Você já se perguntou por que ficamos tristes? Qual é o objetivo desse sentimento? Será que ele é útil de alguma maneira? Até que ponto devemos ouvir a nossa mente quando ela estiver entristecida?
As respostas para essas perguntas são bastante complexas, afinal de contas, estamos lidando com a mente humana e com a subjetividade, que estão longe de ser ciências exatas ou tópicos simples. No entanto, é possível lidar melhor com esse sentimento e aprender a não ouvi-lo mais do que o necessário. Quer saber como fazer isso? Então, continue a leitura a seguir!
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Por que a tristeza existe?
A tristeza é um sentimento negativo, que envolve melancolia, desânimo, inação, arrependimento e uma sensação de que não podemos fazer nada para reverter o quadro. Ela pode aparecer em diversos contextos: uma nota baixa na escola, uma discussão com o namorado, a perda de um emprego, uma doença, uma humilhação sofrida, o falecimento de um amigo ou familiar, e por aí vai.
Como toda e qualquer emoção, a tristeza também tem um objetivo. Esse objetivo é comunicar a pessoa de que o contexto que ela está vivendo é negativo, pois algo foi perdido, um resultado esperado não se concretizou, ou uma situação está provocando mal-estar.
A tristeza canaliza a nossa atenção para essas dificuldades. Ela nos torna mais humildes, da mesma maneira que nos leva a procurar e encontrar meios de superar essas dificuldades. Infelizmente, nem tudo está sob o nosso controle. Há casos em que de fato só o que podemos fazer é esperar o tempo passar.
A mensagem da tristeza é fazer com que as pessoas se protejam no sentido de evitar que as situações que a desencadearam se repitam e também que sejam mais realistas na hora de criar expectativas, sem “tirar os pés do chão”.
Contudo, ela também demanda de nós muita maturidade para aceitá-la, já que ninguém é feliz em 100% do tempo. Assim, a tristeza é uma emoção normal, que nos deixa mais introspectivos e analíticos, descansando, recuperando as nossas forças, desabafando e refletindo para fazer melhor no dia seguinte. Por isso, não evite o sentimento, nem o reprima. Sinta, chore, mas procure aprender com ele!
A partir de um ponto, a tristeza se torna má conselheira!
Abraçar a tristeza significa admitir que ela faz parte da experiência humana e que é normal senti-la de vez em quando. Apenas não podemos dar ouvidos a ela o tempo inteiro. A tristeza é uma má conselheira. Você já parou para pensar no quanto ela tenta sabotá-lo nos seus momentos de maior vulnerabilidade? Pois é, quando estamos menos felizes, ela aparece trazendo ideias ruins, medos e sentimentos destrutivos, que nos fazem desacreditar em nós mesmos e perder o nosso otimismo.
Diferentemente da depressão, que é uma doença marcada por uma sensação constante e, às vezes, sem explicação de consternação profunda, a tristeza é mais pontual, pois acontece quando alguma coisa não sai como desejamos, quando somos surpreendidos por notícias ruins ou quando estamos descontentes com algo em nós ou nas pessoas próximas.
Entretanto, diferentemente de estar deprimido, quando estamos apenas tristes, é bem mais fácil reverter essa situação, pois estamos mais abertos a mudar o nosso estado mental. Este, por sua vez, pode ser revertido por meio de ações e emoções positivas em relação ao acontecimento que nos causou, em determinado momento, aquela sensação negativa, desde que seja ressignificado.
Assim, a tristeza, o medo e a ansiedade podem nos ajudar a aprender, a extrair lições, a ser precavidos e a administrar os riscos que corremos. Contudo, se essas emoções aparecem em intensidade excessiva ou desproporcional aos fatos, elas perdem a sua função. Tornam-se entraves que bloqueiam a ação do indivíduo, em vez de estimulá-lo. Aí, sim, podem surgir os transtornos da mente, como a depressão, que exigem tratamento médico e acompanhamento psicológico.
Não dê ouvidos à tristeza!
No dia a dia, acontecem muitas coisas que nos deixam tristes, porém, saiba que isso não pode ser maior do que sua vontade de ser feliz, de ficar bem consigo mesmo e com as pessoas à sua volta. Para isso, é essencial entender que algumas coisas estão fora do nosso controle. Portanto, não podemos mudá-las depois que acontecem. Todavia, lembre-se de que você tem o poder de escolher como vai reagir a tudo isso e de ir além. Entre desabar e aprender para fazer melhor, a escolha é sua!
Na prática, as coisas só nos atingem quando permitimos. O caminho para evitar isso é fazer uma blindagem emocional que lhe permita perceber quando as coisas apenas sabotam você e só servem para desanimá-lo e quando, mesmo uma tristeza pontual, pode agregar algum aprendizado e fortalecimento para a sua vida.
De modo geral, a tristeza vai tentar sabotar você em todos os momentos, vai fazê-lo sentir medo em momentos decisivos, vai barrar o seu crescimento profissional quando você precisar mostrar o seu potencial e vai fazer você recuar quando precisar se posicionar pessoalmente.
No entanto, lembre-se de que as coisas quase sempre são mais feias na sua mente do que na realidade. O seu cérebro projeta pensamentos catastróficos em uma tentativa desesperada de proteger você, mas, na verdade, nada é assim tão terrível.
Quantas vezes cenários terríveis passaram pela sua mente? E quantas vezes eles de fato aconteceram? Quando estamos tristes, nos sentimos inseguros para fazer o que precisamos fazer e perdemos a confiança nas nossas competências, habilidades e sonhos. Nessas horas, lembre-se de que se trata apenas de uma emoção temporária, e não de uma verdade definitiva.
Alimente os pensamentos e os sentimentos positivos
Quando essa voz triste e negativa grita na nossa mente coisas ruins, para que não se transforme em uma depressão ou em outro quadro mais grave, é preciso que ela seja veementemente combatida todos os dias. Não se trata de reprimir, mas de trazer a racionalidade para o processo, de modo que esse sentimento negativo não permaneça conosco por mais tempo do que o necessário.
Em outras palavras, você precisa ser mais forte psicologicamente, ter ações firmes e alimentar ideias e sentimentos positivos, que o façam combater os seus momentos de dificuldade com inteligência emocional, prudência, gratidão pelas coisas boas e até mesmo bom humor. Afinal, se não for bom para você, o melhor mesmo é mandar essas emoções negativas para longe de uma vez, em vez de ficar remoendo tristezas que apenas tentam derrubar a sua força interior e boicotar a sua felicidade.
Portanto, quando a tristeza quiser aparecer e enfraquecer com pensamentos negativos, faça um contra-ataque: pense em coisas positivas, lembre-se de todas as suas vitórias, busque soluções para os seus problemas, leia mensagens de otimismo, use a sua inteligência para encontrar boas soluções e identifique bons motivos para seguir em frente. Se necessário, procure ajuda profissional!
E você, ser de luz, como tem lidado com a tristeza? Você extrai aprendizados dela e depois a manda embora? Ou tem convivido com ela por mais tempo do que o desejado? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!