Quando se é um bom gestor de conflitos, sempre é possível aprender algo de positivo com essas situações aparentemente negativas. Crises são sempre oportunidades de reflexão e aprendizado, desde que sejam tratadas com seriedade, pois o “deixa pra lá” nunca foi uma boa estratégia de gestão.
Nas situações de conflitos interpessoais, é interessante colocar-se à disposição para ouvir os envolvidos. Ouvir nos dá não só uma dimensão do problema, como também pode gerar insights sobre ações a serem trabalhadas com os nossos liderados e também com os nossos gestores e colegas de trabalho.
Neste artigo, vamos compreender o lado positivo dos conflitos e a importância de geri-los com sabedoria e inteligência emocional. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
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O lado positivo dos conflitos
Os conflitos têm o seu lado positivo. Em uma sociedade, ao questionar um direito ainda não recebido, por exemplo, o conflito entre a população e o governo pode resultar no ganho desse direito e de outros. O mesmo acontece no contexto de uma empresa ou família.
Por isso, é importante perceber que não é necessariamente uma situação de perde-ganha, mas uma situação de ajuste, em que todos têm razão a partir da sua ótica e, logo, todos os lados devem ser ponderados. Por isso, seja inteligente, e não passional, e atue de forma profunda e eficaz durante os conflitos.
Negá-los ou minimizá-los não ajuda a resolvê-los. Seja de que ordem for ou quais sejam as pessoas envolvidas, a melhor atitude é sempre ter alguém preparado para investigar a situação, identificar as causas e razões destes embates e se debruçar sobre eles até encontrar o melhor caminho.
O lado bom dos conflitos é que eles permitem que as pessoas desenvolvam argumentos inteligentes para defender pontos de vista conflitantes. É esse tipo de discussão que gera um aprofundamento nos assuntos, evitando os pensamentos superficiais das unanimidades que não questionam nada. Além disso, ele exercita a paciência, a capacidade argumentativa e o respeito às opiniões diferentes, sem ofender ninguém.
A importância de gerir os conflitos nas empresas
Na verdade, todo gestor/líder deve desenvolver a habilidade de lidar com crises e conflitos. É importante considerar que todos os casos merecem atenção e são oportunidades de melhoria; tanto para as pessoas, no melhoramento da sua inteligência emocional; quanto das empresas, na observação das suas políticas de gestão de pessoas e formação de lideranças.
O Quociente Emocional (QE) é algo importante nesse contexto. Equilibrar-se também é uma forma de autoconhecimento e de cura. A nossa evolução está, a cada dia, mais ligada à forma como lidamos com as nossas relações humanas. Se há algo de que não podemos “escapar” é de nos relacionarmos uns com os outros.
Portanto, mesmo que esses relacionamentos tenham as suas diferenças e atritos, que sempre também haja espaço para o entendimento e a resolução eficaz de todo e qualquer tipo de conflito entre as pessoas.
4 dicas para fazer uma boa gestão de conflitos
Confira, a seguir, 4 orientações para conhecer e vivenciar o lado positivo dos conflitos!
1. Mantenha o respeito sempre
Não importa o tamanho da sua vontade de vencer aquele conflito, nada justifica qualquer tipo de agressão física ou verbal. Nem mesmo a pessoa com os argumentos mais sólidos deixa de perder razão se levar o embate para um campo desprovido de respeito e de educação.
Especialmente nos ambientes corporativos, as ideias contrárias devem ser expostas de forma cautelosa e respeitosa, focando no que há de racional no assunto. Por isso, evite levar a discussão para emoções intensas, vocabulários inapropriados, tons de voz desnecessários, e por aí vai.
2. Argumente de forma clara
Em uma discussão, cada um dos lados deve ter o seu tempo de argumentar, ou seja, o seu momento de apresentar justificativas para a opinião que ali estiver sendo defendida. Na sua vez, organize o seu raciocínio e apresente-o com começo, meio e fim.
Seja o mais claro e didático possível, de modo que as pessoas possam compreender por completo as suas ideias antes de apresentar possíveis contestações. Esclareça as dúvidas de todos e explique por que você acredita que aquela visão é a mais precisa ou benéfica.
3. Ouça na essência
Assim como você tem o seu momento de falar, os outros também têm esse mesmo direito. Por isso, permita que as pessoas falem, sem interrompê-las. Nesse momento, desenvolva a chamada “escuta ativa” ou “escuta na essência” — aquela em que ouvimos o outro com 100% de atenção, não apenas para dar uma resposta, mas, principalmente, para compreender completamente o ponto de vista dele.
Se necessário, faça perguntas para entender com clareza o que o outro diz. Somente assim, você será capaz de questionar, refutar ou ser convencido pelas ideias do outro. Evite interrompê-lo, pois isso precipitará a discussão e poderá evitar o entendimento.
4. Dê um destino pacífico à questão
Um conflito entre lados opostos pode ser resolvido de diferentes formas: A convence B, B convence A, os dois chegam a um meio-termo nas suas vontades ou os dois recorrem a uma terceira pessoa para avaliar quem está com a razão. O importante é que, independentemente do destino dado ao conflito, sempre haja respeito.
Nem sempre uma pessoa poderá ter as suas vontades feitas. É preciso ceder em algo, ou mesmo admitir que a ideia do outro é melhor. Isso não é fraqueza alguma. Ao contrário, é aprendendo com os outros que nós também progredimos nas diferentes áreas da vida. Se houver um impasse entre dois colegas de trabalho, por exemplo, a solução pode ser solicitar a opinião dos demais membros da equipe ou a decisão do líder.
Pense nessas questões e, em todos os ambientes — no trabalho, na sociedade ou mesmo no seu ambiente familiar —, procure sempre tirar algo de positivo de qualquer conflito e aprender com as questões e opiniões levantadas. Aprenda a lidar com as discussões e cresça com os conflitos!
E você, querida pessoa, como lida com os conflitos do dia a dia? Você extrai aprendizados deles ou sempre quer ter razão? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!