No mundo dos negócios, poucas coisas são tão importantes quanto o conceito de valor. Nesse sentido, é fácil determinar o valor de um prédio, computador, veículo, máquina ou laboratório. Mas como podemos determinar o valor do amor das pessoas por uma marca? Do impacto dessa marca no dia a dia dos indivíduos? Do status que ela pode atribuir aos consumidores?
Esses questionamentos tornam mais complexo o cálculo do valor de um negócio. Na sequência, vamos compreender como podemos responder a essas perguntas, o que a gestão de pessoas tem a ver com tudo isso e quais são os principais conceitos no cálculo do valor de uma empresa — equity, ebitda e valuation.
Contents
O que é equity?
O conceito de equity nos negócios refere-se ao valor patrimonial de uma empresa, ou seja, à totalidade das suas propriedades. O equity de uma empresa pode ser expresso na fórmula: Equity = ativo – passivo. Contudo, ele também precisa levar em consideração o valor agregado da marca, ou seja, o quanto ela representa para os seus clientes em valor percebido.
Por isso, o valor de um negócio considera não apenas o que é tangível, mas também o que é intangível, focando em uma construção de valor mais subjetiva. Para isso, é importante questionar-se: quanto os seus clientes estão dispostos a pagar a mais pela sua marca? Quais sentimentos a sua marca desperta? Por que se deve preferir a sua marca, e não a concorrência? Qual impacto a sua marca causa no mundo? Qual é a força da sua marca para lançar tendências? Ela continuará relevante daqui a 10 anos?
O que a gestão de pessoas tem a ver com isso?
De fato, avaliar o valor de um negócio pode ser muito complexo, mas o que a gestão de pessoas tem a ver com tudo isso? Na verdade, é bem simples: assim como as empresas buscam a percepção de valor no mercado, as pessoas também buscam aumentar o valor da sua presença em cada negócio. Em outras palavras, o valor de uma empresa também depende do valor do seu capital humano, que é composto por:
- Capital cultural: a junção de conhecimento, inteligência emocional e habilidades intelectuais que um profissional possui;
- Capital social: a rede de relacionamentos entre as pessoas que trabalham e vivem em uma sociedade, incluindo as relações pessoais e profissionais (networking);
- Capital intelectual: o valor do conhecimento, das habilidades e das ideias inovadoras e criativas das pessoas dentro de uma organização.
Segundo a professora e estrategista do futuro do trabalho Heather McGowan, em 1975, 83% do valor das empresas vinham de ativos físicos (propriedades, instalações e equipamentos), e apenas 17% vinham de ativos intangíveis, como o capital humano. Em 2018, essa proporção se inverteu: 84% desse valor foram criados pelo capital humano, e apenas 16% foram originados de ativos tangíveis.
Assim, quando falamos de equity pessoal, estamos falando do capital humano e de como o mercado percebe valor nas pessoas que trabalham com você. Isso desperta alguns questionamentos: quanto vale a sua equipe no mercado? Quanto custaria perder a sua equipe? Quanto você gastaria para contratar e formar outro profissional?
Como a organização pode elevar o equity dos profissionais?
Na sequência, você vai conferir alguns meios pelos quais é possível tornar essa percepção de valor atribuída aos profissionais da sua equipe maior.
- Não esconda a sua equipe: coloque os profissionais em evidência, valorizando o seu trabalho, a sua criatividade e a sua capacidade de execução;
- Invista em networking: permita que todos os seus colaboradores tenham a oportunidade de participar de eventos e encontros, e não apenas a alta direção. Assim, evita-se que alguns profissionais fiquem para trás nas relações;
- Desenvolva o intraempreendedorismo: estimule nos seus colaboradores a ideia de que eles também são parcialmente donos do ambiente em que trabalham. Estimule-os a ter e comunicar ideias que possam melhorar o dia a dia da empresa, fazendo com que os profissionais mais valiosos construam negócios dentro do negócio;
- Retenha talentos: permita que as pessoas se conectem verdadeiramente com os propósitos da sua organização. Além disso, lembre-se de que todos buscam prosperidade financeira.
Qual é o valor de uma empresa?
Qual é o valor da sua empresa? Qual é o seu valor como profissional? Isso vai muito além do lucro do seu negócio ou do seu salário individual. A mentalidade de riqueza sistêmica gira em torno da geração de riqueza, incluindo o valor tangível (contabilizável) e intangível (subjetivo).
Pensando no conceito de valor de uma empresa, é importante considerarmos que não estamos falando apenas das entradas e saídas do negócio, mas de 3 diferentes formas de calcular esse valor: equity, ebitda e valuation.
1. Equity
O conceito de equity refere-se ao valor total de uma empresa. Conforme citamos anteriormente, ele é o resultado que encontramos tomando os ativos e subtraindo os passivos do negócio. Contudo, esse conceito também considera o valor intangível dessa organização. É por isso que um carro popular pode ter um valor muito maior para o seu dono do que para o resto da sociedade, devido ao seu valor intangível (subjetivo).
O valor intangível diz respeito à geração de riqueza sistêmica, ou seja, ao valor que a marca/empresa tem, além do seu significado monetário. No conceito de equity, uma empresa estará sempre preparada para o futuro, seja ele a sucessão do seu fundador, seja a venda para outra companhia. Em qualquer cenário, o valor do presente será sempre uma antecipação do futuro.
2. Ebitda
Ebitda é a sigla em inglês para Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization. Em português: “Lucros, antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Trata-se de um indicador muito utilizado para avaliar empresas. Ele mostra o potencial de geração de caixa de um negócio, indicando quanto dinheiro é gerado pelos seus ativos operacionais.
Popularizado na década de 1980, o ebitda teve o objetivo original de determinar se as empresas poderiam pagar dívidas rapidamente, após a sua reestruturação. Atualmente, o indicador pode mostrar as verdadeiras capacidades de desempenho de uma empresa.
3. Valuation
Por fim, chegamos ao conceito de valuation, que é um diagnóstico financeiro muito executado, sobretudo sobre as startups. Trata-se de um mindset que vincula a sua gestão ao seu valor em uma visão holística. Assim, empresas que operam com tecnologia avançada, por exemplo, têm em sua valorização, no mínimo, 50% a mais do que outra empresa sem base de automação e tecnologia.
O valuation, ou o valor de uma empresa, é uma metodologia mais completa do que as anteriores, uma vez que considera outros fatores, como: informações passadas (histórico), pressupostos de mercado (futuro), projeção de lucros operacionais futuros, necessidades de investimentos e capital de giro (prazos com clientes, prazos com fornecedores, análise de estoques etc.) e os riscos aos quais a empresa está exposta (custo de oportunidade).
Concluindo, o que realmente importa é considerar que a alma do negócio é o propósito do fundador, somado ao propósito dos profissionais, impactando positivamente o mundo!
Gostou deste conteúdo? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!