O conceito de organização orgânica foi criado por Tom Burns e GM Stalker em 1961. Trata-se de um tipo de organização caracterizado pela flexibilidade no que diz respeito às suas práticas administrativas. Uma organização orgânica se difere das chamadas organizações mecanicistas, que são mais tradicionais, rígidas e com alta importância atribuída às redes de hierarquia.
Os dois modelos coexistem na atualidade, mas as organizações orgânicas têm ganhado especial destaque, pois as suas características tendem a ser mais atrativas aos jovens do mercado de trabalho e ao próprio ritmo dos acontecimentos nos tempos modernos. Mas quais características seriam essas? Neste artigo, selecionamos as 8 mais claras para que você compreenda exatamente o que é uma organização orgânica. Continue a leitura e saiba mais!
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1. Descentralização de decisões
As organizações orgânicas recebem este nome porque atuam como seres vivos, compostos por diferentes órgãos, sendo que cada um deles tem funções específicas. Assim, o trabalho e a própria tomada de decisões é descentralizado, pois as demandas são divididas de forma equilibrada entre os departamentos e setores.
Essas empresas contam com líderes, mas, em geral, eles incluem os demais colaboradores nos processos de tomada de decisão. A escolha final é do líder, mas ele procura ouvir o parecer de todos, analisando as diferentes visões, opiniões e sugestões comunicadas. Dessa forma, escolhas mais sábias tendem a ser feitas, pois a análise é mais profunda e completa.
2. Foco no desenvolvimento humano
Como o próprio nome sugere, uma organização orgânica não considera os seus colaboradores como máquinas, números ou robôs. Eles são entendidos como seres vivos, complexos, que erram, que acertam e que, acima de todo, precisam evoluir.
Dessa forma, o erro nessas organizações tende a ser um pouco mais tolerado, já que é visto como uma oportunidade de aprendizado. Por isso, o foco das atividades em instituições do tipo está justamente em oferecer possibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional a todos. Por isso, há um incentivo à cooperação, ao estudo, aos cursos, aos treinamentos, enfim, ao progresso individual e coletivo como um todo.
3. Hierarquia flexível
Nas organizações mecanicistas, há um apego a tudo aquilo que é tradicional e conservador. Por isso, a hierarquia é algo muito valorizado, sendo que as interações são quase sempre verticais: tendo início com o presidente, passando pelos diretores, coordenadores, analistas e estagiários. Assim, a comunicação e os processos são lentos e burocráticos, pois jamais podem cortar caminhos nessa cadeia de hierarquia.
No caso das organizações orgânicas, contudo, o processo tende a ser mais rápido. Não há tanta importância atribuída à hierarquia, embora ela ainda exista. As interações são mais verticais, sem tanta burocracia. Tudo é mais flexível, sem que seja necessário haver uma obediência cega aos diretores.
4. Comunicação interna desenvolvida em diferentes fluxos
Nas empresas mecanicistas, a informação é vista como um elemento valioso, que só deve circular entre os diretores. O colaborador comum não precisa nem deve saber delas, exceto daquilo que for necessário para cumprir as suas obrigações.
Em uma organização orgânica, porém, o pensamento é outro: é preciso tornar as informações acessíveis a todos, com total transparência. Quanto mais bem-informados estiverem os colaboradores, mais confiança eles terão na empresa e mais eficientes serão na execução das suas respectivas atividades. Além disso, a informação pode vir de líderes para liderados ou de liderados para líderes, pois ideias criativas podem vir de qualquer pessoa e serão muito bem-vindas nessas instituições.
5. Funções menos rígidas e mais lideranças orgânicas
Nas organizações orgânicas, as funções dos colaboradores são definidas, mas não são tão rígidas. Isso quer dizer que alguém do departamento financeiro pode ajudar a equipe de marketing em algum momento, por exemplo, e vice-versa. O importante é que a empresa como um todo seja unida.
Isso possibilita também que surjam lideranças espontâneas, sem que estejam oficializadas no papel. Assim, um colaborador comum, mas extremamente carismático e inteligente, pode acabar se tornando um líder informal junto aos seus colegas, mesmo que não ocupe um cargo de liderança. Esse processo é relativamente comum em empresas do tipo.
6. Foco em resultados, e não em procedimentos
As empresas mais tradicionais são extremamente apegadas a determinados procedimentos. Por isso, acabam insistindo sempre nos mesmos métodos em nome da tradição, mesmo que esses métodos já não surtam o efeito que se espera.
Nas organizações orgânicas, todavia, é pouco provável que isso ocorra. Nessas instituições, o foco está nos resultados, e não nos procedimentos. Assim, por mais que um processo tenha sido bem-sucedido por muito tempo, ele certamente será substituído por outro, tão logo deixe de oferecer os resultados desejados. São empresas que acompanham a dinâmica do momento e que atualizam os seus métodos para não perder competitividade.
7. Conhecimento compartilhado
Nas organizações mecanicistas, o conhecimento, conforme citamos, é mais restrito aos líderes da organização. Infelizmente, ainda há muitos diretores com essa visão de que, se compartilharem o que sabem com os seus liderados, estarão criando a sua própria concorrência.
Nas organizações orgânicas, contudo, o conhecimento é, sim, compartilhado. Nessas empresas, impera a filosofia de que quem sabe mais trabalha melhor e, consequentemente, alcança resultados mais expressivos. Por isso, todos compartilham o que sabem e ensinam uns aos outros. O processo de competição dá lugar ao de cooperação, tornando as equipes mais unidas, coesas e harmônicas.
8. Mais flexibilidade no dia a dia
Por fim, é fato que as organizações orgânicas são mais flexíveis no dia a dia. Isso quer dizer que se um funcionário precisar fazer uma hora extra ou precisar sair mais cedo para levar o filho ao dentista em um dia, está tudo bem. Desde que o colaborador não comprometa a qualidade do seu trabalho, os métodos, os horários e as roupas utilizadas não são tão importantes.
Por isso, essas organizações são mais atrativas ao público mais jovem, que tem essa mentalidade focada em resultados e em acompanhar a dinâmica do seu tempo, atualizando-se diante das novidades.
Como você pode perceber, uma organização orgânica é uma empresa que tende a ter um ambiente mais flexível, criativo, aberto à inovação, descentralizado, menos rígido e com foco no conhecimento e nos resultados, mais do que nos processos e costumes. Isso faz dessas empresas mais rápidas e assertivas, sendo menos burocráticas, o que lhes permite dar respostas mais ágeis aos acontecimentos.
E você, ser de luz, o que pensa sobre as organizações orgânicas? Quais das características acima você consegue identificar no seu local de trabalho? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!