O planejamento estratégico é o processo em que uma pessoa ou organização define objetivos claros e determina o que deve fazer para alcançá-los. É o momento de responder a algumas perguntas básicas: Em que lugar quero chegar? Por quê? O que devo fazer para isso? Como devo agir? Em quais etapas esse processo ocorrerá? Quanto devo investir? Quanto tempo vai demorar? Quem pode me ajudar?

O planejamento estratégico, portanto, é uma fase importantíssima antes de realizar qualquer projeto. Ele é particularmente importante na vida empresarial, mas até mesmo os nossos projetos pessoais — como uma viagem ou um casamento — podem se beneficiar dele.

Infelizmente, porém, nem todo mundo sabe como planejar de forma eficaz. Por isso, separamos 8 erros comuns na criação de um planejamento estratégico, de modo que você fique atento para evitá-los. Continue a leitura e confira!

1.  Não planejar

O primeiro erro é o mais óbvio e também um dos mais recorrentes: não planejar. Há pessoas e empresas que simplesmente não planejam aquilo que pretendem fazer. No máximo definem um objetivo e vão fazendo o que acham que vai ser útil, sem analisar muito.

Comportam-se de maneira intuitiva, muitas vezes ignorando os riscos que estão correndo. Sem esse planejamento, podem tomar decisões equivocadas, escolher caminhos mais difíceis e acabar fracassando ou desistindo das suas metas. É como alguém que deseja preparar um prato mais complexo sem seguir receita nenhuma: a pessoa pode perder tempo, energia e ingredientes caros.

2. Não ser claro ao definir objetivos

Como citamos, planejar significa conhecer o seu estado atual, definir um estado desejado (objetivo) e traçar uma linha que uma os dois pontos, por meio de uma série de ações estratégicas. Por isso, é importante definir esse objetivo de forma clara e eficaz, como sugere a metodologia da sigla SMART (do inglês, “inteligente”):

  • S — specific (específico): detalhar bem esse estado desejado;
  • M — measurable (mensurável): acompanhar o seu progresso durante o percurso;
  • A — achievable (alcançável): ser realista nas metas, dentro das suas possibilidades;
  • R — relevant (relevante): ser relevante, ou seja, ter um significado profundo para você, caso contrário, não haverá motivação;
  • T — timebound (com prazo definido): definir um tempo aproximado para alcançar o seu objetivo, de modo a não procrastinar.

3. Não analisar o contexto

PSC

Analisar o contexto é fundamental para definir objetivos e planejar-se —, tanto na vida pessoal, como nas empresas. Se você deseja comprar uma casa, por exemplo, precisa verificar se é o melhor momento, se tem condições financeiras para isso, se essa independência é importante para você, e por aí vai.

O mesmo vale para a vida empresarial. Se uma empresa deseja lançar um novo produto, é necessário analisar o contexto: se há demanda para esse produto, se há concorrentes que oferecem soluções parecidas, quanto as pessoas estão dispostas a pagar, entre outros. É por isso que a famosa análise SWOT é essencial ao planejamento das organizações, pois identifica as suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.

4. Não se informar adequadamente antes de tomar decisões

As decisões mais importantes precisam ser tomadas com base em dados adequadamente interpretados (conforme o contexto que citamos acima), e não apenas com base na intuição (embora ela também possa ser útil). Assim, será que vale a pena investir em criptomoedas apenas porque o seu vizinho também investe, por exemplo? Você tem conhecimentos adequados sobre esse investimento para mergulhar nesse universo?

E quanto às empresas, será que vale a pena investir na comunicação por meio do Instagram, por exemplo, apenas porque as outras organizações estão seguindo esse caminho? Uma pesquisa de mercado pode indicar que o seu público-alvo não utiliza essa rede com frequência. Portanto, procure informar-se antes de fazer as suas escolhas.

5. Começar pelo que é menos importante

Imagine que você vai planejar o seu casamento. Será que a escolha do bem-casado deve ser a primeira decisão a ser tomada? Provavelmente não. Antes disso, você precisa pensar no local da cerimônia, no local da festa, nas suas possibilidades financeiras, na sua lista de convidados etc.

Este é um problema comum, tanto nos planejamentos pessoais quanto empresariais: focar nos detalhes por não ser capaz de definir prioridades. É fundamental que, ao definir as tarefas do seu plano de ação, você estabeleça quais delas são prioritárias. Assim, antes de uma empresa pensar nas cores da embalagem de um produto, por exemplo, é necessário criá-lo, definir as suas funções e modelos, fazer testes etc.

6. Não incluir a equipe operacional na fase de planejamento

Essa dica refere-se especificamente ao planejamento estratégico empresarial. Em algumas organizações, o planejamento fica restrito aos diretores e coordenadores de áreas, o que é um erro. É importante incluir a equipe operacional, ou seja, os funcionários, nessas decisões, uma vez que eles podem ter conhecimentos e noções que os diretores não têm.

Os diferentes níveis hierárquicos organizacionais precisam trabalhar em consonância, além de manter entre si uma comunicação clara. As divisões e burocracias apenas atrasam o andamento das atividades.

7. Não ser claro ao comunicar-se

Por falar em comunicação, ela é primordial, sobretudo nos projetos que envolvem muitas pessoas. Não é à toa que a comunicação interna tem se tornado um departamento à parte nas empresas, organizando todas as informações que circulam, de modo que não haja nenhum mal-entendido.

O mesmo vale para os projetos pessoais. Organizar uma viagem em família, por exemplo, exige que seja realizada uma reunião, de modo que todos possam, democraticamente, escolher destinos, roteiros, datas, e por aí vai. A comunicação clara é a chave do sucesso da fase de planejamento.

8. Não acompanhar a execução das atividades

Por fim, devemos compreender que o planejamento estratégico é um processo em que colocamos no papel o que devemos fazer. Isso não quer dizer, porém, que as coisas param por aí. Muito pelo contrário, os planos devem ser colocados em prática, e não na gaveta.

Por isso, depois de definir tudo o que deve ser feito, é hora de colocar a mão na massa e acompanhar os resultados obtidos. Se as ações colocadas em prática estão aproximando você ou a sua empresa dos seus objetivos, é sinal de que vale a pena continuar pelo caminho escolhido. Já se os resultados obtidos estão abaixo do esperado, é melhor fazer ajustes nesse planejamento, até encontrar uma rota mais profícua.

O planejamento estratégico, portanto, é uma fase primordial ao alcance de todas as nossas metas. Ele organiza as nossas ações, minimiza os riscos que corremos e torna as coisas mais fáceis e com chances reais de sucesso. Portanto, fique atento aos erros acima ao planejar-se e evite-os!

E você, ser de luz, tem cometido alguma das falhas acima? Qual? O que você pode fazer para que isso não se repita? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!