Cuidar de uma empresa nunca é uma missão fácil, afinal de contas, são inúmeras as atividades a serem desenvolvidas e os riscos aos quais os estabelecimentos estão expostos. Para amenizar esses riscos e potencializar as conquistas, alguns empresários colocam em prática a ideia de que “a união faz a força”. É desse raciocínio que surgem as parcerias empresariais, como é o caso da joint venture.

Neste artigo, você vai compreender exatamente o que é uma joint venture, quais são as funções desse modelo de empresa, como funciona, quais tipos existem, quais vantagens e desvantagens proporciona e alguns exemplos. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!

Significado de joint venture

O termo joint venture vem do inglês e, em tradução literal, significa “aventura conjunta”, mas costuma ser traduzido mais comumente como “empreendimento conjunto”. Apesar das origens e dos significados mais complexos, a definição é simples: joint ventures são parcerias realizadas entre duas ou mais empresas, que decidem, em comum acordo, reunir os seus recursos para somar forças em determinados projetos e operações.

O processo pode ocorrer desde uma simples colaboração comercial e/ou tecnológica até o início de uma fusão entre as empresas. No entanto, a joint venture é um modelo caracterizado pela manutenção da identidade e da individualidade das pessoas jurídicas participantes.

A ideia de uma joint venture é agregar valor ao negócio, de modo que todas as empresas que entrarem na parceria se fortaleçam. Diante disso, esse modelo de negócios tem se tornado cada vez mais comum, especialmente nos setores de alimentos, automobilismo e tecnologia.

Funções desse modelo

Mas o que exatamente leva as empresas a criarem parcerias umas com as outras em determinados projetos? Há vários motivos para isso, e o primeiro deles é justamente que as organizações associem-se a empresas de outros locais, de modo que conquistem novos consumidores e entrem em um novo mercado.

É o que ocorre com organizações que desejam levar os seus produtos ao exterior, por exemplo. Elas fornecem os seus artigos a empresas já estabelecidas em outras localidades, aproveitando-se da rede de distribuição já existente no local. Por isso, é fundamental que as empresas que participarão da parceria já definam os objetivos e os seus respectivos papéis, antes de mesmo de iniciar o projeto.

Sendo assim, é essencial que as partes contem com assessoria jurídica na determinação dos investimentos iniciais, das operações diárias, da divisão dos lucros e responsabilidades e de todos os demais parâmetros que estabelecem os direitos e deveres dos envolvidos. Divergências só podem surgir antes da assinatura dos contratos, uma vez que, depois disso, certamente as atividades serão comprometidas.

Funcionamento de uma joint venture

Como você já deve ter percebido, uma joint venture é uma união de duas ou mais empresas em projetos específicos, havendo responsabilidade compartilhada sobre lucros, custos e despesas desse empreendimento.

Contudo, é necessário pontuar que, por mais que se trate de uma parceria, não há uma estrutura legal específica que caracterize as joint ventures. Isso quer dizer que esse modelo pode ser concebido por meio de qualquer estrutura legal. Ele pode ser estruturado com fusões, cisões, consórcios, participações acionárias, entre outros modelos de negócios.

Dessa forma, o investidor, em especial, precisa ficar atento no que diz respeito às joint ventures. Antes de investir nas empresas desse modelo, é importante compreender toda a dinâmica que dá o tom desse tipo de parceria, que tem ficado cada vez mais frequente no mercado.

Tipos de joint venture

Em linhas gerais, podemos resumir as joint ventures subdividindo-as em dois grandes grupos: o tipo contratual e o tipo societário.

O tipo contratual, como o nome sugere, é o modelo estabelecido entre empresas que se unem para um projeto específico, por meio de um contrato, a ser assinado por todas as partes envolvidas. Dessa forma, as empresas não criam uma pessoa jurídica nova, mas apenas trabalham em parceria, enquanto mantêm as suas identidades particulares. Elas compartilham os lucros obtidos.

O tipo societário, por sua vez, é o que surge quando as empresas se unem para formar uma nova pessoa jurídica, compartilhando as responsabilidades em um sistema de sociedade. Nesse caso, a parceria tende a ser mais permanente, já que há uma relação mais próxima entre os envolvidos.

Riscos e benefícios

Como tudo aquilo que diz respeito às vidas das empresas, há sempre vantagens e desvantagens envolvidas. No caso das joint ventures, não é diferente. Entre as vantagens, a mais conhecida, como já citamos, é a capacidade que a empresa adquire de adentrar novos mercados, especialmente mercados estrangeiros.

Alguns países contam com leis tão restritivas à entrada de empresas estrangeiras que praticamente a única maneira de iniciar atividades no local é associando-se a empresas já consolidadas nesse mercado, por meio de uma joint venture.

Isso quer dizer que, seja dentro de um mesmo país ou fora dele, esse modelo de negócios representa a possibilidade de expansão de operações e mercados para muitas organizações. Por isso, é importante que as empresas envolvidas compartilhem entre si alguma similaridade nas áreas de atuação e nos valores que seguem. Isso facilita o aumento dessas empresas na participação de mercado.

Quanto às desvantagens, pode haver problemas na distribuição dos lucros, como ocorre quando uma empresa entra na sociedade com o capital, enquanto a outra entra com o conhecimento. Não há como mensurar exatamente o tamanho da responsabilidade de cada uma no sucesso do projeto. Além disso, corre-se sempre o risco de uma das partes envolvidas não ser honesta e fazer um uso indevido dos recursos da parceria, o que pode causar muitos problemas.

Exemplos

Não faltam exemplos de joint ventures em diferentes áreas empresariais. A PepsiCo fez uma parceria com a cervejaria brasileira Ambev para comercializar as bebidas da empresa americana. Também podemos citar a parceria formada entre a suíça Nestlé e a americana The Coca-Cola Company na produção e comercialização do Nestea — chá pronto.

Saindo do ramo de alimentos e bebidas, podemos citar também a joint venture estabelecida entre a Sony e a Globosat, que trouxe ao Brasil canais como Universal e a rede Telecine.

Como você pode perceber, o termo joint venture pode não ser tão familiar, mas o seu significado é mais comum e frequente do que imaginamos. As empresas compartilham entre si os seus conhecimentos, tecnologias, mercados e forças das suas marcas, de modo que todos os envolvidos nesse tipo de empreendimento saiam ganhando com as parcerias estabelecidas.

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