A economia planificada é um modelo econômico em que a economia de uma localidade está nas mãos do Estado. Ele controla os agentes econômicos e as atividades produtivas da nação. Nesse sistema, a iniciativa privada é inexistente ou limitada.
Mas, no mundo capitalista em que vivemos, será que ainda existem econômicas planificadas? Quais são as características desse modelo? Como ele funciona? Quais são as suas origens? As respostas para essas e outras perguntas, você vai conferir no artigo a seguir. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
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Economia planificada: o que é?
A economia planificada é um modelo econômico em que as atividades produtivas e os agentes da economia de um país pertencem ao Estado. Dessa forma, é o poder público o grande responsável por controlar todas as questões econômicas da localidade, desde os setores primários até os setores de alta tecnologia.
Ela praticamente não existe na atualidade em sua forma pura, sendo mais incluída nas economias mistas, isto é, mesclada com as economias de mercado. A economia planificada é feita com base em planejamentos feitos pelo Estado de tempos em tempos, geralmente apresentando um forte viés assistencialista. Assim, o Estado se responsabiliza por prover os indivíduos de diversas formas, ao contrário das economias liberais.
Quais são as características da economia planificada?
As principais características da economia planificada são:
- Domínio do Estado no controle das atividades produtivas e na economia do país;
- Predominância de empresas públicas;
- Inexistência ou presença muito limitada da iniciativa privada;
- Inexistência de concorrência entre as empresas;
- Padronização dos preços dos produtos;
- Planejamento econômico de longo prazo;
- Forte viés assistencialista;
- Oposição à economia de mercado e ao sistema capitalista, que defendem a livre concorrência, a liberdade econômica e a mínimia intervenção do Estado na economia.
Como vivemos em um mundo predominantemente capitalista, é fato que a economia planificada está praticamente em desuso. A economia de mercado se consolidou no século XX, favorecendo a livre concorrência entre as empresas de iniciativa privada. Como consequência, a abertura econômica dos países gerou uma interdependência econômica e até mesmo cultural ente eles, consolidando o fenômeno da globalização.
Como esse modelo econômico funciona?
Quem coordena a economia de um país nesse modelo é o Estado. Dessa forma, são os governantes os responsáveis por controlar todos os processos produtivos do país: a criação de bens, a comercialização de produtos e até mesmo o consumo de diversos itens industriais.
A economia planificada recebe esse nome porque ela é derivada de um planejamento estratégico feito anualmente pelo Estado, embora essa duração possa ser diversificada. O objetivo é que o Estado seja capaz de avaliar as necessidades econômicas e sociais da população e, assim, possa coordenar as atividades das empresas públicas.
Por isso, esse modelo econômico é associado ao assistencialismo, em que o Estado confere recursos à população para garantir a sua subsistência. Isso depende do controle estatal dos preços e da produção, de modo que esse modelo econômico possa ser bem-sucedido.
Quais são as diferenças entre a economia planificada e a economia de mercado?
A economia planificada e a economia de mercado são modelos praticamente opostos. Na primeira, o Estado interfere de forma considerável em todos os fatores econômicos, havendo pouca ou nenhuma participação da iniciativa privada.
A economia de mercado, por sua vez, defende que o Estado deve dedicar-se a outras questões, interferindo minimamente na economia. Ela é liberalista, isto é, controlada pela iniciativa privada, favorecendo a livre concorrência entre as empresas.
Dessa forma, a economia de mercado é muito mais compatível com o sistema capitalista em que vivemos, que tem como objetivo o lucro, e não apenas o bem-estar social. Todavia, diversos países na atualidade têm adotado o modelo conhecido como “economia mista”, que mescla características desses dois modelos. Nesse caso, a livre concorrência existe, mas o Estado desempenha um papel regulador para garantir os direitos sociais e evitar a desigualdade acentuada.
Quais são as origens da economia planificada?
A economia planificada surgiu ao longo do século XX, quando estudos foram conduzidos no sentido de encontrar meios pelos quais o progresso econômico pudesse ser conciliado com o bem-estar da sociedade, por meio da ação do Estado. Assim, o planejamento dessa economia seria efetuado por meio de planos de duração determinada.
O modelo chegou a ser adotado em estados socialistas, como a União Soviética e os seus aliados. No Brasil, houve uma planificação da economia ao longo da Ditadura Militar, por meio dos PNDs (Planos Nacionais de Desenvolvimento), entre 1964 e 1985.
No entanto, por ter sido apontado como excessivamente burocrático e pela ausência de incentivos à inovação e à produtividade, esse modelo perdeu credibilidade a partir dos anos 1980. Ele foi pouco aplicado na prática, muitas vezes tendo permanecido no campo ideológico ou tendo as suas ideias originais distorcidas.
Como esse modelo opera na atualidade?
Nos dias atuais, nenhum país adota a economia planificada de forma pura. O que existe são as economias mistas, isto é, aquelas em que há a livre concorrência da iniciativa privada, mas como uma supervisão do Estado para garantir que as regras do jogo sejam respeitadas.
A ascensão da economia de mercado ao longo do século XX gerou uma abertura dos países ao comércio internacional e à globalização, praticamente colocando um fim às economias planificadas em sua forma pura e original.
Concluindo, a economia planificada foi um modelo econômico marcado pelo controle da economia dos países sendo totalmente efetuado pelo Estado. Ela se opõe à economia de mercado, mas perdeu muita força a partir das décadas de 1980 e 1990, quando a União Soviética chegou ao fim e quando o fenômeno da globalização começou a ganhar muita força.
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