Você já ouviu falar em desenho organizacional ou design organizacional? Talvez o nome seja novo para você, mas o conceito certamente não é. O desenho de uma organização nada mais é do que a maneira como ela está estruturada, subdividida e hierarquizada.

Alguns desenhos empresariais são mais hierárquicos, rígidos e burocráticos, mas há outros que são mais inclusivos e que favorecem o desenvolvimento de uma cultura de inovação. Neste artigo, vamos compreender melhor a importância do desenho organizacional na produtividade das empresas. Preparado? Então, siga em frente e boa leitura!

O que é o desenho organizacional?

O desenho organizacional é uma representação da maneira como uma empresa está organizada. Muitas pessoas o enxergam apenas como um desenho de relações hierárquicas, o que também é verdade, mas esse desenho também pode influenciar diretamente a maneira como a organização produz.

Esse desenho deve conter as cadeias de comandos, ou seja, as posições de cada indivíduo/cargo e as relações de poder estabelecidas entre eles, contendo papéis, normas e regulamentos internos. Algumas empresas fazem isso de forma burocrática e rígida, enquanto outras o fazem de maneira mais flexível e inclusiva, permitindo que todos os seus colaboradores possam contribuir com as suas ideias, o que favorece o surgimento de uma cultura de inovação.

Quais são os diferentes tipos de desenho organizacional?

Há organizações que apresentam um desenho que expressa uma estrutura rígida. Nesse caso, as redes hierárquicas estabelecidas são muito importantes, e é costume que a comunicação ocorra degrau por degrau, mais de cima para baixo do que de baixo para cima. A rigidez desse sistema é marcada pela burocracia e pela lentidão dos processos. Além disso, cada colaborador ocupa um espaço delimitado, sem liberdade para sair dele e para dar as suas sugestões.

Por outro lado, há organizações que apresentam um desenho organizacional mais estrategicamente preparado para a inclusão. Estamos falando de estruturas em que os líderes compreendem que podem incluir os colaboradores nos processos criativos, evitando que estejam ali apenas para obedecer às ordens. Nesse caso, há uma estrutura mais flexível e menos preocupada com a hierarquia. Ela favorece a cultura da inovação e da inclusão dos colaboradores nas atividades criativas da empresa.

Por que é importante investir em um desenho organizacional que favorece a inovação?

A inovação é o processo por meio do qual as empresas desenvolvem novas soluções, seja em produtos e serviços para satisfazer o cliente externo, seja para promover melhorias nos próprios processos internos. Para que isso seja possível, não vale a pena desenvolver uma estrutura extremamente rígida, em que apenas os líderes decidem, e os funcionários obedecem aos seus mandamentos. A estrutura mais flexível considera que todos podem dar as suas sugestões.

Muitas vezes, é das mentes dos estagiários que surgem soluções incríveis para problemas internos ou para incrementos nas soluções oferecidas diretamente ao consumidor. Quanto mais esse processo for inclusivo e enriquecedor, mais a empresa se fortalecerá, analisando os diferentes pontos de vista expostos. Isso reduz a chance de erros e aumenta a qualidade daquilo que se produz. Consequentemente, essa cultura de invocação favorece a longevidade e a competitividade da empresa.

Como criar um desenho organizacional que favoreça a cultura da inovação?

Para que uma empresa mergulhe de vez na cultura da inovação, é importante compreender que ela já não é mais um diferencial competitivo, mas sim uma necessidade para quem deseja manter-se ativo e crescente no mercado. Por isso, são variadas as ações que podem ser adotadas nesse sentido. Confira as principais delas na sequência.

  • Definir um departamento de inovação para a empresa;
  • Separar uma parte do orçamento organizacional para promover melhorias nos próprios processos internos;
  • Pesquisar e adotar metodologias e ferramentas de inovação;
  • Estimular os líderes a incluir os liderados nos processos de tomada de decisão;
  • Estimular em cada colaborador a ideia de que ele não está ali apenas para fazer o que se pede, mas também para dar as suas sugestões, críticas e propostas;
  • Estimular o engajamento coletivo em sessões de brainstorming;
  • Explicar que a estrutura da empresa existe para organizar o fluxo de trabalho, mas que ela não é tão rígida a ponto de impedir que um funcionário seja mais criativo;
  • Investir em frentes de inovação dentro da própria empresa, como as hackatons, os programas de ideias, o design thinking, os workshops e eventos da área, o relacionamento com outras empresas (inclusive startups), e por aí vai.

Como promover essa mudança no desenho organizacional?

Ao longo do tempo, as empresas têm percebido a importância da flexibilização, tendo em vista que oferecer algum grau de autonomia aos liderados, reduzindo a importância atribuída à hierarquia, tem produzido bons resultados. Esse processo que inclui o colaborador nas decisões da empresa favorece a inovação. No entanto, sair de um desenho mais rígido para adotar um mais flexível é um processo que depende de algumas ações, conforme você verá a seguir.

  • Conscientização: é importante que o primeiro passo seja a tomada de consciência acerca da importância de adotar um desenho mais flexível. Isso deve envolver os líderes, que devem ser mais inclusivos, e os liderados, que devem ser mais participativos;
  • Incentivo: para estimular nos colaboradores uma postura mais autônoma, proativa, participativa e inclusiva, é interessante oferecer incentivos e recompensas. O bônus financeiro é importante, mas não apenas ele. O reconhecimento, o feedback e os planos de crescimento na carreira também são necessários;
  • Desenvolvimento de competências: além das competências tradicionais pelas quais os colaboradores foram contratados, é importante desenvolver novas competências para esse novo momento: comunicação clara, criatividade, capacidade de tomar decisões, análise de dados, planejamento estratégico etc. Por isso, os treinamentos de capacitação devem ser promovidos e incentivados, de modo que os funcionários se sintam mais confiantes para serem mais participativos;
  • Modelos de atuação: os líderes e até mesmo alguns colaboradores podem e devem ser tomados como exemplos pelos demais nessa cultura de inovação. Por isso, é importante que haja na empresa esses indivíduos que tomam a frente desse novo cenário e que propõem as suas ideias. Isso serve como estímulo para que os demais também ajam assim.

Diante disso, podemos compreender que o desenho organizacional pode ser tanto benéfico como prejudicial ao desenvolvimento da cultura de inovação. Enquanto a rigidez e a hierarquia forem mais importantes do que a colaboração e a criatividade, as empresas continuarão perdendo espaço e força no mercado. Para evitar que isso ocorra, invista em um desenho organizacional mais flexível.

E você, querida pessoa, como avalia o desenho organizacional da sua empresa? Ele favorece a inovação? O que poderia ser melhor? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!