base nas anotações do outro, o que gera soluções mais criativas e bem estruturadas.
Quais são os benefícios dessa técnica?
Podemos resumir os benefícios do brainwriting com a seguinte lista:
- Gerar ideias com rapidez e eficiência;
- Gerar menos ansiedade social e “competição” entre os colegas;
- Produzir ideias mais diversificadas e criativas;
- Gerar igualdade de oportunidade para que todos exponham as suas ideias;
- Evitar que as pessoas se apeguem às primeiras ideias, como comumente ocorre nas sessões de brainstorming;
- Considerar todas as ideias, antes de chegar a uma solução definitiva.
Em quais situações é indicado?
Com base na lista de benefícios acima, podemos compreender que o brainwriting é particularmente indicado para as equipes formadas por indivíduos com personalidades diferenciadas entre si. O brainstorming naturalmente beneficia as pessoas mais extrovertidas e sem medo de dizer o que pensam, mas “pune” as pessoas mais introspectivas ou tímidas.
No caso do brainwriting, mesmo as pessoas tímidas podem expor o que pensam, já que escrever as ideias reduz a exposição típica das discussões orais. Além disso, como os bilhetes são anônimos, isso ameniza a insegurança de dar ideias. Outro benefício é que, especialmente nas equipes mais extrovertidas, pode haver desorganização e até mesmo “competição” na hora de falar, de modo que o brainwriting organiza o processo e combate essa competição.
4 passos para colocar o brainwriting em prática
Agora que você já sabe o que é o brainwriting, quais são os seus benefícios e em quais contextos é indicado, confira 4 passos para colocá-lo em prática.
1. Defina as regras do procedimento
Em primeiro lugar, ao adotar o brainwriting como técnica de geração de ideias em grupo, cabe ao líder esclarecer aos participantes o que vai acontecer. Explique ao grupo o que é o brainwriting, quais são os seus benefícios e como ele funciona. Tire as dúvidas de todos. Além disso, defina as regras para a sua situação específica, como “cada pessoa pode dar no máximo 5 ideias” ou definir pré-requisitos para as soluções sugeridas.
2. Determine o problema a ser resolvido
O brainwriting tem o objetivo de resolver alguma questão ou problema nas empresas. É o caso da criação de campanhas publicitárias, por exemplo. Sendo assim, depois de explicar como o brainwriting ocorrerá, é necessário fazer uma contextualização do problema que precisa ser resolvido e do tipo de ideia que está sendo solicitado. Quanto mais clara e específica for essa fase, mais precisas e eficazes serão as ideias apresentadas, evitando o recebimento de sugestões que não se aplicam ao caso.
3. Peça aos participantes para escreverem as suas ideias
O terceiro momento é o de dar papel e caneta aos participantes, definindo um prazo específico para que anotem as suas ideias. Algo em torno de 5 minutos é uma boa sugestão. Em seguida, é hora de dar início às rodadas em que os participantes rodam as ideias pelo círculo e complementam as sugestões dos colegas — 3 minutos por rodada é um bom tempo. É natural que essas sessões sejam mesmo mais curtas, silenciosas e agradáveis.
4. Unifique e compartilhe as respostas
Ao fim das rodadas, quando todos já tiverem tido acesso às ideias de todos os colegas, é hora da discussão oral. Nessa fase, cada pessoa pode falar o que pensa sobre as próprias ideias e sobre as ideias dos colegas. Então, o líder da dinâmica registra tudo o que for falado em um quadro branco ou flip chart, servindo como um registro das principais soluções sugeridas, até que a melhor delas seja escolhida — ou uma combinação de várias delas.
Concluindo, o brainwriting é um tipo mais silencioso de brainstorming, pois as ideias são sugeridas por escrito, o que garante mais democracia e conforto a todos, especialmente para as pessoas mais tímidas. É uma maneira muito eficaz de edificar projetos e de solucionar problemas nas empresas, por meio de ideias criativas, construídas coletivamente.
E você, querida pessoa, já participou de alguma sessão de brainwriting? O que pensa sobre a técnica? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!