O psicoterapeuta e médico psiquiatra Carl Jung nasceu na Suíça em 1875. Desenvolvedor da psicologia analítica, tornou-se um dos maiores nomes do estudo da mente e do comportamento humano. Entre as suas contribuições, destacam-se os arquétipos, que são personagens que representam determinadas características humanas, entre vícios e virtudes.

Esses arquétipos são resultado do inconsciente coletivo, ou seja, dos comportamentos de toda a humanidade ao longo do tempo. Jung chegou à identificação de 12 arquétipos que traduzem os principais tipos psicológicos existentes na humanidade, de modo que cada pessoa possa se identificar com ao menos algum deles. Esses arquétipos também podem ser reconhecidos na ficção.

Quem é o mago?

O mago é um dos 12 arquétipos de Jung. Ele é caracterizado por um conhecimento que não é somente racional, mas também místico e espiritual. O seu objetivo é transformar sonhos em realidade, tanto os seus quanto os de outras pessoas. Assim, esse arquétipo procura desenvolver uma visão específica de vida e viver de acordo com ela.

Mesmo que não intencionalmente, porém, ele pode ser um pouco manipulador com quem estiver ao seu redor. Na ficção, o arquétipo do mago aparece em Gandalf, de O Senhor dos Anéis, bem como no gênio de Aladim.

Quais são as principais características desse arquétipo?

Confira, na sequência, os 7 traços predominantes no arquétipo mago.

1. Entender o universo

O objetivo do arquétipo do mago é o de compreender o universo em todas as suas possibilidades. O sábio tenta alcançar o mesmo objetivo, mas apenas com o uso da razão, enquanto o mago abre a sua mente para horizontes espirituais, compreendendo que entre o céu e a terra existem mais coisas do que os olhos alcançam.

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Dessa forma, o mago é um indivíduo que deseja, acima de tudo, adquirir conhecimentos de diferentes fontes, tentando compreender o sentido da vida. Mais do que isso, ele também deseja ser um ponto de luz para ajudar as outras pessoas.

2. Transformar sonhos em realidade

Se fôssemos escolher uma empresa ideal para representar o arquétipo do mago, ela com certeza seria a Disney. Trata-se de um universo paralelo, que realmente lembra a mágica e o encanto. É nela que as pessoas conseguem realizar os seus sonhos e ver coisas que vão muito além do que a ciência já é capaz de comprovar.

Assim funciona também a mente dos que se identificam com esse arquétipo. O misticismo e a imaginação os levam a crer que tudo é possível, mesmo o mais complexo dos sonhos. Tudo pode se tornar real para quem realmente desejar.

3. Encontrar soluções em que todos ganham

Tomando como exemplo o já citado gênio da lâmpada, da história de Aladim, podemos compreender que o objetivo de quem carrega esse arquétipo é ajudar as pessoas a concretizar os seus objetivos, oferecendo-lhes possibilidades bastante sedutoras. Dessa forma, o mago consegue ajudar os indivíduos a alcançar as suas metas, mas também pensa em como ele mesmo pode tirar proveito da situação.

Dessa forma, esses indivíduos, que se comunicam muito bem, procuram sempre encontrar soluções diplomáticas, ou seja, que ofereçam benefícios a todos, e não apenas a alguns. Por isso, eles têm certa tendência ao idealismo, o que pode levá-los a fugir momentaneamente da realidade.

4. Combinar razão e intuição

Conforme citamos, o mago e o sábio têm como ponto comum a busca pela sabedoria para a compreensão do universo. No entanto, enquanto o sábio o faz exclusivamente por meio da razão, o mago procura combiná-la a outras formas de conhecimento, como a espiritualidade e a própria intuição.

Assim, esse arquétipo acredita em pensamentos e ideias que surgem aparentemente sem motivo, mas que têm o poder de ajudar as pessoas a encontrar aquilo que tanto procuram, o que pode ser chamado de intuição, auxílio espiritual, acaso, destino, e por aí vai. O caso é que nem todos os poderes e capacidades da vida, na visão desse arquétipo, podem ser explicados racionalmente.

5. Confiar no poder da mente

Uma característica muito forte no mago é a confiança no poder da mente. Segundo as pessoas em que há identificação com esse arquétipo, os nossos pensamentos e sentimentos têm poderes e energias que podem tanto nos ajudar quanto nos atrapalhar na realização dos nossos sonhos.

Por isso, ao mesmo tempo em que existem pensamentos positivos e construtivos, existem também as crenças limitantes que nos afastam das nossas metas. Dessa forma, o poder da mente precisa ser administrado e canalizado ao alcance de resultados extraordinários.

6. Confiar em si mesmo

O poder da mente conduz o mago à autoconfiança. Diante disso, esse arquétipo permite que o indivíduo conheça e acredite nas suas capacidades, talentos, conhecimentos e habilidades. É confiando em si mesma que uma pessoa consegue persistir até fazer dos seus sonhos uma realidade.

No entanto, um cuidado que o mago deve tomar é o de não permitir que a sua introspecção e a sua autoconfiança se tornem arrogância ou individualismo. Mergulhar demais em si mesmo também pode fazer essas pessoas embarcarem na solidão, o que não é positivo.

7. Comunicar sem manipular

O arquétipo do mago também representa o poder de comunicar, de encantar e de atrair as pessoas, com certo magnetismo para que façam aquilo que ele quer. Esse poder pode ser positivo, mas não pode ser confundido com a manipulação, ou seja, com o poder da comunicação utilizado apenas para benefício próprio.

Dessa forma, cabe ao mago comunicar-se de forma clara e transparente, mas mantendo a ética e a empatia, sem sucumbir aos seus impulsos egoístas e manipuladores.

O mago é um arquétipo de sabedoria, misticismo, compreensão do universo e vontade de ajudar. Ele deseja ampliar os seus horizontes de conhecimentos para compreender a vida, entendendo que nem tudo pode ser explicado pela razão. Assim, ele confia no poder da mente para concretizar os seus sonhos, mas também não pode tirar os pés da realidade e deixar de agir de forma mais concreta!

E você, querida pessoa, se identifica com o arquétipo mago? Por quê? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!

Imagem: Tito Slack