De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, o Brasil é o 5º país mais depressivo do mundo. O problema é bastante comum no país, atingindo 5,8% da população. Na verdade, o fato é que a depressão tem sido cada vez mais diagnosticada em todo o mundo, acendendo um alerta sobre a importância da saúde mental.

Neste artigo, você vai compreender melhor o que é a depressão, quais são os tipos que existem, os sintomas, as causas, os fatores de risco e os tipos de tratamento e prevenção. Continue a leitura, pois a informação acaba com o preconceito e pode salvar a vida de muita gente!

Depressão: definição e tipos

A depressão é uma doença psiquiátrica, sendo categorizada como um transtorno da mente. Ela apresenta como principais sintomas a tristeza profunda, a falta de vontade de fazer qualquer coisa, as oscilações de humor e uma apatia generalizada. Quando não tratada, pode provocar um agravamento no quadro e até mesmo elevar as chances de suicídio.

Devido a esses sintomas, a doença pode ser confundida com alguma frequência com episódios isolados de tristeza ou de ansiedade. A depressão, porém, é algo crônico e nem sempre tem causas definidas. Não se trata apenas de um momento de pessimismo, mas de um quadro complexo, que envolve sintomas físicos e emocionais.

Existem diversos tipos de depressão: o episódio depressivo, a depressão profunda (Transtorno Depressivo Maior), a depressão bipolar, a distimia (depressão crônica, mas menos intensa), a depressão sazonal (associada a determinados períodos do ano e condições climáticas), a depressão pós-parto, a depressão psicótica, e por aí vai. Apenas um médico psiquiatra pode diagnosticar a existência e o tipo de depressão de um indivíduo.

Sintomas

Os sintomas de depressão são categorizados entre os sintomas físicos e os sintomas psicológicos. Não é preciso apresentar todos os sinais da lista abaixo para ser diagnosticado com depressão, mas apenas alguns deles, de acordo com a avaliação médica.

PSC

Sintomas físicos:

  • Alterações gastrintestinais (enjoos, má digestão, azia, flatulências);
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Tensão muscular, sobretudo na nuca e nos ombros;
  • Dores de cabeça;
  • Dores generalizadas pelo corpo;
  • Indisposição geral e sensação de cansaço contínuo;
  • Pressão no peito;
  • Queda de imunidade, tornando o indivíduo mais suscetível a infecções, como gripes e resfriados;
  • Oscilações de apetite;
  • Insônia ou sonolência excessiva.

Sintomas psicológicos

  • Apatia;
  • Desmotivação;
  • Perda de interesse pelas atividades em geral, incluindo as que antes despertavam prazer;
  • Medos e preocupações excessivos;
  • Sensação de culpa ou de fracasso, mesmo sem fundamento;
  • Pessimismo elevado;
  • Insegurança e dificuldade de tomar decisões;
  • Falhas de memória;
  • Oscilações de humor e irritabilidade;
  • Raciocínio lento;
  • Angústia profunda e perda de vontade de viver.

Causas

As causas para a depressão são sempre multifatoriais, ou seja, dificilmente haverá apenas um aspecto que desencadeie a doença. O que se vê é um desequilíbrio químico no cérebro do indivíduo, com uma redução de neurotransmissores, como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, que transmitem impulsos nervosos de uma célula para a outra.

Esse desequilíbrio químico pode ocorrer por uma predisposição genética, mas também por fatores ambientais. Determinados acontecimentos da vida, como mudanças bruscas ou eventos negativos, podem provocar esse desequilíbrio, dando início aos sintomas citados.

As estatísticas apontam que 1 em cada 5 pessoas vão apresentar episódios depressivos em algum momento da vida. Devido ao crescimento alarmante das estatísticas referentes a essa doença, ela já tem sido classificada, ao lado dos transtornos de ansiedade, como um dos males do século.

Fatores de risco

A depressão pode ocorrer com qualquer pessoa e em qualquer idade. Todavia, alguns grupos da população demonstram estatisticamente serem mais suscetíveis à doença. Confira alguns dos maiores fatores de risco associados ao desenvolvimento da depressão.

  • Sexo feminino;
  • Determinadas faixas etárias (adolescência, período pós-parto e menopausa);
  • Situações de abuso: humilhações, bullying, abuso sexual, crescimento em lares violentos etc.;
  • Uso de determinadas medicações;
  • Situações de conflito: crises entre familiares, brigas de casais, dificuldades na criação dos filhos etc.;
  • Crises financeiras;
  • Situações de morte de entes queridos;
  • Histórico familiar da doença (predisposição genética);
  • Problemas de autoestima e isolamento social;
  • Eventos grandiosos da vida: casamentos, divórcios, nascimentos de filhos, demissões, mudanças de emprego, mudanças de moradia, aposentadoria etc. Mesmo eventos teoricamente positivos podem causar mudanças significativas no estilo de vida da pessoa, elevando o risco de depressão;
  • Doenças graves, como câncer, transtornos crônicos, perda de movimentos de determinados membros etc.;
  • Abuso de substâncias, como o álcool, o tabaco, as medicações e as drogas ilícitas.

Tipos de tratamento

Como ocorre na maioria dos transtornos da mente, o tratamento da depressão se dá por duas vias: a psicoterapia e a medicação. A psicoterapia é sempre recomendada, pois a conversa com o psicólogo permite que o indivíduo conheça mais a si mesmo e avalie a qualidade dos seus pensamentos e das suas atitudes. Isso permite que sejam identificados os gatilhos do quadro depressivo, favorecendo a mudança de pensamentos e de comportamentos, a fim de restaurar a saúde mental da pessoa.

Já o tratamento medicamentoso pode não ser necessário nos casos leves, mas é receitado pelos médicos psiquiatras nos casos moderados ou graves. É importante ressaltar que não há problema algum em tomar a medicação psiquiátrica, desde que ela seja receitada por um médico. Infelizmente, o preconceito de que “medicamento psiquiátrico é remédio de louco” leva muita gente a abandonar o tratamento ou a nem mesmo iniciá-lo.

Além desses dois tipos de tratamento, também há uma série de recomendações paralelas de estilo de vida que atuam tanto no auxílio ao tratamento como na prevenção de episódios depressivos:

  • Prática regular de atividades físicas;
  • Alimentação equilibrada;
  • Boas noites de sono;
  • Fim do uso do álcool e de outras drogas;
  • Tratamento adequado de outras condições de saúde que estejam ocorrendo;
  • Convívio com as pessoas que fazem bem à pessoa (como amigos e familiares);
  • Inclusão na rotina do indivíduo de atividades que despertem prazer (hobbies);
  • Técnicas de relaxamento, como a meditação, a respiração consciente e a ioga.

A depressão é uma doença séria, que não pode ser encarada como uma tristeza comum, e muito menos como “frescura”. É importante ficar atento aos sintomas e procurar ajuda médica, tão logo sejam identificados. O lado bom é que é possível tratar e curar essa doença. Para isso, é fundamental divulgar a informação correta e colocar um fim nos preconceitos existentes acerca das condições psiquiátricas.

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