Você já percebeu que todo ano começamos fazendo novas resoluções, decidindo que “este será o ano” para conseguir tudo que desejamos? Eu acredito verdadeiramente que as intenções são as melhores, que as pessoas realmente estão motivadas para realizar todos os planos de ano novo. Mas, infelizmente, vejo muitas pessoas desistindo nos primeiros desafios e passando o resto do ano frustradas, envergonhadas por não terem conseguido mais uma vez.

Como estudioso da mente humana, acredito no desenvolvimento humano como uma verdadeira missão de vida: ajudar as pessoas a chegarem em novo nível evolutivo. Por isso, coloquei como a minha primeira meta para este ano ajudar as pessoas a abrirem as portas que darão acesso a uma vida nova.

Surgiu, então, o “Movimento Sete Chaves”. Chamo de movimento por ser um processo dinâmico e coletivo, embora atinja cada um de maneira especial. E uso as chaves – e por equiparação as portas – como metáfora do portal que atravessamos para chegar em um novo lugar, e da chave como o instrumento capaz de nos fazer acessar esse portal. Não que essa metáfora represente uma fórmula mágica, de jeito nenhum, mas representa uma passagem de um estado a outro, de um lugar a outro.

Esse processo de transformação nasceu do desejo mais sincero e genuíno de entregar um conjunto de soluções poderosas capazes de transformar a vida em todos os sentidos. Mas por que sete?

Sempre acreditei que o número sete tem uma força e uma energia que transcende qualquer compreensão. O número sete está no centro de diversas teorias filosóficas e teológicas, além de contos, histórias e fábulas. Na teoria criacionista, o mundo foi feito em sete dias. A semana tem sete dias; o ciclo lunar, no qual se baseia o nosso calendário gregoriano, também tem 7 dias. Segundo a teoria dos setênios, um ciclo de vida humana e evolução espiritual dura exatamente 7 anos. A proposta do Movimento Sete Chaves é de transformação, uma abertura de sete portas para a evolução física, espiritual, emocional, relacional, profissional.

E a chave… parece um objeto tão corriqueiro. Quem não carrega a chave de alguma coisa consigo? Mas assim como o número sete, a chave também traz uma simbologia que antecede a utilidade material que damos ao objeto de metal moldado para caber nas alas de uma fechadura. Feita essencialmente para abrir, quer se trate de uma porta, um baú de tesouros ou, o coração de outra pessoa (no sentido metafórico), as chaves nos levam a mundos desconhecidos. Simbolizam liberdade, proteção daquilo que é precioso, segredos.

As parteiras judias costumavam dar uma chave a uma mulher em trabalho de parto para garantir o nascimento seguro do bebê. Na Europa Oriental, as chaves eram penduradas de cabeça para baixo sobre as camas para evitar pesadelos. Várias culturas enterravam seus entes queridos com chaves para desbloquear a vida após a morte. Os antigos gregos viam as chaves como símbolos de conhecimento.

PSC

Nesse mundo enorme, cheio de pessoas, possibilidades e caminhos, passamos por tantas portas para chegar até onde estamos e ainda há tantas outras para serem atravessadas.

A transformação pessoal é um processo e como todo processo, é feito de etapas. Primeiro é necessário tomar a decisão de não sofrer, ainda que o sofrimento faça parte da vida. Depois é necessário identificar as portas fechadas para então buscar as chaves certas para cada uma delas. E por último, é preciso se comprometer verdadeiramente com a própria evolução. Cada uma das sete chaves passa por todas estas etapas.

A primeira chave, ter uma vida mais saudável, começa quando entendemos que saúde é sinônimo de energia, e energia é corpo, mas também é alma. Quanta energia você acredita que tem para desenvolver os seus projetos e alcançar seus objetivos? Acredito em saúde de uma forma muito mais ampla. Saúde não é apenas ausência de doença, aliás, a ausência de doença é consequência natural de uma vida saudável, de um estado de bem-estar, de fluidez, de equilíbrio. O compromisso ao girar a primeira chave e abrir a porta da vida saudável é com a qualidade de vida, com um mindset saudável programado para reduzir hábitos ruins e aumentar os hábitos saudáveis.

