A humildade é um valor importante, especialmente em uma sociedade de origem cristã, como é o caso do Brasil. Desde pequenos, somos ensinados que ser humilde é importante para que tenhamos bons resultados na vida, conquistando a confiança e a amizade das pessoas.

Já quando o assunto é a vida profissional, a questão ganha contornos um pouco mais polêmicos. É sabido que precisamos obter algum destaque para crescer na carreira. Mas como ganhar essa visibilidade sem perder a humildade? Ser humilde é bom ou ruim nessa área da vida? Acompanhe-nos na reflexão a seguir!

O lado bom de ser humilde

A humildade pode ser definida como modéstia, ou seja, como a simplicidade e a consciência das suas próprias limitações. Nesse sentido, uma pessoa humilde é mais consciente de tudo aquilo que ela ainda precisa aprender e desenvolver. Nesse aspecto, ser humilde é ótimo, uma vez que evita aquela terrível ideia de “já sei de tudo”. Isso leva os profissionais a aprenderem mais com os mais experientes, o que pode abrir muitas portas e ampliar os horizontes dos seus conhecimentos.

Além disso, também podemos entender a humildade como a ausência de arrogância e prepotência, ou seja, daquela ideia de “sou melhor do que todo mundo”. Pessoas assim tendem a afastar as pessoas ao seu redor e a criar inimizades, o que pode ocorrer também na vida profissional. Para crescer na carreira, é necessário ter um mínimo de empatia, altruísmo e carisma, de modo que a falta de humildade é um empecilho a todos esses fatores.

A humildade também faz com que as pessoas não se iludam e não tirem os pés do chão, mesmo quando comecem a alcançar bons resultados. Assim, esses indivíduos não perdem a sua essência quando recebem aumentos salariais, quando assumem cargos mais altos ou quando se tornam líderes de equipes.

Existe “humildade excessiva”?

Ser humilde, porém, não pode ser entendido como submissão. A postura humilde não pode impedir as pessoas de expressar as suas ideias no ambiente de trabalho ou de receber os créditos pelas suas conquistas. Isso não significa desrespeitar as autoridades ou se impor demais, mas apenas ser quem é, sem medo e sem se esconder.

A humildade também pode ser confundida com insegurança, sendo que não são sinônimos. Muitas vezes, as pessoas deixam de assumir determinadas funções e desafios que poderiam ser muito benéficos para a carreira por insegurança, “disfarçando-a” de humildade. Isso faz com que os profissionais percam oportunidades e que tenham medo de defender as suas ideias, mesmo quando estejam com a razão.

Um jogo de equilíbrio

Como você pode perceber, a questão da humildade na vida profissional é um delicado jogo de equilíbrio. Precisamos ser humildes para identificar os nossos pontos de desenvolvimento, não ter vergonha de pedir ajuda, reconhecer que há muito a aprender e não nos tornarmos arrogantes nos momentos de conquistas. Além disso, ser humildes evita que as pessoas assumam desafios para os quais ainda não estejam verdadeiramente preparadas.

Contudo, a humildade não pode se tornar submissão, omissão, perda de autoconfiança e incapacidade de reconhecer os seus próprios valores. Deixar que outras pessoas sempre assumam o comando pode prejudicar a nossa evolução na carreira. Ser humilde não pode acabar com a nossa coragem de defender os nossos pontos de vista ou de assumir as missões para as quais estejamos prontos. Correr alguns riscos é necessário, inclusive na carreira.

O poder do coaching

O coaching é uma metodologia de desenvolvimento pessoal e profissional, que ajuda as pessoas a alcançarem os seus objetivos com mais facilidade e velocidade. Para que isso seja possível, essa metodologia emprega diversas ferramentas e testes de autoconhecimento, ou seja, que levam o indivíduo a conhecer melhor as suas próprias características.

Quanto mais uma pessoa for consciente de si mesma, mais ela conseguirá alcançar esse estado de equilíbrio sobre a sua humildade. Assim, ela conseguirá ser autoconfiante o suficiente para crescer na carreira, mas sem pecar pelo excesso e cair na prepotência. Isso ajuda as pessoas a reconhecer os seus erros e limitações, mas também a assumir a responsabilidade quando se sentirem preparadas para ela.

Como saber se eu sou humilde demais no trabalho?

Há algumas dicas para que você possa avaliar o seu grau de humildade na vida profissional. Confira!

  • Observe as suas atitudes no ambiente de trabalho;
  • Reflita e anote por cerca de uma semana as suas atitudes em relação aos seus chefes, colegas, clientes e subordinados;
  • Verifique quantas vezes você se sentiu prepotente nessas situações;
  • Verifique também quantas vezes você se sentiu mal por não ter tido coragem de dizer o que pensava;
  • Pergunte aos seus colegas como eles enxergam o seu comportamento no trabalho em relação ao assunto humildade;
  • Analise os resultados obtidos e verifique a imagem que você apresenta: humilde demais, equilibrado ou arrogante;
  • Faça uma retrospectiva dos principais momentos da carreira, dividindo-os entre “sucessos” e “momentos que poderiam ter sido melhores”;
  • Analise qual das categorias acima teve mais acontecimentos registrados;
  • Questione-se: os seus sucessos/insucessos se devem à sua humildade? Ou à falta dela? Você sente que ela é uma força positiva ou negativa na sua vida?
  • Conclua: a sua humildade está em falta, em equilíbrio ou excesso? Analise as respostas dadas e chegue a uma conclusão sobre si mesmo.

Conclusão

Se a sua humildade estiver em equilíbrio na vida profissional, parabéns! É sinal de que o sucesso na sua carreira é só uma questão de tempo. Todavia, se você sente que a humildade está em falta ou em excesso na sua vida, saiba que alguns ajustes precisam ser feitos, com base nas vantagens e desvantagens citadas acima. Nesse caso, não hesite em procurar um coach de carreira para orientá-lo e ajudá-lo, OK?

E você, querida pessoa, como avalia o seu grau de humildade na vida profissional? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!