Sentimento de dono: você já ouviu falar nisso? Trata-se de uma postura em que os colaboradores de uma empresa preocupam-se com ela como se fossem os seus proprietários. Não agem como se fossem empregados, mas têm uma atitude de quem verdadeiramente cuida e zela por aquela organização, como se também fosse sua.
O sentimento de dono pode estimular a proatividade, a responsabilidade e a produtividade dos colaboradores. Neste artigo, vamos compreender melhor o que é esse sentimento, quais são os benefícios que ele oferece e como pode ser desenvolvido pelos profissionais e pelas organizações. Ficou curioso? Então, continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!
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Sentimento de dono: o que é?
Existem funcionários que fazem estritamente aquilo que lhes é pedido. Não se importam se a atividade foi executada com qualidade ou se vai beneficiar os resultados da empresa. O importante é que ela está feita e que o seu salário vai cair na conta ao fim do mês. Esse tipo de pensamento é o oposto do sentimento de dono.
O sentimento de dono, também conhecido como ownership, é, na verdade, a postura daqueles profissionais que se preocupam, se dedicam e se importam com os resultados das ações como se fossem de fato proprietários da empresa. São indivíduos que compreendem que o seu sucesso depende do sucesso da organização como um todo.
Esse sentimento faz com que os colaboradores deem o melhor de si nas suas atividades e também que sejam mais proativos. Não se satisfazem com o mero cumprimento das suas obrigações. Propõem novas ideias e tentam identificar meios de melhorar as tarefas do dia a dia, agindo de acordo com o popular “vestir a camisa”. Isso gera um crescimento contínuo, não apenas para a empresa, mas para os próprios profissionais.
Como podemos desenvolver esse sentimento?
Esse sentimento de dono pode nascer com algumas pessoas. Todavia, mesmo quando isso não acontece, ele pode ser estimulado, a fim de elevar a produtividade e melhorar o clima organizacional. Para que isso seja possível, há alguns fatores que podem e devem ser estimulados no dia a dia de trabalho. Na sequência, você vai conferir alguns exemplos de atitudes que expressam o sentimento de dono entre os profissionais.
1. Comunicar-se de forma eficaz
A comunicação é um fator muito importante para desenvolver o sentimento de dono. É se comunicando que as pessoas são capazes de resolver problemas, compartilhar conhecimentos, discutir ideias, apresentar projetos, enfim, mostrar as suas competências e contribuir com o crescimento geral da organização.
Além disso, é por meio da comunicação que as pessoas conseguem demonstrar o seu espírito de liderança, influenciar pessoas, conduzir negociações, enfim, inspirar os próprios colegas como modelos de proatividade. A comunicação é o instrumento pelo qual conseguimos externalizar aquilo que se passa dentro das nossas mentes, sendo um componente fundamental ao sucesso profissional.
2. Ser proativo
Por falar em proatividade, isso significa ir além do que se pede. É claro que não estamos falando de querer “se aparecer” ou de atravessar as ordens dos líderes. Basta que o profissional se coloque à disposição da sua equipe e dos seus líderes para que todos percebam que podem confiar nele.
Também não se trata de bajular os gestores: a postura proativa se vê em quem realmente tem ideias inovadoras, gosta de propor melhorias e age preventivamente, ou seja, evitando o surgimento de problemas. São pessoas que fazem o que deve ser feito, mesmo antes de o chefe pedir.
3. Colaborar com os colegas
Todavia, é importante ressaltar que o sentimento de dono jamais deve consistir em um ímpeto egoísta. Assim como o colaborador se sente “dono” da empresa, ele deve compreender que esse sentimento também pode surgir em outros colaboradores. Dessa forma, ele deve respeitar as ideias dos colegas e entender que eles também têm o direito de serem proativos, criativos, inovadores e comunicativos.
Pedir ajuda sem orgulho, ajudar sem vaidade, compartilhar conhecimentos e ser pontual e dedicado no cumprimento das suas obrigações: esses são os pilares do trabalho em equipe — que é fundamental para o sentimento de dono. Ele depende do respeito, da visão sistêmica e da consideração a cada colega — como todo dono de empresa deve agir.
4. Agir com responsabilidade e disciplina
Por fim, o sentimento de dono passa obrigatoriamente por essas duas características. Ser responsável significa cumprir as suas obrigações e compreender que o indivíduo em uma empresa faz parte de um todo integrado. Se uma peça falha, a engrenagem toda apresenta problemas.
Quanto à disciplina, ela é fundamental para que os colaboradores chamem para si a responsabilidade pelos desafios, sejam pontuais e consigam dar conta das suas atividades, mesmo que os seus gestores não estejam sempre por perto.
Como as empresas podem estimular essa postura?
Além das atitudes dos colaboradores, as próprias empresas também podem estimular o desenvolvimento do sentimento de dono. Para isso, algumas medidas recomendadas são:
- Oferecer cursos e treinamentos de capacitação;
- Divulgar o sentimento de dono como um valor organizacional e como um dos pilares da cultura da empresa;
- Proporcionar feedbacks contínuos e completos;
- Evitar o microgerenciamento (líderes que querem controlar minuciosamente tudo o que os liderados fazem);
- Comunicar-se com transparência, incluindo os profissionais nas tomadas de decisão, sempre que possível;
- Ouvir com receptividade as ideias dos colaboradores;
- Estimular o engajamento e a produtividade, por meio de ações de endomarketing;
- Oferecer infraestrutura e remuneração adequadas;
- Tratar a todos sob as mesmas regras, mas reconhecendo o valor único de cada indivíduo da organização.
As dicas acima são essenciais para que as empresas construam equipes de “donos”, ou seja, de profissionais que queiram a prosperidade da organização como um todo, e não apenas o salário ao fim do mês — lembrando que uma coisa está conectada à outra!
E você, querida pessoa, identifica esse sentimento de dono em si mesmo? Nos seus colegas de trabalho? Nos seus funcionários? O que pensa a respeito? Contribua deixando o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!