A segunda chave diz respeito a se relacionar melhor com as pessoas. Essa chave está diretamente ligada à minha missão de vida, a missão de tocar a alma das pessoas. Porque não adianta buscar uma vida extraordinária sem estar verdadeiramente conectado às pessoas. Empresas são pessoas, famílias são pessoas, escolas são pessoas, igrejas são pessoas… sem construir relacionamentos, tudo na nossa vida está fadado ao fracasso, porque ninguém vive nesse mundo sozinho – mesmo que queira.

A terceira chave está em encontrar satisfação e felicidade no âmbito profissional é o desejo de quase todo mundo: empreender e ter uma carreira de sucesso. Não se trata apenas de ganhar dinheiro, ser reconhecido por fazer um bom trabalho. É sobre viver profissionalmente uma vida que tenha significado profundo e que nos dê desejo de permanência, nos faça sonhar e agir todos os dias. Muitas vezes empreender é um caminho para encontrar esse significado, mas empreender não significa abrir um negócio, significa criar uma postura de ação, inovação e proposição contínua. Para girar esta chave, é preciso assumir o compromisso de não se acomodar, não ficar parado no mesmo lugar, de cultivar a mente de aprendiz e nunca parar de aprender.

A quarta chave tem a ver com liberdade. Liberdade para escolher o que queremos fazer da vida; liberdade para viajar; liberdade para passar mais tempo com quem amamos; liberdade para decidir. Tudo isso é possível com liberdade financeira. Mais uma vez, não é sobre acumular dinheiro, mas sobre fazer com que a forma de usarmos o dinheiro reflita a pessoa que somos, nossos valores e crenças. É sobre acreditar que merecemos alcançar a prosperidade e abundância sem precisar sacrificar nosso tempo, nossos sonhos, nossa saúde.

A sexta chave, é se tornar referência e inspiração na vida de outras pessoas. Onde quer que estejamos, seja qual for a posição que ocupamos, sempre temos oportunidade de ser influenciadores, tudo depende da forma como contamos a nossa história. Alguém já disse que não importa o que a vida faz com a gente, importa o que fazemos daquilo que a vida fez com a gente. Podemos escolher ser vítimas e ter pena de nós mesmos ou podemos ver os obstáculos e desafios como oportunidades e transbordar entusiasmo e motivação na vida das pessoas que nos acompanham. Eu tenho minhas inspirações e um dia sonhei em ser inspiração para as pessoas. Isso me levou a seguir o caminho do bem, sempre preocupado em passar uma mensagem que pudesse gerar vida e não morte, cura e não dor, entusiasmo e não desistência, alegria e não frustração.

E não chegamos até aqui para desistir agora, não é mesmo? É preciso continuar caminhando em direção aos nossos objetivos e com essa atitude incentivar as pessoas ao redor a fazer o mesmo. Afinal de contas, se Gandhi, o grande líder indiano tivesse apenas sonhando com a paz sem tomar qualquer atitude, não seria fonte de inspiração para tantos outros líderes no mundo.

Essa é a sétima e última chave, deixar sua marca no mundo. Uma marca é um legado, mas um legado não se faz apenas por meio de grandes feitos, riqueza, heroísmo e fama. De onde quer que estejamos, em uma posição de liderança ou não, confortável ou não, com poucas ou muitas pessoas, sempre poderemos ser lembrados por quem testemunhar a nossa jornada.

Antes de abrir as portas, todos estamos presos. Presos a uma perspectiva limitante, restrita. E nem sempre é possível sair desta prisão sem ajuda. Há um ditado que diz que “um prisioneiro não pode se libertar de sua prisão”, sendo necessário que outra pessoa destranque a porta ou lhe dê as chaves. Esta é a proposta do movimento sete chaves para uma nova vida.

Quais dessas sete portas você precisa abrir? Em quais dessas sete portas você tem batido, e ninguém tem atendido? Quais dessas portas terão o poder de transformar sua vida em uma vida melhor?

Eu quero te apresentar essas chaves e te ajudar a abrir cada porta aparentemente fechada.