Toda pessoa tem uma determinada quantidade de energia para o seu corpo e para a sua mente. De tempos em tempos, precisamos pausar o nosso período produtivo e recuperar essas energias. Aliás, é para isso que existem a noite, as pausas, os fins de semana e as férias.

Quando um indivíduo não respeita os limites do seu corpo e da sua mente, prolongando o seu período produtivo por mais tempo do que o seu organismo é capaz de aguentar, ele adoece, encontrando o esgotamento físico e mental. Neste artigo, vamos compreender melhor o que é esse problema, quais são as suas causas, quais são os sinais físicos e emocionais envolvidos e como podemos combater esse quadro. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais sobre o tema!

Esgotamento físico e mental: o que é?

O esgotamento é o fim da energia de um indivíduo, o que pode ocorrer em termos físicos ou mentais — ou ambos simultaneamente, em alguns casos.

Talvez você já tenha visto, por exemplo, alguns corredores que desmaiam ao terminar uma maratona: é o corpo dando sinais de que alcançou o estado máximo de funcionamento e precisa de descanso. O mesmo vale para a mente: nunca houve tantos casos de depressão, ansiedade, estresse e pânico como agora: sinais de que o esgotamento também alcança a mente.

Na verdade, o cansaço físico pode levar ao emocional, e vice-versa. Uma pessoa que trabalha demais começa a dormir pouco e percebe que o seu humor está oscilando ao longo do dia, gerando irritabilidade. Da mesma forma, o estresse e a ansiedade, problemas emocionais, podem causar diversos problemas físicos: insônia, tensão muscular, problemas cardiovasculares, gastrite, e por aí vai. Portanto, o esgotamento comumente afeta os dois sistemas, demandando um descanso imediato.

Quais são as causas do problema?

No âmbito físico, podemos pensar em algumas causas para o esgotamento: dormir pouco, assumir mais tarefas do que a pessoa dá conta, trabalhar em excesso, fazer muitas horas extras, não tirar folgas, estudar demais, exagerar na prática de atividade física, e por aí vai.

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Já quando pensamos no cansaço mental, também pode haver muitos fatores envolvidos: relacionamentos abusivos, infelicidade no trabalho, desmotivação para o estudo, crises financeiras, preocupações familiares, cuidados de pessoas doentes, entre outras questões.

Em um caso ou em outro, o que se vê é que estamos usando o corpo e a mente em uma intensidade maior do que eles dão conta. Especialmente nos tempos atuais, há sempre uma infinidade de coisas a realizar e de informações a consumir, como nunca antes houve. O organismo humano, cuja evolução ocorre gradativamente há milhões de anos, não dá conta das drásticas mudanças vivenciadas nas últimas décadas. Isso cobra um preço: o esgotamento para quem superestima as suas capacidades físicas e mentais.

Quais são os sintomas do esgotamento físico?

Há diversos sinais que o corpo manifesta de que é preciso tirar o pé do acelerador. Exercitar-se demais ou ser sedentário, alimentar-se mal, hidratar-se pouco, dormir por horas insuficientes e trabalhar ou estudar demais acabam produzindo alguns efeitos negativos, como:

  • Dores musculares espalhadas por todo o corpo;
  • Dores de cabeça frequentes;
  • Desmotivação e desânimo;
  • Apatia;
  • Infecções constantes, como gripes e resfriados, devido ao enfraquecimento imunológico provocado pelo estresse;
  • Problemas cardiovasculares (palpitação, hipertensão e até mesmo infartos ou AVCs);
  • Distúrbios gastrintestinais (diarreia, prisão de ventre, gastrite, úlceras etc.);
  • Perda de libido;
  • Lesões musculares;
  • Cansaço contínuo;
  • Sono não reparador.

Em longo prazo, a exposição contínua aos agentes causadores desses sinais gera o seu agravamento, o que transforma pequenos cansaços de rotina em graves quadros de esgotamento físico.

Quais são os sintomas do esgotamento mental?

No caso do esgotamento mental, os sinais não ficam tão claros como no esgotamento físico, pois as manifestações ocorrem nas capacidades mentais e na intensidade das emoções, o que pode não ser tão fácil de perceber. Nesse caso, precisamos ficar atentos aos problemas, frustrações e obrigações do dia a dia que podem gerar sinais mentais, como:

  • Basicamente os mesmos sintomas do esgotamento físico;
  • Ansiedade;
  • Pensamentos repetitivos, sobretudo os relacionados às preocupações do dia a dia;
  • Tristeza;
  • Desânimo para a realização das atividades diárias;
  • Falta de interesse em sair e socializar;
  • Perda de motivação até para as atividades que antes despertavam prazer;
  • Medo de assumir compromissos;
  • Sensação frequente de insegurança;
  • Oscilações contínuas de humor, incluindo irritabilidade e choro fácil;
  • Presença frequente de emoções intensas, muitas vezes desproporcionais aos fatos;
  • Dificuldade de concentração;
  • Falhas de memória;
  • Angústia e pessimismo, que podem ocorrer em relação ao passado, ao presente e/ou ao futuro.

Como podemos combater esse quadro?

O esgotamento físico e mental é um quadro grave e doloroso, que, infelizmente, está ocorrendo com cada vez mais frequência na sociedade contemporânea, em diversos lugares do mundo. Em nome da saúde e da qualidade de vida, precisamos adotar comportamentos que nos ajudem a combater esse quadro. Nesse sentido, confira algumas orientações:

  • Pratique atividades físicas com frequência, mas respeitando os limites do seu corpo;
  • Tenha uma alimentação balanceada, equilibrando os diferentes grupos de nutrientes;
  • Hidrate-se adequadamente;
  • Durma uma quantidade suficiente de horas por noite;
  • Não assuma mais compromissos do que possa dar conta;
  • Entenda que os descansos e as folgas não são “luxos” sobre os quais você deve se sentir culpado, mas necessidades básicas da saúde humana;
  • Peça ajuda quando não souber fazer algo sozinho;
  • Não queira ser perfeito ou superior aos outros;
  • Abrace as suas imperfeições e progrida na medida do possível;
  • Tenha momentos de lazer, fazendo coisas que lhe dão prazer;
  • Mantenha uma rede de apoio, ao lado de amigos, familiares e pessoas que lhe fazem bem;
  • Adicione práticas de relaxamento à sua rotina;
  • Desenvolva o autoconhecimento e a inteligência emocional;
  • Faça psicoterapia e, quando necessário, acompanhamento médico.

Seguir as dicas acima é fundamental para manter a saúde física e mental. Assim como os celulares, nós também precisamos “recarregar as baterias”, caso contrário, “desligamos” física e emocionalmente. Lembre-se sempre: se custa a sua saúde e a sua paz, então é caro demais!

E você, ser de luz, o que faz quando precisa recuperar as energias? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!