“Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio, e levantarei o mundo”. A frase de Arquimedes refere-se ao desenvolvimento da alavanca, uma máquina simples que revolucionou muitas atividades humanas, unindo conhecimentos da física e da matemática.

Mas o que tudo isso tem a ver com a nossa capacidade de sermos felizes? Shawn Achor, autor de O jeito Harvard de ser feliz, cita em seu livro que o ponto de apoio e a alavanca são uma metáfora perfeita para o cérebro e para a nossa capacidade de agir rumo ao alcance das nossas metas.

Neste artigo, nós vamos compreender melhor essa analogia e entender o que temos a aprender com o ponto de apoio e com a alavanca para que possamos ser mais felizes!

A metáfora do ponto de apoio e da alavanca

Imagine que você precise levantar uma pedra pesada. Fazer esse trabalho com a força dos seus braços certamente seria um desafio muito grande. Contudo, com o auxílio de uma alavanca, a ação fica menos complexa.

A alavanca é uma máquina simples, composta por uma barra rígida colocada sobre um ponto de apoio. O objeto pesado a ser levantado é colocado em uma extremidade da barra, de modo que possamos fazer força na outra extremidade, a fim de levantá-lo. Esse é o princípio básico do funcionamento das gangorras, brinquedos populares em que uma criança alcança o ponto mais alto enquanto a outra está no solo.

A vantagem da alavanca é que é muito mais fácil fazer força para baixo (a favor da gravidade) do que para cima (em oposição a ela), tornando o trabalho mais simples. Mas o que tudo isso tem a ver com sermos felizes? Achor responde!

Segundo o autor, o nosso ponto de apoio é o nosso mindset, ou seja, o padrão mental que estabelecemos para os nossos sentimentos e pensamentos. Em uma alavanca, a posição do ponto de apoio pode levantar o objeto da extremidade a uma altura maior ou menor. O mesmo vale para o nosso mindset: dependendo de onde ele estiver localizado, podemos ir mais alto ou mais baixo na vida.

Isso também depende do comprimento da nossa alavanca, ou seja, do tamanho do nosso potencial para alcançarmos os nossos resultados. Dessa forma, seguindo a metáfora de Achor, precisamos cuidar tanto do nosso padrão mental (ponto de apoio) quanto do nosso potencial (o tamanho da alavanca) para alcançarmos os resultados desejados (levantar o objeto).

Ajustando o ponto de apoio

Pense em uma gangorra com 2 crianças. Se o ponto de apoio estiver exatamente no meio do brinquedo, elas sempre se elevarão à mesma altura. Contudo, se arrastarmos o ponto de apoio para um dos lados, a criança que estiver do outro lado vai subir mais do que a outra.

Metaforicamente, compreendemos que ajustar o nosso ponto de apoio, ou seja, a nossa mentalidade, pode nos levar para locais mais altos ou mais baixos na vida. Por isso, entenda que ajustar a mentalidade não significa reiniciar completamente o seu cérebro, mas talvez enxergar os fatos da vida com um novo olhar.

Por exemplo: o trabalho pode ser visto como um fardo pesado para obter o sustento. Contudo, há pessoas que o enxergam como uma oportunidade de colocar os seus conhecimentos e habilidades a serviço de outras pessoas, encontrando satisfação e sucesso nesse processo.

Perceba que a “gangorra” é a mesma, mas um simples ajuste no ponto de apoio (na forma como enxergamos os fatos) pode modificar completamente o resultado. Esta é, inclusive, uma das bases da psicologia: encarar os fatos sob diferentes óticas pode amenizar a nossa insatisfação com a vida e gerar uma postura de mais otimismo e felicidade no dia a dia.

Potencializando a alavanca

Potencializar a alavanca significa dar o melhor de si para alcançar os seus resultados. Dessa forma, é fácil concluir que alcançaremos resultados melhores em todas as áreas das nossas vidas se formos capazes de reunir elementos como: objetivos claros, planejamento estratégico, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências — tanto técnicas quanto comportamentais.

Diante disso, investir em desenvolvimento pessoal é investir em si mesmo. Adquirir novos conhecimentos, exercitar habilidades e reciclar competências são meios de potencializar a nossa alavanca, isto é, de elevar o nosso potencial para que possamos ir mais alto.

Como se diz popularmente, o que chamamos de sorte é o encontro da preparação com a oportunidade. Por isso, quanto mais você se preparar, isto é, quanto mais cuidar dos seus próprios potenciais, mais atrairá para a sua vida pessoal e profissional oportunidades de encontrar o sucesso e a felicidade.

Levantando o objeto

Na metáfora da alavanca, levantar o objeto significa alcançar os resultados desejados. A esse respeito, Achor ressalta que uma pessoa feliz é aquela que consegue estabelecer para si mesma objetivos compatíveis com a sua missão de vida, com a sua visão de futuro e com os seus valores.

Não adianta nada lutar por um objetivo que não está alinhado com essas questões e que foi definido apenas por pressões externas. O que importa é que o indivíduo defina metas alinhadas com a sua essência, o que demanda uma boa dose de autoconhecimento. Assim, encaramos os desafios como missões agradáveis, e não como imposições ou fardos. Essa mudança de perspectiva eleva consideravelmente a motivação e a capacidade de realização do indivíduo.

Dessa forma, podemos compreender que a metáfora do ponto de apoio e da alavanca consiste basicamente em realizar ajustes na nossa mentalidade e nos nossos comportamentos para que possamos alcançar resultados cada vez “mais altos”. Para isso, porém, é fundamental despertar o autoconhecimento, definir objetivos alinhados com a nossa essência e ampliar o nosso horizonte de conhecimentos e habilidades para elevar o nosso potencial realizador.

E você, querida pessoa, como tem ajustado o seu ponto de apoio e potencializado a sua alavanca? De que maneiras tem adaptado o seu mindset para uma vida mais feliz? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!