O universo digital parecia uma tendência, mas tornou-se um componente essencial nas nossas vidas. Você consegue imaginar o seu dia a dia atual sem a internet? A verdade é que o trabalho, os estudos, o consumo, os relacionamentos, a informação e a aquisição de conhecimentos gerais dependem consideravelmente das ferramentas digitais na atualidade.
Nas empresas, então, nem se fala. O marketing, a administração, as finanças, as vendas, enfim, todos os processos são dependentes da tecnologia e das telecomunicações. Mas será que a digitalização tem promovido o fim da humanização? A resposta é complexa, mas a verdade é que pessoas sempre serão pessoas!
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Digitalização x humanização
A pandemia de Covid-19 manteve boa parte da população mundial em isolamento por algum tempo. Dessa forma, as tecnologias se fizeram necessárias para que pudéssemos estudar, trabalhar e matar as saudades de amigos e familiares. Esse evento cruel e imprevisível ressaltou um fato importante: a tecnologia e as relações humanas não são forças antagônicas, mas duas necessidades da sociedade.
Assim, não faz sentido falar que a digitalização é rival à humanização. Ela é uma ferramenta que conecta as pessoas, as organizações, as informações e os negócios. Dessa forma, o mundo virtual sozinho não é capaz de suprir as necessidades humanas básicas, mas é um meio que viabiliza o suprimento dessas necessidades.
Por isso, qualquer pessoa e qualquer empresa precisam progredir nas 2 frentes. É importante atualizar os seus conhecimentos e ampliar o domínio sobre as tecnologias que surgem. Todavia, precisamos sempre manter viva a capacidade de lidar com outros seres humanos como iguais, e não como números ou máquinas.
A importância de compreender o comportamento humano
Não importa qual seja a sua área de atuação: tudo o que você faz impacta, de alguma maneira, a humanidade. Portanto, lembre-se de que o seu trabalho é direcionado a outras pessoas. Produtos, serviços, estudos, ensino, pesquisa — absolutamente tudo o que se faz profissionalmente tem como destino outro ser humano.
Diante disso, quanto mais uma pessoa ou uma empresa intensificar a sua compreensão acerca do comportamento humano, mais ela será capaz de progredir nas suas atividades. Quem estuda o comportamento humano consegue:
- Comunicar-se melhor com as pessoas;
- Desenvolver a empatia, o altruísmo e a capacidade argumentativa;
- Compreender as pessoas sem julgá-las;
- Entender os desejos, os problemas e as necessidades da sociedade, utilizando o seu trabalho para contribuir de alguma maneira para encontrar soluções eficazes;
- Reconhecer em cada indivíduo uma fonte infinita de conhecimento;
- Encontrar bons mentores, inspirando-se em exemplos de sucesso;
- Aprender cada vez mais, investindo em cursos de desenvolvimento humano.
Orientações para que a digitalização e a humanização se complementem nos negócios
1. Facilitar a comunicação e a satisfação internas
Em primeiro lugar, devemos ter em mente que o sucesso de uma organização depende da mobilização e da satisfação do seu público interno. Por isso, a tecnologia deve ser uma facilitadora dos processos de trabalho e, sobretudo, da comunicação interna. Ela ajuda a gerenciar projetos, delegar funções, acompanhar os resultados e avaliar o desempenho de cada setor.
Além disso, uma comunicação interna eficaz garante mais transparência dentro das empresas e uma conexão maior entre os próprios colaboradores. Assim, a digitalização deve unir as pessoas, e não afastá-las ou deixar os departamentos isolados. A ideia é integrar e satisfazer o público interno, que consegue trabalhar com mais produtividade e motivação.
2. Conhecer o público externo
Conforme citamos, qualquer organização surge com o propósito de oferecer algum bem à sociedade. Por isso, as empresas precisam fazer uso da tecnologia para compreender o ambiente em que estão inseridas, segmentar o seu público-alvo e compreender cada vez melhor o comportamento, os desejos e as necessidades dessas pessoas.
É a partir dessa compreensão de um potencial consumidor que uma organização consegue adequar as suas ações, afinal de contas, o seu lucro depende da satisfação do público. Portanto, a tecnologia serve para conhecer o público, fazer pesquisas e acompanhar o comportamento do consumidor.
3. Desenvolver produtos e serviços compatíveis com as necessidades humanas
Um dia, alguém percebeu que era necessário proteger as pessoas da chuva durante o dia, afinal de contas, elas não poderiam abrir mão dos seus compromissos por condições climáticas. Assim nasceu o guarda-chuva. Na verdade, tudo aquilo que existe hoje em dia é fruto da detecção de um desejo ou de uma necessidade.
Assim, as pesquisas que citamos no item anterior geram produtos e serviços que respondem às necessidades humanas — o que depende, naturalmente da tecnologia. Assim, a digitalização permite que as empresas produzam e que as pessoas comprem aquilo de que necessitam, muitas vezes sem sair de casa. Humanização e digitalização caminham juntas na satisfação das pessoas.
4. Humanizar e personalizar a comunicação
O marketing e a comunicação são talvez os departamentos que mais vivenciam a união entre a digitalização e a humanização. As ferramentas digitais permitem que a comunicação seja disparada e chegue de forma prática às pessoas. Imagens, vídeos, notícias, infográficos, anúncios publicitários, tudo é divulgado, hoje em dia, por meio das plataformas digitais — sites, blogs, e-mails, mensagens de texto, redes sociais etc.
Contudo, a humanização consiste justamente em entender que tipo de informação o público-alvo da empresa quer receber, qual é a linguagem mais adequada nesse processo, qual é o canal de comunicação mais eficaz para esse segmento e até quais seriam os dias e horários mais propícios a essa comunicação. Quanto mais a empresa consegue compreender o seu consumidor, mais ela personaliza e humaniza essas escolhas, agindo como uma amiga do cliente, e não como uma organização burocrática e invasiva.
5. Prosperar com ética e respeito ao meio em que a organização está inserida
Por fim, devemos compreender que as empresas estão inseridas em contextos mais amplos. Assim, elas precisam agir com responsabilidade, não apenas em direção aos seus colaboradores e consumidores, mas em direção à sociedade em geral. Tudo aquilo que uma empresa faz impacta a vida dos seus concorrentes, das comunidades em que estão inseridas, dos governos, das economias locais (ou globais), do meio ambiente, e por aí vai.
Dessa forma, a tecnologia utilizada na produção e na comunicação de uma empresa deve sempre ser transparente e ética no relacionamento com todos esses stakeholders. Portanto, as ferramentas digitais devem ser aliadas da transparência, e não instrumentos que propagam informações falsas ou que geram ainda mais desigualdade.
Concluindo, a humanização na era digital não é uma tendência, mas uma necessidade. As empresas podem e devem investir em tecnologia para aperfeiçoar os seus processos de produção, gestão, administração financeira, logística, comunicação, marketing etc. Contudo, em todos esses processos, devem compreender que estão lidando diretamente com outros seres humanos. Assim, a tecnologia deve ser entendida como um meio, e não como um fim.
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