A arquitetura organizacional é um conceito que diz respeito à forma como uma empresa organiza a sua estrutura física, os seus departamentos, os seus colaboradores e as suas funções. Ela facilita o fluxo de trabalho e permite que cada indivíduo compreenda o seu papel no processo produtivo, bem como a sua relação com os demais.

Neste artigo, vamos compreender melhor o significado desse conceito e quais são as diferentes maneiras que as empresas encontram para organizar a sua arquitetura. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

Arquitetura organizacional: o que é?

O conceito de arquitetura organizacional se refere ao meio pelo qual uma empresa organiza os seus departamentos, setores, cargos e funções, mapeando, por meio de organogramas e fluxogramas, os seus processos produtivos e atividades principais. Isso ajuda na gestão e na análise dos negócios, mas, naturalmente, essa arquitetura varia de acordo com o perfil de cada organização.

Dessa forma, a arquitetura organizacional influencia diretamente a forma como as atividades são executadas no dia a dia, os modelos de gestão a serem adotados, as normas internas e até mesmo a maneira como os membros da empresa se relacionam.

Quais são os tipos de arquitetura organizacional existentes?

Há 4 tipos de arquitetura organizacional que têm sido mais utilizados pelas empresas na atualidade. É importante conhecer as características de cada um deles, de modo que você possa identificar o mais adequado à sua empresa.

1. Linear

A arquitetura linear é a forma mais antiga e simples de ser compreendida nas empresas. Ela se baseia na existência de uma hierarquia forte e rígida, que centraliza o poder nas lideranças e, a partir delas, determina todo o fluxo de trabalhos. Esse tipo de arquitetura é o mais comum nas empresas mais antigas, menores ou que ainda estejam no início das suas operações. Nesse sistema, há um controle maior sobre as ações, mas, em contrapartida, o excesso de burocracias pode tornar os processos mais lentos.

2. Funcional

PSC

A arquitetura funcional é feita com base nas funções desempenhadas em cada cargo. Quanto mais especializado for o cargo, maior será a sua posição na hierarquia da empresa. Por isso, as lideranças nem sempre ficam tão claras quanto no sistema linear. Dessa forma, esse tipo de arquitetura pode fazer com que um mesmo colaborador tenha que responder a mais de um supervisor, e os gestores podem não ter tanto controle sobre tudo aquilo que acontece com os seus liderados.

3. Linha-staff

A arquitetura linha-staff reúne os benefícios dos dois tipos anteriores. Assim, ela mantém as bases hierárquicas lineares, com lideranças bem definidas, mas também cria cargos de apoio às equipes, ocupados por consultores especializados. Esses cargos consultivos, em geral, ocupam posições mais altas na hierarquia, prestando assistência principalmente às lideranças e gestores da empresa, justamente porque lidam com temáticas mais específicas e estratégicas.

4. Matricial

Por fim, a arquitetura matricial é aquela que mantém a hierarquia linear, em que cada colaborador faz parte de um departamento e responde a um líder bem definido. No entanto, esse colaborador também pode ser chamado a compor equipes de projetos específicos, com membros de outros departamentos, reportando-se ao gestor do projeto em questão.

Assim, um designer provavelmente faz parte da equipe de marketing e deve se reportar ao diretor desse setor. Contudo, ele também pode vir a participar de um projeto de evento empresarial, com pessoas de outros departamentos (analistas de RH, analistas financeiros, vendedores etc.), e ter que se reportar ao líder daquele projeto específico.

Classificação na perspectiva dos departamentos

Além das estruturas hierárquicas, a arquitetura organizacional também pode ser classificada na perspectiva dos departamentos. Isso ocorre de acordo com os 4 tipos a seguir.

1. Territorial

A arquitetura territorial é particularmente definida nas organizações que contam com uma abrangência geográfica complexa. Dessa forma, se uma empresa tem operações em todo o território nacional, por exemplo, provavelmente contará com diretores regionais, que devem reportar o desempenho da sua respectiva região ao presidente da empresa. É o caso de um diretor da região sul, que gerencia todas as operações da empresa naqueles estados específicos, prestando contas deles à presidência.

2. Por clientes

Outra forma de arquitetar as operações de uma empresa está no tipo de público a ser alcançado. Diversas categorias podem ser desenvolvidas nesse sentido, de modo que cada equipe de trabalho se dedica a um público específico: homens, mulheres, crianças, adultos, idosos, pessoas físicas, pessoas jurídicas, e por aí vai. Nesse caso, a departamentalização depende das próprias características dos clientes, permitindo que cada grupo receba uma atenção especializada, com um melhor direcionamento das estratégias.

3. Por processos

A arquitetura organizacional por processos é particularmente utilizada nas indústrias, onde o processo de produção é o que determina as funções de cada pessoa e as linhas de montagem. Assim, os colaboradores são agrupados de acordo com a etapa produtiva em que atuam (preparação, montagem, finalização, transporte etc.). Isso ajuda a empresa a alocar melhor os recursos em cada etapa (recursos financeiros, humanos, materiais, tecnológicos, e por aí vai).

4. Por projetos

A arquitetura por projetos, por sua vez, monta equipes de profissionais para cada empreitada específica. As construtoras, por exemplo, costumam adotar esse tipo de arquitetura, em que cada empreendimento mobiliza praticamente uma empresa inteira. É um modelo um pouco mais raro, mas que também tem as suas vantagens, dependendo da complexidade dos projetos que a organização desenvolve.

Como escolher um modelo de arquitetura organizacional para a minha empresa?

Como em quase tudo o que se refere à vida empresarial, essa decisão não envolve o que é certo e o que é errado, mas sim o que é mais ou menos adequado à sua realidade. Portanto, é importante seguir as seguintes instruções:

  • Analise o contexto atual em que a empresa está inserida (análise ambiental interna e externa);
  • Identifique tudo aquilo que pode ou que precisa ser modificado;
  • Explique às pessoas envolvidas todos os processos e mudanças que ocorrerão, bem como os motivos pelos quais eles se fazem necessários;
  • Adote essas mudanças gradativamente;
  • Monitore continuamente os impactos das alterações organizacionais adotadas, fazendo ajustes e modificando estratégias sempre que for necessário;
  • De tempos em tempos, verifique se o modelo escolhido está de fato sendo útil, ou se vale a pena investir em uma nova abordagem.

Os modelos de arquitetura organizacional têm o objetivo de organizar as pessoas, os departamentos, os cargos, as funções, os projetos e as atividades do dia a dia. Cada empresa tem uma cultura, um contexto e um universo particular, de modo que cabe aos gestores analisar as operações e verificar qual é a melhor maneira de organizá-las.

E você, querida pessoa, consegue identificar o modelo de arquitetura organizacional do seu ambiente de trabalho? Em sua opinião, ele é mesmo o melhor modelo? Por quê? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!