Tirar sarro, zoar ou brincar de forma maldosa são apenas maneiras de dizer a mesma coisa: praticar bullying. Embora nem sempre seu nome tenha sido esse, é fato que o bullying é um tipo de agressão física, psicológica ou verbal que existe há muito tempo. Se você teve a sorte de não ter sido vítima, provavelmente conhece ou ouviu falar de alguém que foi.
O primeiro passo para saber mais sobre esse assunto é buscar por informações de órgãos sérios que podem trazer dados a respeito do cenário brasileiro. Por isso, neste artigo vamos mostrar alguns resultados de pesquisas que são preocupantes, porém merecem relevância, pois eles não podem crescer. Continue lendo para conferir!
Onde a violência gratuita costuma acontecer?
A resposta para a pergunta acima é simples: nas escolas. A escola é um dos lugares onde o bullying é ainda muito presente, mas nem sempre discutido ou até mesmo levado ao conhecimento dos pais ou responsáveis legais. A falta de reação pode trazer consequências sérias.
O constante contato de crianças e adolescentes com a violência pode agravar problemas relacionados à autoestima, inferioridade e amor próprio. Também pode causar medo por conta da falta de segurança física, quando há agressões desse tipo. Além da possibilidade do ato agressivo impactar nos desempenho escolar. No fim das contas, caso não seja tratado por profissionais especializados em psicologia, essas situações traumatizantes podem influenciar negativamente na vida adulta, comprometendo carreira, vida social e pessoal.
Para você ter uma ideia, de acordo com o Diagnóstico Participativo da Violência nas Escolas, 69% dos estudantes brasileiros afirmam terem presenciado alguma situação relacionada à violência na escola. Ainda segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, 1 em cada 10 alunos do Brasil é vítima de bullying.
Os alarmantes dados acima significam que muitos dos jovens alunos do país, já viram algum cenário de violência que não deveria acontecer em lugar nenhum, ainda mais em uma escola. As situações podem ter sido representações de intolerância religiosa ou política, preconceito com gênero, opção sexual ou cor da pele e tantas outras formas de repressão que o ser humano pode demonstrar por meio de palavras ofensivas ou comportamentos agressivos.
Por conta do grave cenário, em 2016, entrou em vigor a Lei nº 13.185, que afirma que o bullying é uma prática que consiste em intimidação sistemática, tanto para quando há violência física quanto psicológica por meio de atos de humilhação ou discriminação.
Como desenvolver técnicas que ajudam a superar o bullying
Quando somos crianças e adolescentes ainda estamos formando nossa personalidade e passando por uma série de mudanças físicas, emocionais e comportamentais. Em resumo, vivemos um turbilhão de informações ao mesmo tempo e nem sempre sabemos lidar com todas elas.
Por isso, quando alguém diz repetidamente palavras que remetem à fraqueza, aparência física ou dificuldades intelectuais, é possível que isso enfraqueça a autoestima. Quando a violência é física, os comportamentos podem afetar seriamente a maneira como lidamos com o toque de outras pessoas, mesmo que confiáveis, ao longo da vida.
Para superar o bullying não há uma receita que funciona para todo mundo. Afinal, é fundamental que cada caso seja tratado de forma diferente, considerando o contexto social. De qualquer forma, é essencial que qualquer criança ou jovem se sinta protegido, amado e respeitado dentro e fora da escola. Apesar de parecer básico, nem todos têm acesso a esse tipo de cuidado. Por isso, é importante que não só a escola, mas também os pais ou responsáveis legais fiquem atentos ao que está acontecendo na vida dos estudantes.
Como não existe fórmula mágica, é importante que, na instituição de ensino, o aluno se sinta confortável para conversar com o professor, coordenador, inspetor e até diretor a respeito de algum problema que esteja acontecendo. Essa abertura pode acontecer por meio de conversas em sala de aula, em que o professor demonstra que ele próprio, assim como a escola, está preparado para ouvir e acolher qualquer caso que traga medo ao dia a dia do aluno. Em casa, é importante que os pais ou responsáveis legais criem esse mesmo tipo de atmosfera receptiva e amigável, Assim, a criança se sente tranquila para se expressar da forma que julgar mais adequada.
Se você está lendo esse texto, ainda está na escola e é vítima de bullying, é fundamental que você não guarde essa informação com você. Falar sobre o bullying com os pais e amigos, buscar acolhimento é muito importante também para entender e sentir que você não está sozinho nesta luta e para superar o problema. Se tiver insustentável em seu colégio, converse com seus pais e experimente mudar de escola e também procure auxílio em grupos de apoio e especialistas em trauma psicológico desta natureza.
Se você já está mais velho e ainda sente as consequências do bullying sofrido enquanto criança ou adolescente, é importante buscar por ajuda psicológica. Por meio das técnicas do profissional, você será capaz de ultrapassar os seus medos, dentro do seu ritmo e de forma construtiva.
Para complementar esse tratamento, o coaching também pode se tornar um aliado, pois ajuda você a abrir a mente para desfazer a imagem negativa que o outro criou de você em você mesmo. Por meio de ferramentas, o método mostra que é preciso ressignificar os acontecimentos e compreender que, na verdade, quem era fraco não era você, mas a pessoa que te atacou. Afinal, pode ser que ela não consiga lidar com frustrações e preconceitos e, por isso, ataca e ofende deliberadamente para se sentir melhor.
O próximo passo
Nem sempre o próximo passo é o mais fácil de cumprir, porém não é impossível. Com força de vontade, ajuda de profissionais e pessoas próximas, você é capaz de se levantar de diversos tipos de situação. Por isso, não deixe que uma situação de bullying ou qualquer tipo de problema em que você a vítima, impeça que você busque por cooperação externa. Lembre-se de que juntos, podemos ser mais fortes.
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Até o próximo artigo!
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