Pessoas com deficiência, ou PCDs, são indivíduos que apresentam alguma característica específica no corpo ou na mente, mas que, nem por isso devem ser excluídas do convívio social. Aliás, o próprio mercado de trabalho compreende que é necessário oferecer oportunidades profissionais a esses indivíduos, como uma atitude inclusiva e que possibilita uma vida de mais qualidade.

No Brasil, há leis que determinam a porcentagem de colaboradores com alguma deficiência que devem ser contratados pelas organizações, com base no seu porte. No entanto, por mais que a lei exista, nem sempre as empresas sabem como proceder para promover essa inclusão de forma positiva para todos. Pensando nisso, separamos 10 dicas para ajudá-lo na hora da inclusão. Continue a leitura e confira!

1. Faça uma pesquisa junto com os atuais colaboradores

Infelizmente, ainda há muito preconceito e descriminação às pessoas com deficiência dentro das empresas. Por isso, antes de tomar qualquer atitude, faça uma pesquisa com os colaboradores atuais da empresa, a fim de compreender o seu nível de conhecimento e de aceitação de colegas PCDs. O RH deve analisar os resultados da pesquisa e, dessa forma, planejar ações que tornem a inclusão desses colaboradores mais tranquila para todos — tanto para eles como para os funcionários atuais.

2. Ofereça treinamentos aos funcionários

Se a empresa pretende adotar medidas inclusivas, é importante planejar as adaptações que serão feitas na estrutura e nos processos da organização para receber os colaboradores PCDs. Por isso, é fundamental levar informação aos colaboradores atuais, orientando-os sobre as adaptações que serão executadas e sobre como eles devem proceder em relação aos novos colegas. Esses treinamentos são fundamentais para que o processo seja positivo e harmônico.

3. Oriente os colaboradores sobre como proceder

É importante orientar os colaboradores sobre como lidar com PCDs. Nesse sentido, é fundamental ressaltar a utilização de termos adequados, evitando expressões pejorativas. Além disso, a empresa também deve definir as questões especificamente relacionadas ao trabalho desses colaboradores:

  • Cargo e função;
  • Horário de trabalho;
  • Pessoa de referência (a quem a PCD deve recorrer caso tenha algum problema, dúvida ou necessidade no cotidiano);
  • Tipo de deficiência e as suas limitações;
  • Adaptações que serão executadas na estrutura e nos processos do departamento para melhor receber esse colaborador.

4. Execute uma análise da acessibilidade da empresa

Conforme citamos, é necessário verificar se a empresa é acessível, ou seja, se ela tem a estrutura adequada para receber um colaborador PCD. Nesse sentido, é fundamental mapear as barreiras para esse grupo de funcionários e adotar medidas que as resolvam. Essa analise se dá em diferentes áreas:

  • Arquitetura: barreiras e obstáculos físicos;
  • Comportamento: preconceitos, julgamentos e discriminação;
  • Comunicação: obstáculos na comunicação interpessoal;
  • Métodos: adaptações a serem feitas nos processos de trabalho;
  • Instrumentos: adoção de instrumentos e ferramentas adequados para que a PCD execute o trabalho com eficácia e segurança;
  • Normas: barreiras que estão nas próprias normas e políticas da empresa.

5. Invista em ergonomia

PSC

A ergonomia deve ser uma prioridade de qualquer empresa, pois consiste na adequação dos móveis e equipamentos de trabalho a cada colaborador, prevenindo problemas de saúde ocupacional e promovendo conforto.

No caso de PCDs, algumas adaptações precisam ser executadas em assentos, banheiros, pias, cozinhas, mesas de trabalho, equipamentos etc. Além disso, é necessário oferecer rotas acessíveis e bem sinalizadas a esses colaboradores, por meios visuais, sonoros, táteis etc. Segurança e conforto devem ser prioridades.

6. Obtenha auxílio especializado

Existem empresas e consultores especializados na integração de PCDs às empresas. Esses consultores auxiliam não apenas na identificação da acessibilidade a ser desenvolvida, mas também nos relacionamentos entre os colaboradores no dia a dia. Além disso, executam um trabalho especial com os líderes da organização, que devem saber como lidar adequadamente com esses colaboradores e servir de exemplo a todos os demais membros da empresa.

7. Divulgue o programa de inclusão para toda a empresa

É fundamental que as empresas que adotarão um programa de inclusão de PCDs tenham uma rede sólida de comunicação interna. Dessa forma, é necessário apresentar o programa a todos os colaboradores, explicando como ele funcionará, quais modificações serão necessárias e como todos devem agir nessa nova realidade. É importante esclarecer as dúvidas e reforçar os objetivos e a importância desse programa, sempre alinhados com a missão, a visão e os valores da organização.

8. Faça um trabalho específico de conscientização e capacitação para os líderes

Chefes e supervisores de PCDs precisam receber uma capacitação especial, a fim de compreender as limitações dos colaboradores PCDs e facilitar o relacionamento. É importante que os líderes adotem uma postura profissional e estimulem essa mesma atitude em toda a equipe.

A condição de PCD não deve ser entendida como uma diferença, mas como uma demanda natural de adaptações. Nesse sentido, é importante compreender as limitações do colaborador, mas permitir que ele se desenvolva.

9. Ofereça um plano de carreira

Os planos de carreira são importantes fatores motivacionais para qualquer funcionário, mas isso fica ainda mais evidente em se tratando de PCDs. Esse grupo de pessoas tende a ter uma rotatividade mais alta nas empresas, geralmente por desinteresse e falta de entrosamento e de perspectivas. Por isso, apresente um plano de perspectivas profissionais, aproveitando as competências de cada colaborador. Isso permite que metas realistas e estimulantes sejam definidas, aumentando a motivação.

10. Monitore o desenvolvimento do colaborador

Todo colaborador, especialmente os PCDs, precisam de líderes ativos, que deleguem funções, que definam objetivos, que expliquem procedimentos, que prestem auxílio, que esclareçam as dúvidas e que façam uma avaliação de desempenho justa, com recomendações de como progredir continuamente. No caso dos PCDs, é preciso acompanhar não apenas o seu crescimento profissional, mas também a sua integração e o seu convívio com os demais colegas, evitando as barreiras já citadas.

Como é possível notar, a inclusão de PCDs no ambiente de trabalho é um desafio. Todavia, vale a pena colocar as orientações acima em prática para que as empresas possam prosperar e também cumprir um importante papel social, que é o da inclusão desses indivíduos na sociedade, por meio do mercado de trabalho. É uma tarefa que desenvolve a autonomia, a autoestima e a motivação dessas pessoas.

E você, ser de luz, identifica no seu ambiente de trabalho medidas inclusivas a esse público? Quais? O que poderia ser melhor? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!