Comparar-se com outras pessoas parece ser um pouco inevitável. Estamos sempre observando quem somos em relação ao outro, e isso ocorre nos mais diversos aspectos: aparência física, personalidade, profissão, relacionamentos, salário, situação financeira, bens materiais, e por aí vai.

Esse comportamento, no entanto, pode ser muito prejudicial, especialmente no que diz respeito à saúde mental das pessoas. Dessa forma, é importante que compreendamos os motivos pelos quais os processos de comparação são tão negativos. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto no artigo a seguir!

Por que não devemos nos comparar?

Especialmente com a internet e com as redes sociais, estamos cada vez mais expostos às vidas das outras pessoas — amigos, familiares, chefes, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos, desconhecidos e celebridades. Cada pessoa vive dentro das suas possibilidades e do estilo de vida que o seu dia a dia lhes permite.

A comparação ocorre quando começamos a analisar a nossa vida, tomando a vida do outro como referência. Dessa forma, acabamos identificando aspectos em que temos mais do que o outro, bem como aspectos em que temos menos. Essa comparação é cruel e injusta, podendo desencadear diversos problemas, conforme você verá nas 6 razões a seguir.

1. Você só vê o lado bom dos outros

Especialmente quando falamos nas redes sociais, precisamos ter em mente que as pessoas só publicam nesses sites os seus melhores momentos: as viagens, as festas, os passeios, as conquistas e as fotos cheias de filtros em que todos parecem modelos. Fica difícil assistir a esse “desfile de felicidade” quando estamos na fila do banco pagando as contas atrasadas ou sentados na sala de espera do hospital.

A comparação é injusta porque nós comparamos a nossa totalidade (coisas boas e coisas ruins) com aquilo que os outros permitem que saibamos da vida deles (só coisas boas). É como se comparássemos o palco dos outros com os nossos bastidores, o que gera sofrimento.

2. Você desrespeita a sua individualidade e a sua história

Cada pessoa é hoje o resultado das suas origens e das suas ações de ontem. É importante termos isso em mente, pois as pessoas partem de pontos de partida distintos. Não faz sentido, por exemplo, comparar a trajetória de alguém que nasceu em uma família bem-estruturada e que pôde dedicar-se exclusivamente aos estudos com a vida de alguém que precisou conciliar o trabalho e os estudos desde os 14 anos.

Cada pessoa tem a sua origem, a sua história, as suas dificuldades e as suas superações. Se todos tivessem as mesmas oportunidades, talvez a comparação fizesse sentido, mas sabemos que o mundo está longe de ser assim. Por isso, evitar a comparação é respeitar a sua história e a sua individualidade.

3. Você se esquece de que todo mundo erra

Você convive consigo mesmo 24 horas por dia. Isso quer dizer que você é testemunha de 100% dos seus erros e dos seus acertos. Entretanto, aquilo que você enxerga na vida dos outros é só a ponta do iceberg.

Podemos admirar amigos, familiares e até mesmo celebridades que estão no auge da vida, encontrando uma vitória atrás da outra. Todavia, não podemos cair na ilusão de que a vida dessas pessoas sempre foi assim vitoriosa. Todo mundo começa sem saber, precisando estudar, treinar, errar e aprender. Ninguém nasce sabendo nada, e todo mundo tem pontos positivos e pontos a desenvolver — sem exceções!

4. Você perde tempo

O tempo que você passa pensando na vida dos outros, analisando as redes sociais e comparando os seus resultados com os resultados das demais pessoas seria muito mais bem-gasto se você estivesse se esforçando para ser mais feliz.

A comparação, portanto, gera uma grande perda de tempo. Imagine, por exemplo, que você passe meia hora por dia checando as redes sociais dos seus amigos. Isso significa que você dedica 182 horas do ano ao acompanhamento da vida alheia. Isso equivale a 7 dias e meio. Pense no que você poderia fazer pela sua própria vida se empregasse melhor esse tempo!

5. Você deixa de celebrar as suas conquistas

Imagine que você tenha completado uma corrida de 10 km. Em situações normais, esse é um motivo de comemoração, concorda? No entanto, se você ficar lembrando que aquele seu amigo que tem mais experiência em corrida conclui provas de mais de 20 km, certamente isso vai tirar um pouco da graça da sua conquista.

Sempre vai haver alguém com mais experiência em algo em que você ainda é iniciante. Perceba como a comparação é cruel: ela alimenta a sua ansiedade e faz com que você deixe de ficar feliz com as suas pequenas conquistas. Isso é terrível para a saúde da mente, pois o leva a desrespeitar o seu ritmo e a sua aceitação!

6. Você deixa de se concentrar em si mesmo

Por fim, quando comparamos o nosso desempenho em algo ao desempenho de outras pessoas, colocamos o foco nelas, e não em nós mesmos. Isso gera uma postura de lamentar-se por não sermos tão bonitos, competentes, ricos ou ativos quanto os outros.

Quem muito se lamenta, deixa de fazer a sua própria parte para alcançar os seus objetivos. A comparação gera desânimo, o que diminui a nossa motivação para agir. Consequentemente, ficamos cada vez mais distantes das nossas metas, o que fortalece um círculo vicioso de derrotas.

Existe algum lado positivo na comparação?

Na comparação em si, não existem vantagens. No entanto, podemos acompanhar as conquistas das outras pessoas como fonte de inspiração para que nós também alcancemos as nossas vitórias. Contudo, uma inspiração saudável é aquela que nos dá esperança de vencer, sem desrespeitar o nosso próprio tempo e a nossa história de vida. Viver não é uma maratona, e a competição gera mal-estar. Portanto, concentre os seus esforços em superar a si mesmo, e não em superar os outros.

E você, ser de luz, ainda se compara muito com as outras pessoas? Como pode substituir a comparação pela inspiração que motiva? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!