Você já foi humilhado ou constrangido no trabalho? Infelizmente, essas ocorrências ainda são comuns em alguns ambientes organizacionais, sendo provocadas por colegas, por chefes e até mesmo por clientes.
A humilhação e o constrangimento trazem consequências negativas para quem os sofre e também para a organização, de maneira geral. Neste artigo, vamos compreender por que esse problema ocorre, quais são as suas consequências e o que podemos fazer para evitá-lo. Para saber mais sobre o tema, é só dar continuidade à leitura a seguir!
Contents
De que formas a humilhação e o constrangimento podem ocorrer no trabalho?
Esse problema pode ocorrer nas organizações em diferentes contextos, como os exemplos que listamos na sequência.
- Quando o chefe aponta erros dos colaboradores na frente de todos;
- Quando o chefe ou um colega utiliza um vocabulário inadequado: “burro”, “idiota”, “lerdo” etc.;
- Quando o cliente ofende o funcionário por estar insatisfeito com o serviço prestado;
- Quando um funcionário não é devidamente reconhecido pelos seus méritos ou tem os seus créditos “roubados” por outra pessoa;
- Em casos de assédio sexual: qualquer iniciativa de caráter sexual, sem consentimento, no ambiente de trabalho;
- Quando boatos são espalhados pela empresa;
- Quando o chefe ameaça o funcionário, o impede de conviver com outros colegas, restringe o seu acesso a determinados materiais da empresa etc.;
- Quando as pessoas da organização são discriminadas por características específicas: gênero, faixa etária, etnia, orientação sexual, religião, opiniões políticas, características físicas, entre outros.
Quais são as consequências dessas ocorrências?
Quem já passou por problemas como os citados acima certamente sabe o quanto isso é prejudicial. Vamos entender as consequências desses fatos.
1. O colaborador perde autoestima e autoconfiança
Qualquer pessoa que passe por situações do tipo vai ficar insegura. Se um chefe ou um colega humilha a pessoa por suas habilidades profissionais, por suas características pessoais ou por qualquer outro motivo, esse indivíduo se tornará inseguro, perdendo a confiança em si mesmo.
Isso pode ocorrer nas competências profissionais, mas pode atingir também a esfera pessoal. Não é raro que as pessoas humilhadas desenvolvam transtornos diversos, como a depressão e os transtornos ansiosos — que são quadros bem delicados e que demandam um tratamento imediato.
2. A rotatividade profissional aumenta
Se os profissionais não se sentem respeitados ou confiantes nas próprias competências naquele ambiente, é fácil concluir que eles vão querer sair dali o quanto antes. Por isso, nas empresas em que essas situações ocorrem com frequência, é comum que haja uma elevada rotatividade profissional.
Isso significa que essas organizações estão sempre tendo que contratar novos profissionais, pois os pedidos de demissão são constantes. Isso gera perdas financeiras e de produtividade à empresa, já que leva um tempo até que os novos colaboradores se acostumem ao trabalho e àquele ambiente.
3. A reputação da organização é prejudicada
Existe um fator chamado employer branding, que nada mais é do que a reputação da empresa enquanto empregadora. Quando os casos de humilhação e constrangimento são muito frequentes, as notícias acabam se espalhando, disseminando a ideia de que aquele é um péssimo local para trabalhar.
Consequentemente, a empresa passa a ter dificuldades para fazer novas contratações e pode vivenciar uma escassez de mão de obra, já que a sua imagem está “queimada” no mercado de trabalho. Além disso, dependendo do tamanho da crise de imagem, até mesmo os consumidores podem se afastar daquela marca.
Como evitar esse problema?
Confira o que é possível fazer para evitar que humilhações e constrangimentos ocorram nos ambientes de trabalho.
1. Construa um regulamento interno claro
Em primeiro lugar, é fundamental que os empreendedores construam um regulamento interno, contendo tudo aquilo que é permitido, proibido e obrigatório na conduta dos colaboradores. Essas leis internas também devem conter as penalidades cabíveis àqueles que desobedecerem às regras, incluindo os casos de humilhação e constrangimento.
Além de criar esse regulamento, é essencial que ele seja apresentado a todos os colaboradores, assim que forem contratados. Dessa forma, ninguém pode alegar desconhecimento acerca das regras de boa convivência na empresa.
2. Divulgue os valores organizacionais sempre que possível
Os valores organizacionais não são um conjunto de palavras bonitinhas que ficam no site da empresa de enfeite. São princípios que de fato devem nortear as ações de todos os que fazem parte daquele local. Por isso, defina com clareza esses valores desde a fundação do empreendimento. Responsabilidade, respeito, ética e colaboração estão entre os valores mais recomendados.
Assim como o regulamento interno, os valores organizacionais também devem ser divulgados e reforçados sempre que possível — nos canais de comunicação interna, nos eventos, nas reuniões, e por aí vai.
3. Ofereça capacitações aos colaboradores
As empresas mais bem-sucedidas contam com programas de capacitação oferecidos aos seus colaboradores ou fazem parcerias com instituições que ofereçam essas capacitações. Estamos falando de cursos, treinamentos, participações em eventos, leituras e materiais de apoio que podem espalhar o conhecimento e desenvolver habilidades na empresa.
Contudo, essa capacitação não deve se resumir às competências técnicas de cada profissão. Também é importante trabalhar as competências comportamentais, como a clareza de comunicação e o bom relacionamento interpessoal. Esse tipo de conhecimento também é muito importante para que o dia a dia da empresa seja produtivo e pacífico.
4. Mantenha um canal de comunicação transparente com os profissionais
Por fim, é de suma importância que a empresa esteja acessível e disponível a todos os funcionários que queiram relatar qualquer caso de abuso, assédio, humilhação e constrangimento. Por isso, os líderes e o departamento de recursos humanos devem estar disponíveis a ouvir os seus colaboradores, tomando as devidas providências para apurar as ocorrências.
Em caso de bullying, humilhação ou qualquer tipo de preconceito/ofensa, a empresa deve fazer valer a força do seu regulamento e aplicar as punições previstas, o que pode levar o infrator ao desligamento da instituição. Sem que essas punições ocorram, a lei de nada valerá, e os casos continuarão a ocorrer.
Como você pode perceber, os casos de humilhação e constrangimento no ambiente de trabalho podem gerar consequências catastróficas, tanto para as vítimas como para a própria empresa. Por isso, é essencial realizar esse trabalho de regulamentos, comunicação interna, conscientização e punição dos infratores. Só assim conseguiremos construir organizações baseadas em valores verdadeiros, como a ética, o respeito e o bem-estar de todos os seus profissionais.
E você, ser de luz, já passou por alguma situação semelhante? Como foi a sua experiência? Como a sua empresa lida com esses casos? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!