Você sabe qual é a diferença entre psicologia e coaching? Na verdade, muitas pessoas acreditam que são áreas super parecidas e, por isso, não sabem quem pode ajudá-los na situação que estiverem vivendo.
O coaching é uma metodologia que ajuda as pessoas a alcançarem os seus objetivos de forma mais rápida e eficaz. Já a psicologia atua como terapia voltada ao tratamento e à reabilitação da saúde mental, sempre que há algum problema nessa área, retomando o bem-estar e a qualidade de vida.
O que ambas têm em comum é o desenvolvimento humano, e é por isso que o coaching se utiliza de diversos conhecimentos oriundos da psicologia para auxiliar as pessoas a alcançarem as suas metas em diferentes áreas. A psicologia analítica, mais especificamente, é uma vertente muito utilizada como referência nos processos de coaching.
Neste artigo, vamos conhecer melhor o que é a psicologia analítica, como ela surgiu e qual é a relação existente entre essa área do conhecimento e o coaching. Ficou curioso? Então, continue a leitura a seguir e saiba mais sobre o tema!
O que é psicologia analítica?
Trata-se de uma vertente da psicologia criada pelo psicoterapeuta e psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Por isso mesmo, também é chamada de Psicologia Junguiana. O método estuda os fenômenos psíquicos e abrange conceitos como: figuras arquetípicas, individuação, sincronicidade, inconsciente pessoal e coletivo, tipos psicológicos, símbolos e complexo, por exemplo.
Diferentemente dos seus contemporâneos — como Sigmund Freud, que focou no estudo da psicanálise —, Jung resolveu entender a mente humana sob outros vieses. Isso fez com que tanto revolucionasse a sua época, como também que fosse motivo de contestação por muitos dos seus colegas.
A essência dos seus estudos concentrava-se primordialmente nas questões da sexualidade e também nos chamados “resíduos arcaicos”, que têm a ver com fatores hereditários, transmitidos de geração em geração.
Ainda assim, podemos dizer que a psicanálise está entre uma das influências da criação da psicologia analítica, pois ela foi inspirada nos estudos de Freud, quando Jung teve contato direto com o mundo da psiquiatria. Também teve forte influência dos seus conhecimentos sobre a história das religiões e da mitologia (no caso dos arquétipos), que o ajudaram a criar uma forma de representar a sua metodologia.
A intenção de Jung era que o ser humano pudesse conhecer a si mesmo, interna e externamente, de forma sistêmica e em diversos aspectos. Nesse sentido, destaca-se o conceito de “inconsciente pessoal”, onde estão as nossas memórias reprimidas, aquelas que não queremos ter acesso o tempo todo, e também os complexos, que atuam sobre nós de forma inconsciente, mas que ainda assim determinam pensamentos e comportamentos — tanto bons como ruins. Isso, porém, é seu!
Já o inconsciente coletivo carrega as memórias arcaicas, aquelas herdadas através do tempo, geração após geração e que ficam armazenadas no mais profundo da consciência geral. Aqui, o que nos difere é a forma individual como cada um escolhe responder e viver essas influências ocultas. Podemos seguir o automatismo e apenas repetir velhos padrões perpetuados na sociedade, ou criar as nossas próprias formas de externalizar essas ideias, destacando-as por meio do nosso inconsciente pessoal.
Qual é a relação existente entre a psicologia analítica e o coaching?
Em meu trabalho como coach, utilizo muitas abordagens da psicologia analítica para fomentar o desenvolvimento e o entendimento do “eu”, tanto por meus alunos como por meus coachees (clientes).
A intenção é sempre que eles vivenciem um intenso processo de autoconhecimento, ou seja, um mergulho profundo em seu “eu interior”, de modo que, assim, consigam acessar tanto o que bloqueia o seu avanço, como o seu potencial. Isso permite que eles possam não apenas eliminar os seus bloqueios, como também usufruir das suas competências e ter sucesso nas diferentes áreas das suas vidas.
Entre essas abordagens, destaco os arquétipos, um tema extremamente interessante para mim e que me inspirou a escrever o livro Arquétipos e Crenças, que traz um estudo completo sobre as influências desses elementos na nossa vida, sob o viés de quatro figuras arquetípicas — o Mestre, o Curador, o Visionário e o Guerreiro. São representações de pessoas, por meio de determinadas características, o que ajuda o indivíduo a compreender melhor a sua mente e as suas ações. Fica aqui essa recomendação de leitura!
Voltando ao meu trabalho como treinador, também gosto muito de explorar em meus treinamentos o Si-mesmo, o centro direcionador da personalidade humana, bem como as estruturas do ego, id e superego, que também são o arcabouço para tudo que diz respeito à personalidade humana. São conceitos que ajudam a explicar a nossa forma de ser, pensar e agir.
Como o Coaching é, sem dúvida, uma metodologia que visa ao desenvolvimento humano, a psicologia analítica é uma aliada poderosa desse processo de autoconhecimento, que permite ao ser humano mergulhar na sua inconsciência, desvendar os seus segredos mais ocultos e aprender a dominar aspectos que podem tanto prejudicar como potencializar o seu sucesso.
Uma dica final
Se você se interessa por coaching e psicologia, conheça o Professional & Self Coaching — PSC, o curso de coaching mais completo do Brasil e que também reúne poderosas ferramentas da psicologia analítica. O objetivo é o de sempre potencializar ainda mais o seu autoconhecimento e promover desenvolvimento pessoal e profissional.
E você, querida pessoa, já teve alguma experiência com sessões de psicoterapia? E quanto ao coaching? Consegue diferenciar os momentos de procurar cada um desses profissionais do desenvolvimento humano? Então, deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!