A educação financeira é uma área do conhecimento que estuda e ensina as pessoas a terem uma relação positiva com o seu dinheiro, aprendendo a produzir, a precificar, a negociar, a economizar, a gastar e a investir com inteligência a quantia que possuem. A ideia não necessariamente é tornar todo mundo rico, mas sim fazer com que as pessoas sejam conscientes quanto ao funcionamento do sistema financeiro e às atitudes que as deixem mais tranquilas nessa área da vida.

Infelizmente, a educação financeira no Brasil é ínfima. Apenas nos últimos anos algumas escolas têm implementado projetos nesse sentido, mas ainda é um movimento discreto. Por isso, separamos 10 dicas básicas e iniciais para que jovens e adultos sejam capazes de lidar melhor com o seu dinheiro, fazendo com que o assunto que antes era problema se torne solução. Siga em frente e boa leitura!

1. Conheça a sua realidade financeira

Pesquisas indicam que boa parte dos brasileiros sequer sabe quanto ganha e quanto gasta mensalmente. Esse desconhecimento é o ponto de partida para os problemas financeiros. Por isso, todo mês, registre em uma planilha ou caderno tudo aquilo que você ganha e tudo aquilo que você gasta. Verifique se o saldo é positivo ou negativo. Essa ferramenta serve como um diagnóstico da sua realidade financeira. É a partir dela que você vai perceber se tem se relacionado bem ou mal com o dinheiro.

2. Não gaste mais do que você ganha

A segunda dica também parece ser bem óbvia, mas, infelizmente, tem sido ignorada por muitos jovens e adultos. Se você ganha 3 mil reais por mês, por exemplo, não pode viver como quem ganha 4 mil. Devemos estar sempre um degrau abaixo, nunca igual ou acima. Por isso, faça esse exercício de controlar os seus gastos. É difícil, pois todo ser humano tem vontades, especialmente na sociedade cruelmente desigual em que vivemos, mas é importante manter os pés no chão. Seja consciente sempre.

3. Planeje as suas compras

Para não gastar mais do que ganha, o jeito é planejar as suas compras. Antes de sair de casa, faça listas exatamente com o que precisa ser comprado. Se cogitar comprar um item que não esteja na lista, questione se você realmente precisa dele ou se só está comprando por impulso. As listas planejadas trazem mais racionalidade ao processo de consumo. Isso é muito importante, pois os impulsos e as emoções podem fazer com que a pessoa se perca nas contas ao fim do mês.

4. Pesquise preços e faça contas

Alguns produtos de fato têm diferenças de qualidade em relação à marca, mas não todos. Por isso, pesquise preços e aproveite as promoções que encontrar. Uma simples troca de marca pode representar uma economia importante. No entanto, faça as contas. Se, por exemplo, um produto de 500g custa 10 reais, e o mesmo produto na versão de 1 kg custa 15 reais, vale a pena comprar a maior quantidade, não é mesmo? Assim, aprenda a comparar o preço com a quantidade de produto existente antes de tomar as suas decisões.

5. Saiba negociar

Além de pesquisar preços, não tenha medo de negociar e pedir desconto. Especialmente se você estiver comprando algo em grande quantidade, se já for um cliente antigo e fiel da loja ou se estiver pagando a compra à vista, pergunte ao vendedor quanto desconto ele pode conceder a você. Se você não perguntar, o vendedor nem sempre vai falar o desconto que ele pode dar, não é mesmo? Portanto, faça a sua parte. Nem sempre conseguiremos, mas o importante é tentar!

6. Reduza, recicle e reutilize

Antes de comprar qualquer coisa, verifique se você realmente precisa do item em questão. Pode ser que as suas roupas, por exemplo, precisem apenas de uma “reforma”, e não da aquisição de novas peças. Sendo assim, verifique tudo aquilo que você pode reciclar, reutilizar e reaproveitar. Além disso, faça um consumo consciente de tudo àquilo que você comprar. Por exemplo: será que você precisa mesmo passar o shampoo 2 vezes no seu cabelo para lavá-lo, ou é apenas um truque de marketing?

7. Pague o que puder à vista e em dinheiro

Hoje em dia, é raro que um pagamento parcelado não tenha juros envolvidos. Por isso, acabamos pagando mais caro pelo mesmo item do que quem o compra à vista. Diante disso, não seria melhor juntar dinheiro e evitar os financiamentos? Pense com carinho nessa possibilidade. Além disso, dê prioridade às compras em dinheiro. O uso do cartão não nos dá a real dimensão de quanto estamos gastando, mas o dinheiro vivo sim. Portanto, saia de casa com o dinheiro contato, e deixe o cartão guardado.

8. Pague as dívidas e fuja delas ao máximo

Se você estiver endividado, entenda que pagar as suas dívidas deve ser a sua prioridade. Por isso, reúna-se com os seus credores e verifique o que é possível faz para pagar as dívidas, ou ao menos reduzir os juros cobrados. Além disso, utilize o sofrimento da situação como aprendizado para que você não se endivide novamente. Especialmente com o uso do cartão, pague sempre a fatura completa, não estoure os limites e não caia no cheque especial, onde os juros são abusivos e causam verdadeiras bolas de neve.

9. Construa uma reserva de emergência

Se você colocar os passos acima em prática, conseguirá chegar a um lugar confortável, em que sobrará um dinheirinho ao fim do mês. Nesse caso, aproveite para construir uma reserva de emergência. Ela deverá ser utilizada em situações pontuais, como reformas domésticas, consertos automotivos, despesas medicas etc. Não ter essa reserva pode ser uma dor de cabeça enorme quando as emergências surgem. Por isso, evite que isso ocorra e tenha sempre uma quantia guardada para essa finalidade.

10. Invista o seu dinheiro com sabedoria

Por fim, se você já saiu das dívidas e já tem uma reserva de emergência, pode começar a pensar em investir o seu dinheiro. Isso pode ser feito pode meio de ações, títulos de renda fixa, fundos de investimentos, previdência privada, e por aí vai. Para isso, porém, é fundamental estudar as características de cada investimento junto a instituições sérias e renomadas na área. Assim, você verá o seu patrimônio crescer e se multiplicar, em vez de perder dinheiro com maus hábitos.

E você, ser de luz, coloca em prática as dica acima? Tem mais alguma recomendação que gostaria de acrescentar? Então, contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!