personalidade é definida como o conjunto de características psíquicas que constituem uma pessoa, diferenciando-a das demais. Assim, cada pessoa tem uma personalidade própria, e, ainda que algumas tenham traços semelhantes entre si, cada indivíduo é único. O jeito de ser de uma pessoa é resultado de fatores genéticos e ambientais, ou seja, das suas predisposições inatas e dos acontecimentos da sua vida.
Ao longo da história, muitos filósofos, psicólogos, psiquiatras, escritores e cientistas de diferentes áreas do conhecimento tentaram decifrar o mistério das personalidades. Nesse contexto, há diferentes teorias e até mesmo testes que indicam os traços dominantes da personalidade de um indivíduo, com base nas respostas que ele dá a diferentes questões.
Mesmo sem um modelo considerado “o ideal” ou “o mais preciso”, uma das referências existentes atualmente é o MBTI, sobre o qual discorreremos neste artigo. Boa leitura!
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O que é o MBTI?
Myers-Briggs Type Indicator, ou MBTI, é o nome dado ao teste de personalidade criado pelas estadunidenses Katharine C. Briggs e Isabel B. Myers, respectivamente mãe e filha. A teoria tem como base os preciosos estudos do psicólogo e psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, sobre os principais tipos psicológicos do ser humano.
Juntas, as duas desenvolveram o método durante a Segunda Guerra Mundial. Elas tinham como objetivo descrever os tipos de personalidades, comportamentos, preferências e dominâncias individuais das pessoas. Assim, chamado de indicador tipológico, o MBTI causa muitas opiniões controversas e se divide entre aqueles que apoiam o método e os que discutem a sua efetividade.
Conceitos e dicotomias por trás do MBTI
O modelo Myers-Briggs Type Indicator classifica a personalidade do indivíduo com base em quatro dicotomias:
- Extrovertidos (E) x Introvertidos (I);
- Sensoriais (S) x Intuitivos (N);
- Racionalistas (T) x Sentimentais (F);
- Julgadores (J) x Perceptivos (P).
Em cada um desses pares, o teste aponta qual característica é predominante na personalidade daquela pessoa. Contudo, é importante ressaltar que essa metodologia não apresenta resultados absolutos, mas a tendência do indivíduo na maior parte do tempo. Assim, uma pessoa terá um resultado do tipo: 67% extrovertido e 33% introvertido, por exemplo.
Cada par é composto por fatores distintos, opostos e complementares, que explicariam o nosso modo de ser, pensar e agir. Na sequência, vamos compreender melhor cada um deles.
1. Extrovertidos (E) x Introvertidos (I)
A Extroversão diz respeito àquelas pessoas mais sociáveis, que gostam de manter contato com o mundo exterior e que se relacionam com ele por meio de ações. São pessoas que gostam de agir antes de pensar, adoram movimento e detestam a ideia de ficarem “paradas”, esperando que as coisas aconteçam. Recuperam as suas energias quando estão junto de pessoas.
A Introversão é exatamente o contrário. É um atributo representado por indivíduos que são mais voltados para si mesmos e para a reflexão sobre as suas ideias do que para a ação. São menos sociáveis e renovam as suas energias quando passam mais tempo sozinhos.
2. Sensoriais (S) x Intuitivos (N)
Os Sensoriais são indivíduos mais conectados a fatos reais. Eles precisam do toque, de informações, de sentir que algo é palpável e tangível, pois buscam um sentido concreto em cada coisa. Não tomam decisões sem antes analisar os fatos, os detalhes, enfim, todos os dados disponíveis.
Os Intuitivos são exatamente o contrário, pois eles precisam “sentir”, ao invés de “ver” ou “pegar”. Para compreender as coisas, esses indivíduos se valem da sua intuição e não precisam de tantos dados para fazer as suas escolhas. Confiam no seu próprio julgamento. Sabem trabalhar com dados abstratos e teóricos, mesmo que estejam incompletos ou que exijam deduções.
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3. Racionalistas (T) x Sentimentais (F)
Os Racionalistas, como o nome sugere, formam um grupo de pessoas predominantemente guiadas pela razão. Por isso, necessitam sempre de comprovações e informações lógicas para tomar as suas decisões. Além disso, acreditam sempre na sua capacidade de raciocinar, mas preferem fazer isso sozinhos.
Por outro lado, os Sentimentais baseiam as suas decisões nos seus sentimentos. Como se diz popularmente, são aqueles indivíduos que “seguem o coração”. São mais emotivos e menos racionais. Além disso, essas pessoas são muito empáticas e sempre tendem a fazer escolhas pensando no bem de todos os envolvidos, ao contrário do individualismo dos racionalistas.
