Você já ouviu falar em dependência emocional? Trata-se de um processo em que uma pessoa se sente incompleta e depende do outro, como se não fosse capaz de ser produtiva e feliz por conta própria. Isso ocorre por inseguranças e por uma enorme necessidade de controle.

Assim, quando o indivíduo se vê sozinho em algum momento, sente medo e infelicidade. Não se trata apenas de um “não gostar de ficar só”, mas de uma verdadeira dependência, algo problemático que prejudica o dia a dia da pessoa e daqueles envolvidos nessa dependência. Neste artigo, você vai conferir 8 passos para superar essa questão. Boa leitura!

1. Admita que você tem um problema

Como em tudo na vida, o primeiro passo para resolver um problema é reconhecer que ele existe. Portanto, admita que você se sente excessivamente apegado a algumas pessoas e que isso tem prejudicado tanto a sua vida como a vida delas. Avalie as suas relações e verifique até que ponto elas são positivas e quando começam a ficar negativas.

Em geral, esse problema é consequência de baixa autoestima e de feridas passadas que ainda não cicatrizaram totalmente. Entenda as origens desse apego e dessa insegurança, de modo que você possa cortar esse mal pela raiz.

2. Não tenha medo da incerteza

Nós não podemos controlar o comportamento de ninguém. Por isso, não temos certeza do sucesso e da felicidade de nenhuma relação. Qualquer relacionamento que construímos, tanto de amor quanto de amizade, é incerto. Entenda isso e aceite essa verdade para a sua vida.

A única coisa que nós podemos efetivamente controlar é a nossa própria atitude. Se você deseja manter alguém por perto, portanto, administre a sua conduta para que essa pessoa queira permanecer com você, mas entenda que, diretamente, você não está no controle do comportamento dela. A vida é incerta, e isso não necessariamente é algo ruim.

3. Desenvolva o autoconhecimento e o autocuidado

Conhecer a si mesmo e cuidar de si mesmo: esses são os segredos da resolução dos problemas de autoestima que tanto provocam a dependência emocional. Por isso, conheça a si mesmo, abrace a sua identidade, fortaleça os seus pontos positivos e entenda que os pontos não tão bacanas podem ser trabalhados e desenvolvidos.

Além disso, cuide de si mesmo. Faça aquilo que o deixa feliz, importando-se menos com as opiniões e avaliações alheias. Isso não significa ser egoísta, mas compreender que você deve ser a sua prioridade. Se você não se colocar em primeiro lugar, quem fará isso por você?

4. Aprenda a dizer “não”

Muitas vezes, o ato de não sermos prioridade para nós mesmos nos leva a aceitar propostas que não queríamos aceitar, apenas para agradar aos outros. Como consequência, podemos ficar sobrecarregados com o excesso de compromissos ou simplesmente infelizes por seguir um caminho que não nos agrada.

Dessa forma, aprenda a dizer “não”. Isso faz parte do equilíbrio emocional e não é uma forma de egoísmo. Respeitar e agradar o outro são ações que não podem invadir o seu respeito próprio. Verifique se você não está se sacrificando demais por pessoas que não fariam o mesmo por você.

5. Deixe o passado no passado

Muitas vezes, a dependência emocional se manifesta em um apego excessivo ao passado. Nesse caso, a pessoa se apega às memórias felizes de tempos antigos e lamenta o fato de o presente ser diferente. Isso é problemático porque a pessoa deixa de viver as possibilidades de ser feliz agora.

Portanto, entenda que os tempos mudam. A felicidade do passado não indica a felicidade de agora, assim como os traumas do passado não indicam que você sofrerá novamente no futuro. Cada momento da vida tem as suas características, boas e ruins. Aprenda a extrair o melhor de cada fase. Lembre-se do passado apenas como fonte de lições para construir um presente e um futuro mais felizes!

6. Analise as suas crenças

Muitas vezes, a dependência emocional tem origem em uma série de crenças limitantes, do tipo:

  • “Não sei viver sem essa pessoa”;
  • “Não sei fazer nada sozinho”;
  • “Já fiquei sozinho no passado e sofri demais”;
  • “Ficar sozinho é a pior coisa que poderia me acontecer”.

Essas crenças podem ser carregadas de emoções que nos impedem de enxergar as situações com racionalidade. Portanto, aprenda a questionar as suas ideias. Será mesmo que ficar sozinho é terrível? O que você pode fazer para ser mais independente? Se você sofreu com a solidão no passado, será que isso quer dizer que você obrigatoriamente sofrerá no futuro, caso fique só novamente? Questione-se!

7. Responsabilize-se pelas suas emoções

Os sentimentos de um indivíduo pertencem a ele. Não é positivo, portanto, atribuí-los a outras pessoas. Se você se sente infeliz quando está sozinho, saiba que essa é uma questão sua, e não das pessoas que convivem com você. Você pode desabafar e conversar sobre o assunto com elas, mas entenda que ninguém é tão responsável por você quanto você mesmo.

Entenda que você não é uma vítima da situação, mas um indivíduo com total controle sobre as suas próprias ações. Por mais que você não controle o outro, você tem o poder de escolher as suas relações, podendo definir quais caminhos seguir e quanto tempo permanecer em cada um deles, enquanto sentir-se bem com as suas escolhas.

8. Procure ajuda profissional

Ao ler as linhas acima, talvez você tenha se identificado com o problema e tenha percebido o quanto as nossas dicas fazem sentido. Mas daí a conseguir aplicá-las na sua vida, são outros quinhentos, não é mesmo? Se você se sentir assim, não se preocupe, pois essa dificuldade é natural.

Nesse caso, você pode recorrer ao auxílio de um mentor, de um coach e até mesmo de um psicólogo (especialmente se houver sintomas mais graves) para ajudá-lo a reduzir a sua dependência emocional de outras pessoas. Esses profissionais sabem ouvir o seu desabafo e o ajudam a aplicar diferentes técnicas no seu contexto particular.

A dependência emocional é um problema que reforça a baixa autoestima e o medo de uma pessoa de ficar sozinha ou de não ser correspondida. Coloque as dicas acima em prática para superar essa questão. Você não precisa de alguém que o complete, pois você já é um ser humano completo, inteiro e íntegro, pronto para ser feliz!

E você, querida pessoa, como tem lidado com essas questões de dependência emocional na sua vida? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!