A psicologia organizacional é um assunto cada vez mais discutido entre psicólogos e profissionais de RH e gestão de pessoas. As empresas investem significativamente em capital humano, de modo que ele deve ser desenvolvido com eficácia e de forma positiva.
Nesse sentido, contar com psicólogos dentro das empresas, sobretudo dentro das áreas de recursos humanos, é uma maneira extremamente eficaz para garantir a qualidade de vida no dia a dia profissional. Neste artigo, você vai compreender o que é a psicologia organizacional e quais são as suas funções, tão importantes para o desenvolvimento humano dentro das empresas. Siga em frente e tenha uma ótima leitura!
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O que é a psicologia organizacional?
Há muito tempo, são estudados os fenômenos psicológicos e comportamentais dentro das empresas, e é notório que eles influenciam diretamente os resultados da organização.
Os profissionais têm perfis, habilidades, competências, dons e talentos distintos, bem como reagem de maneiras diferentes em determinadas situações, o que demanda à gestão de pessoas trabalhar de forma particular para desenvolver cada indivíduo.
A psicologia organizacional é a área do conhecimento que dá todo o respaldo para que as estratégias de desenvolvimento humano se concretizem, além de ser a responsável pelo bem-estar dos colaboradores na criação e manutenção de ambientes propícios a realização das atividades.
Hoje em dia, as pessoas passam boa parte do dia dentro das empresas, muitas vezes convivendo mais com os colegas de trabalho do que com os próprios familiares. Por isso, é essencial que a convivência nesses ambientes seja positiva. O crescimento das preocupações com a qualidade de vida no trabalho tem levado cada vez mais psicólogos às empresas, tornando a psicologia organizacional a segunda maior área da psicologia.
Quais são as principais atribuições da psicologia organizacional?
1. Analisar e criar políticas de cargos e salários
O psicólogo organizacional, como membro da área de recursos humanos, deve analisar a empresa e as suas atividades, compreendendo as necessidades da organização em termos de criação e organização de cargos, dentro de cada departamento. Além disso, cabe a esse profissional entender a dinâmica de cada área, criando políticas de crescimento de carreira, bem como definindo remunerações compatíveis com o mercado e que estimulem a motivação do profissional.
2. Recrutar, selecionar e contratar profissionais com perfis adequados às exigências da empresa
Ao compreender o que se espera do profissional que venha a ocupar cada cargo da empresa, o psicólogo organizacional também é extremamente útil nos processos de recrutamento e seleção. Ele não avalia as competências e experiências técnicas dos candidatos, mas sim o seu perfil comportamental, analisando a compatibilidade dos participantes do processo com a cultura da empresa em geral e com a vaga em questão. Isso evita a rotatividade de colaboradores por contratações incompatíveis.
3. Instituir um programa de qualidade de vida no trabalho
Passar 8 horas por dia em uma empresa é um desafio. Por isso, o psicólogo organizacional precisa criar um programa que leve mais qualidade de vida às pessoas nesse ambiente. Para isso, ele deve fazer pesquisas de satisfação internas, considerando: cargos, salários, máquinas, ferramentas, saúde física, saúde mental, relação com colegas, relação com líderes, integração com outros departamentos, feedbacks, reconhecimento interno etc.
A partir dos resultados obtidos, esse profissional deve desenvolver ações que resolvam os problemas identificados. Salas de descompressão, ginástica laboral, passeios corporativos, eventos de integração, aquisição de novos móveis/máquinas, flexibilidade com horários, benefícios extras (vales, auxílio médico, assistência odontológica, refeição na empresa, auxílio-creche etc.) são algumas das medidas que podem ser intermediadas pelo psicólogo organizacional.
4. Resolver conflitos que envolvam questões comportamentais
Infelizmente, conflitos surgem em qualquer empresa, seja entre colaboradores, seja entre líderes e liderados. Por ter uma compreensão maior sobre a mente humana, o psicólogo organizacional deve reunir-se com os envolvidos nesse conflito, ouvir o que cada um tem a dizer e aconselhá-los acerca da melhor maneira de lidar com a questão. Para isso, ele deve manter a imparcialidade, a ética e a empatia, comunicando-se com muita clareza e equilíbrio emocional.
5. Realizar avaliações de desempenho
Em geral, o mais comum é que as avaliações de desempenho sejam realizadas pelos líderes dos departamentos, que consideram as competências técnicas de cada profissional. No entanto, também é importante contar com o psicólogo organizacional nesse momento para fazer a avaliação das competências comportamentais (soft skills) de cada colaborador.
Entre essas competências, podemos citar: sociabilidade, organização, pontualidade, assiduidade, criatividade, planejamento estratégico, clareza de comunicação, inteligência emocional, relacionamento interpessoal, autoconfiança, empatia, foco, administração do tempo, automotivação e resolução de problemas. O psicólogo pode ajudar os funcionários a desenvolver essas competências, com algumas sugestões.
6. Desenvolver programas de treinamento e desenvolvimento (T&D)
Como resultado das avaliações de desempenho, o psicólogo organizacional, em parceria com os líderes de cada departamento, deve criar programas de treinamento e desenvolvimento de competências para os colaboradores, inclusive para os próprios líderes, visando ao progresso individual e coletivo.
Treinamentos internos, cursos externos, palestras e eventos corporativos podem compor esses programas. A ideia é desenvolver não apenas os saberes técnicos, mas também comportamentais em ambiente corporativo.
7. Auxiliar nos processos de comunicação interna
Por fim, o psicólogo organizacional também tem mais competências e empatia ao comunicar-se com os colaboradores da empresa de forma clara e humanizada. Sendo assim, ele pode ajudar nas relações com os funcionários na comunicação em diferentes momentos: contratações, promoções, desligamentos, cortes coletivos, mudanças de comportamento na empresa, comunicação de resultados (tanto positivos como negativos), reforço das regras internas, entre outros.
O coaching pode ajudar?
O coaching é um ótimo aliado para os profissionais envolvidos com a psicologia organizacional, pois os abastece de conhecimentos, técnicas e ferramentas de desenvolvimento humano, no sentido de aplicar a filosofia do coaching no ambiente de trabalho e trazer cada vez mais melhorias à performance individual e da empresa. Muitos psicólogos também são coaches, o que diversifica os seus conhecimentos e técnicas de gestão de pessoas.
Enquanto algumas empresas ainda acreditam que a psicologia organizacional é algo de pouca relevância, há outras que a consideram nas suas estratégias internas e que já têm obtido resultados muito melhores, tanto em produtividade como em qualidade de vida no trabalho. Assim, invista no aprimoramento constante da psicologia organizacional e alcance resultados extraordinários na sua empresa!
E você, querida pessoa, já teve algum contato com a psicologia organizacional nos ambientes de trabalho pelos quais já passou? O que pensa sobre o assunto? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!