4. Julgadores (J) x Perceptivos (P)
Os Julgadores são pessoas mais controladoras, que gostam de estar à frente das decisões. Por isso, se sentem mais fortes quando têm o poder de decidir. Naturalmente, são indivíduos dominadores e metódicos, que fazem um bom gerenciamento do seu tempo e que não lidam bem com as mudanças e com a bagunça.
Por fim, os Perceptivos são mais adaptativos às situações e, para vivê-las, não precisam necessariamente estar no controle. Gostam de liberdade para ser quem são, sem imposições. Assim, são mais tranquilos e flexíveis, com boa capacidade de improvisar e de lidar com as mudanças de planos. São espontâneos e gostam de explorar as possibilidades.
Os 16 Tipos Psicológicos
De acordo com o MBTI, criado por Katharine e Isabel, as quatro dicotomias citadas acima culminam em 16 diferentes tipos de personalidade. Por mais que a natureza humana seja muito mais complexa do que apenas quatro dicotomias, esse modelo revela informações importantes sobre um indivíduo. Os 16 tipos de personalidade são:

A análise do resultado do MBTI deve ser muito cautelosa, já que não existe “certo” ou “errado”, nem resultados absolutos. Existem apenas tendências de comportamento, apontadas conforme as respostas que foram dadas no teste.
Como conhecer melhor a minha personalidade?
Por meio do MBTI, são conhecidos o estilo de vida, a comunicação, o trabalho, a forma de agir, os sentimentos, as interações, os pensamentos, as preferências e o modo como a pessoa lida com o meio e resolve problemas. Por isso, a metodologia é utilizada em aconselhamentos de carreira, orientação vocacional, dinâmicas de grupo, formação de novos líderes e até mesmo em aconselhamentos matrimoniais. Entretanto, esse modelo de classificação de personalidades não é o único.
O modelo do teste Disc, por exemplo, se diferencia do Myers-Briggs Type Indicator porque que se baseia apenas em quatro tipos psicológicos para ilustrar o perfil comportamental de cada pessoa. Ainda assim, ambos podem ser utilizados em processos de mentoria, aconselhamento e coaching para diferentes áreas da vida do indivíduo.
Além deles, há diversos outros modelos e testes de personalidade que podem ser realizados. Todavia, vale lembrar que nenhum deles é definitivo, pois a personalidade humana é algo extremamente complexo e dinâmico. Assim, se você deseja conhecer realmente a si mesmo, o ideal é mergulhar em um processo mais completo de desenvolvimento pessoal, como a terapia e o coaching!
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FAQ – Perguntas frequentes sobre MBTI
1. O que o MBTI realmente identifica na personalidade de uma pessoa?
O MBTI avalia as preferências cognitivas e comportamentais, com base em 4 dicotomias: Extroversão (E) vs. Introversão (I); Sensação (S) vs. Intuição (N); Pensamento/Racionalidade (T) vs. Sentimento/Emoção (F); Julgamento/Organização (J) vs. Percepção (P). Essas preferências não definem rigidamente quem você é, mas indicam tendências que ajudam a compreender os seus modos de agir, decidir e relacionar-se com o mundo.
2. O MBTI é confiável e pode ser usado como base para escolhas de vida ou carreira?
O MBTI é um instrumento de autoconhecimento e de autopercepção, sendo útil como ferramenta de reflexão e como ponto de partida para compreender padrões pessoais. No entanto, ele apresenta limitações: a confiabilidade teste-reteste pode variar, e a sua validade preditiva para o desempenho profissional ou para a compatibilidade interpessoal não é garantida. Portanto, recomenda-se usá-lo com bom senso e não como única base decisória.
3. Os resultados do MBTI mudam com o tempo?
Sim, isso é possível. Por mais que o MBTI aponte as tendências predominantes no momento da aplicação, a personalidade humana não é algo fixo e imutável. Assim, fatores como maturidade, experiências de vida e autoconhecimento podem modificar os comportamentos e preferências das pessoas, resultando em perfis diferentes em uma nova aplicação. Por isso, o MBTI deve ser encarado como um retrato de momento, e não como uma avaliação definitiva da pessoa por toda a vida.
4. Como aproveitar os resultados do MBTI de forma construtiva?
Usando o MBTI como ponto de reflexão. Ele aponta tendências que podem ser trabalhadas: forças pessoais a potencializar, desafios a observar, estilos de comunicação e de decisão a compreender. Com consciência desses padrões, a pessoa pode buscar desenvolvimento pessoal, ajustar os seus comportamentos e escolher ambientes de trabalho e relacionamentos mais alinhados ao seu perfil. É um bom ponto de partida, a ser enriquecido com outras iniciativas, como o coaching.

