Uma empresa júnior é uma empresa sem fins lucrativos, formada por alunos de cursos superiores. Trata-se de uma oportunidade muito valiosa para que os estudantes coloquem em prática aquilo que aprendem na teoria nas aulas. É como um “simulado” do mercado de trabalho.
Mas como funcionam essas empresas juniores? Como podem ser construídas? Quais são os benefícios que elas oferecem aos alunos, às empresas e às universidades? As respostas para essas e outras perguntas, você vai conferir no artigo a seguir. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
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Empresa júnior: o que é?
Uma empresa júnior é uma associação civil formada por alunos universitários, sem fins lucrativos. Ela tem o objetivo de promover um aprendizado mais prático aos estudantes na sua área de atuação, aproximar o mercado de trabalho do meio acadêmico e construir projetos de consultoria na formação dos alunos.
Dessa forma, as empresas juniores contemplam 3 clientes principais: os alunos, as empresas e as universidades. No caso dos alunos, elas permitem que os estudantes adquiram experiências mais práticas, podendo vivenciar aquilo que já estão aprendendo na teoria das aulas.
No caso das empresas, elas se beneficiam com os projetos criados pelos alunos, que são desenvolvidos com alta qualidade e com baixos custos — afinal de contas, essas empresas não têm fins lucrativos. Essa parceria faz com que as organizações obtenham ótimos projetos, sem necessitar de grandes investimentos.
Por fim, as universidades também são beneficiadas, uma vez que esse tipo de projeto integra a teoria à prática, fortalecendo a imagem da instituição como uma organização que realmente prepara os seus egressos para o mercado de trabalho. Essas empresas divulgam o nome das universidades e as tornam mais reconhecidas.
Como funciona uma empresa júnior?
As empresas juniores são iniciativas das próprias universidades, que oferecem uma boa estrutura para que os seus estudantes tenham experiências práticas no mercado de trabalho. Assim, as instituições de ensino divulgam o projeto aos estudantes e fazem processos seletivos para quem quiser participar. Esses processos são iguais aos das empresas regulares, contendo entrevistas, provas, dinâmicas de grupo, e por aí vai.
As etapas podem variar caso a caso, mas dificilmente fogem dessa estrutura básica. Nesse sentido, o comprometimento e a dedicação dos estudantes contam muito. Por isso, é fundamental desenvolver o marketing pessoal, isto é, a capacidade de “vender” a si mesmo — os seus talentos, conhecimentos e habilidades, a fim de conquistar uma vaga na empresa.
Conforme citamos, essas empresas são muito úteis e importantes, por diversos motivos. Os estudantes adquirem experiências práticas que enriquecem os seus currículos e que podem abrir as portas do mercado de trabalho. As universidades têm os seus nomes fortalecidos. Já as empresas e comunidades locais podem ser beneficiadas pelos projetos de alta qualidade, oferecidos a baixos custos.
Pelos motivos citados, o incentivo aos projetos de empresa júnior tem crescido muito, mas demandam alguns pontos de atenção. Assim como a construção de uma empresa regular, esse tipo de organização também precisa ser planejado estrategicamente.
Como criar esse tipo de empresa?
Se você pensa em criar esse tipo de empresa, deve ficar atento ao planejamento estratégico para que o projeto seja bem-sucedido. Para ajudá-lo nessa missão, selecionamos algumas dicas compartilhadas por especialistas do Sebrae. Confira!
1. Documente as informações iniciais
Como em qualquer empresa, é necessário que as empresas juniores também definam as informações iniciais do projeto. Entre essas informações, podemos citar:
- A identidade da empresa: nome, logotipo, slogan, identidade visual, símbolos etc.;
- A identidade institucional da empresa, com missão, visão e valores;
- O plano de negócios, que pode seguir o modelo canvas (parcerias-chave, atividades-chave, recursos-chave, proposta de valor, relacionamento, canais, segmento de clientes, estrutura de custos e fontes de receita);
- Os membros da equipe e os seus respectivos setores;
- O crédito financeiro;
- O que se espera da instituição de ensino.
2. Defina o crédito e a receita
Toda organização precisa de crédito e capital para iniciar o projeto. No caso das empresas juniores, elas podem contar com o apoio de instituições governamentais ou não governamentais, como: empresas, convênios, agências, parcerias com o poder público, doações de organizações civis, e por aí vai.
Com o passar do tempo, se a empresa for bem administrada, ela poderá gerar resultados positivos, inclusive tornando-se uma empresa formal, capaz de gerar renda aos envolvidos e benefícios à sociedade. Crescentes no Brasil e no mundo, as empresas juniores têm complementado metodologias tradicionais, fornecendo vivências práticas e estimulando o empreendedorismo acadêmico.
3. Determine aonde você quer chegar
Por fim, é importante definir as metas e os objetivos da organização. Aonde ela quer chegar? Quais são os sonhos e propósitos de vida dos seus membros? Por que essa empresa existe? Quando essas perguntas são respondidas, fica mais fácil compreender os caminhos que essa organização pode seguir.
Além disso, os especialistas apontam que há alguns assuntos que precisam ser analisados, como: sustentabilidade financeira, efetivação de negócios, execução da estratégia, rotatividade de colaboradores, aumento na quantidade de projetos, faturamento por membro, satisfação dos colaboradores e satisfação dos clientes.
Concluindo, a empresa júnior é uma empresa iniciante, sem fins lucrativos, formada por estudantes do ensino superior. Desde que bem administrada, ela pode se consolidar, ou ao menos enriquecer os currículos dos seus membros e abrir para eles as portas do mercado de trabalho. Trata-se de um meio eficaz e atrativo de gerar a aplicação prática dos conhecimentos teóricos, beneficiando os estudantes, as universidades e a sociedade em geral.
E você, querida pessoa, o que pensa a respeito da empresa júnior? Já teve alguma experiência nesse sentido? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!