“Por que fazer hoje, se eu posso deixar para amanhã ou depois?”. Nem precisamos entrar no mindset do procrastinador para saber que é exatamente isso o que ele pensa sobre as suas tarefas. Procrastinar é adiar, ou seja, jogar para o futuro aquilo que poderíamos ou deveríamos fazer hoje — especialmente quando se trata de uma tarefa mais complexa ou mais importante.

Neste artigo, vamos compreender melhor as origens da procrastinação, os fatores que causam esse comportamento e as consequências dele nas diferentes áreas da vida. Se você deseja alcançar resultados verdadeiramente extraordinários, precisa combater essa atitude, e compreendê-la é o primeiro passo para que isso aconteça. Portanto, continue a leitura a seguir e saiba mais sobre o tema!

O que é procrastinação?

Segundo o dicionário, a palavra “procrastinação” vem do latim, do termo procrastinatuspro– (à frente) e crastinus (de amanhã). Na prática, isso representa um adiamento constante e contínuo das ações pessoais e profissionais ou uma completa falta de “TBC” (tirar a bunda da cadeira, como afirma o nosso fundador, José Roberto Marques).

Entretanto, engana-se quem acredita que esse seja apenas mais um exemplo de comportamento negativo proveniente dos tempos atuais. Relatos desse assunto mostram que a procrastinação já era tema de debates e reflexões antes do ano de 1548, quando Edward Hall abordou, pela primeira vez, essa temática no seu livro intitulado: Crônica.

Quais são as origens desse comportamento?

Pesquisas de fundo fisiológico também tentaram desvendar as causas físicas para a postergação. Segundo as descobertas, o ato de adiar estaria relacionado ao desenvolvimento do nosso córtex pré-frontal. Essa, por sua vez, é a parte do nosso cérebro que comanda: o controle de impulsos, a organização, o planejamento, a atenção e a manutenção do nosso estado de atenção focada — evitando, assim, as distrações comuns aos procrastinadores.

Outro estudo, também recente, foi o realizado, na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos. Nesse caso, os pesquisadores foram buscar as respostas para o adiamento crônico no nosso DNA. Com isso, eles concluíram que o ato de adiar seria uma marca genética, fruto da herança dos nossos ancestrais, que, lá atrás, já tinham esse terrível hábito de protelar.

O que faz uma pessoa procrastinar? Quais são as consequências dessa atitude?

De acordo com o psicólogo, Piers Steel, da Universidade de Calgary, no Canadá, existem 3 influenciadores que são decisivos para que uma pessoa seja ou não procrastinadora. São eles:

  • Ausência de entusiasmo/afinidade com as suas demandas;
  • Falta de autoconfiança;
  • Impulsividade.

Ainda segundo Steel, entre todos os elementos citados acima, a impulsividade é a maior responsável pelas distrações, que levam uma pessoa proteladora, a postergar a execução das suas tarefas diárias, sejam elas no trabalho, sejam na sua vida privada ou social.

Em linhas gerais, as pessoas procrastinam as tarefas que consideram mais importantes, sendo que não se sentem adequadamente preparadas para resolvê-las. Adiam também as atividades que consideram mais difíceis ou menos prazerosas. Agem dessa forma porque acreditam que haverá algum momento futuro em que estarão mais bem-dispostas ou preparadas para executar a tarefa em questão.

O problema é que esse momento nunca chega. Não existe um dia ou uma hora “milagrosa” em que estaremos 100% prontos para agir. Por isso, esse comportamento leva a atrasos, e, quando a pessoa se dá conta, tem pouquíssimo tempo para dar conta do recado.

É aí que, na correria, a pessoa comete erros, se estressa e se arrepende de ter adiado por tanto tempo a realização de algo. Então, se culpa, achando que realmente é incapaz, quando, na verdade, ela poderia ter resolvido tudo com mais eficácia e tranquilidade se tivesse começado a agir mais cedo.

Acreditando ser incapaz, fortalece a sua insegurança, o que a leva a cometer atos de procrastinação novamente no futuro. Perceba como se trata de um círculo vicioso bastante terrível!

Como a procrastinação se relaciona com a autossabotagem?

Vejamos alguns exemplos práticos, que podem ilustrar melhor o que estamos dizendo. Quando uma pessoa se sente pouco desafiada na sua carreira ou em âmbito pessoal, é porque, na verdade, ela não encontra as motivações necessárias para agir do jeito e no momento certo.

Se levarmos essa afirmação para o ambiente de trabalho, podemos dizer que o profissional acentua ainda o seu perfil procrastinador quando sente que as suas habilidades estão acima das tarefas a ele demandadas. Quando ocorre o contrário, e as atividades estão acima de suas competências, destaca-se a falta de autoconfiança para executar o trabalho, o que mais uma vez, faz com que o colaborador retarde a sua execução.

Quando falamos em impulsividade, característica considerada por Steel como a condição que mais desfavorece o procrastinador, também estamos abordando a dificuldade da pessoa em pensar antes de agir.

Esses comportamentos sabotadores podem ser explicados tanto pela falta de autoestima da pessoa, o que faz o protelador sempre tentar agradar a todos (em detrimento de suas vontades), como também por sua falta de inteligência emocional, que faz com que o indivíduo diga “sim” a tudo e a todos, assumindo mais responsabilidades do que consegue suportar.

O impulso também é o que faz alguém, inadvertidamente, desviar o seu foco das suas tarefas, trabalhos e compromissos, concentrando-se em assuntos que apenas aliviam, momentaneamente, o peso da culpa pela tarefa ainda não realizada. É por isso, por exemplo, que você acessa as suas redes sociais no meio do expediente!

Uma dica especial

Todas essas ações desencadeiam prejuízos emocionais e profissionais à vida da pessoa, que passa a ser refém da sua procrastinação. Contudo, aqui vai uma dica valiosa: quer livrar-se definitivamente desse problema? Então, faça a formação Professional & Self Coaching – PSC e invista em coaching, no seu autoconhecimento e no seu empoderamento pessoal e profissional! As técnicas aprendidas nessa formação o levarão a deixar a procrastinação para trás, rumo a um futuro de vitórias!

E você, querida pessoa, se considera um procrastinador? Por quê? De que formas você tem tentado superar esse obstáculo? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!