Você já ouviu falar em seleção às cegas? Trata-se de um processo em que as empresas avaliam as competências dos candidatos dos seus processos seletivos sem conhecer as suas características físicas, o que eleva a diversidade da organização e promove uma contratação mais justa e precisa, exclusivamente feita com base nos conhecimentos e habilidades do indivíduo.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é a seleção às cegas, como esse processo ocorre e quais são os benefícios que ela tem a oferecer às organizações. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba tudo sobre o tema!
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O que é a seleção às cegas?
A seleção às cegas é um modelo de processo seletivo empresarial que tem o objetivo de evitar que os recrutadores ajam com algum tipo de discriminação ou preconceito (intencional ou não) acerca dos candidatos participantes. Crescente na Europa e nos EUA, o modelo começa também a se popularizar no Brasil, promovendo contratações mais justas e um incentivo à diversidade e à inclusão.
Ética, justiça e profissionalismo são alguns dos benefícios desse tipo de seleção. A avaliação do candidato ocorre anonimamente, eliminando vícios e preconceitos dos recrutadores, levando em consideração apenas os critérios profissionais.
Como o processo funciona e quais são os seus objetivos?
O processo funciona por meio de plataformas especializadas em seleção às cegas. Nessas plataformas, o candidato se cadastra e preenche o seu currículo, enviando-o para as vagas que sejam do seu interesse. As empresas, então, recebem as informações do currículo do candidato que se referem às suas competências profissionais, verificando a adequação de cada participante à vaga. Dados como nome, idade, endereço, gênero, estado civil, etnia e se tem filhos não são repassados.
Esse sistema fortalece nas empresas uma cultura organizacional pautada na diversidade, inclusão, ética, justiça, sustentabilidade e gestão de alta performance. Por isso, é importante treinar os profissionais de RH para a condução desse tipo de seleção e também divulgar todos esses ideais aos colaboradores da empresa, fixando-os de vez no DNA da empresa.
Dessa forma, concretiza-se o objetivo de focar exclusivamente nas competências profissionais dos candidatos: conhecimentos, valores, experiências prévias, formação, habilidades, competências técnicas e competências comportamentais. Esses critérios são os únicos considerados ao longo de todas as fases do processo seletivo.
Como é o passo a passo desse processo?
O primeiro passo, conforme citamos, é adotar essa cultura de diversidade e inclusão na empresa. Isso consiste em reforçar esses ideais a todos os colaboradores e em treinar os profissionais de RH para conduzir esse tipo de processo seletivo.
Em seguida, é preciso pesquisar e selecionar as plataformas digitais de recrutamento e seleção que oferecem a opção de seleção às cegas. São plataformas que não repassam aos recrutadores os dados que podem gerar algum tipo de discriminação: nome, idade, gênero, etnia, endereço, religião, fotografias etc.
Dessa forma, esses softwares conseguem oferecer às empresas o grau de compatibilidade do indivíduo com a vaga, levando em consideração apenas os critérios profissionais. Testes e até mesmo entrevistas iniciais são feitos anonimamente. As características pessoais não são informadas, permitindo que a organização realize contratações justas, pautadas apenas nas informações profissionais.
As entrevistas presenciais são feitas apenas no fim do processo seletivo, apresentando ao candidato a cultura organizacional e os seus valores. Mais uma vez, ressaltamos a necessidade de conscientizar os recrutadores de que as características pessoais dos participantes não devem ser levadas em consideração nas avaliações profissionais.
Quais são os benefícios que ele oferece?
Confira as vantagens que o processo oferece às organizações.
- Aumento na produtividade: esse tipo de seleção não leva em consideração características pessoais dos candidatos, mas apenas os seus diferenciais profissionais. Isso torna os quadros das organizações mais qualificados e diversificados, o que eleva a qualidade e a produtividade das suas equipes;
- Aumento na diversidade: algumas empresas acabam contratando sempre os mesmos tipos de pessoas, considerando gênero, idade, formação específica e até mesmo o biotipo. A contratação às cegas evita que isso ocorra e tende a promover a diversidade de indivíduos no ambiente profissional. Essa diversidade enriquece as ideias que surgem na empresa, pois vivências distintas se complementam e enriquecem a vida na empresa;
- Fortalecimento do employer branding: employer branding significa a força da marca enquanto empregadora. Assim, se uma empresa se utiliza da seleção às cegas, ela comunica o mercado de que é receptiva à diversidade e que valoriza apenas os critérios profissionais, com ética e justiça. Isso faz com que a empresa seja vista pela sociedade com bons olhos, atraindo cada vez mais profissionais competentes que queiram trabalhar ali;
- Perfil comportamental: os softwares de seleção às cegas contam com testes que permitem que a empresa conheça o perfil comportamental do candidato, sem conhecer as suas características físicas. Isso permite verificar se há compatibilidade entre o perfil e os valores do candidato com a cultura da organização;
- Precisão: o processo seletivo às cegas foca exclusivamente nas informações de cunho profissional dos candidatos. Por isso, são contratadas as pessoas mais adequadas a cada vaga, com base nas necessidades da empresa (de conhecimentos e de habilidades);
- Redução de custos: contratações ineficazes podem gerar perdas financeiras nas organizações, devido ao baixo desempenho, aos desligamentos e à necessidade de novos processos seletivos. Uma contratação precisa, por meio da seleção às cegas, evita esse problema e reduz esses custos;
- Valorização humana: ao adotar a seleção às cegas, a empresa combate o preconceito de qualquer tipo e demonstra uma valorização do ser humano, com base nas suas qualidades e competências.
Há alguma desvantagem?
A única desvantagem do processo é que ele pode ser um pouco mais demorado do que o tradicional. Isso se deve ao fato de que a empresa não tem acesso imediato ao telefone do candidato, mantendo as primeiras etapas no anonimato. Contudo, a produtividade e a precisão obtidas fazem essa espera valer a pena.
Concluindo, a seleção às cegas mantém os candidatos em anonimato (ao menos no início do processo) para evitar que haja preconceito dos recrutadores acerca de alguma característica pessoal (gênero, idade, endereço, etnia etc.). Isso faz com que a contratação se baseie exclusivamente em informações profissionais, tornando o processo mais ético, justo e benéfico às partes envolvidas. Assim, a empresa favorece a diversidade e a inclusão, ao mesmo tempo em que garante a compatibilidade candidato-vaga.
E você, querida pessoa, o que pensa sobre a seleção às cegas? Já participou ou promoveu algum processo nesse modelo? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!