Você já ouviu falar que um texto ou até mesmo uma pessoa é prolixa? Essa palavra incomum desperta curiosidade acerca do seu significado. Afinal de contas, o que significa ser prolixo? Isso é bom ou ruim?

Neste artigo, você vai compreender a definição desse termo e por que é importante conhecê-lo na construção de uma comunicação mais organizada e objetiva. Para descobrir, é só continuar a leitura a seguir!

O que significa ser prolixo?

De acordo com o dicionário, “prolixo” é um adjetivo que pode ser aplicado a pessoas, textos, discursos e apresentações que usam palavras em excesso ao escrever ou falar, com pouca capacidade de sintetizar o pensamento. São indivíduos que empregam mais palavras do que o necessário para expressar as suas ideias.

Isso torna o discurso cansativo, se estendendo no tempo e dando aos ouvintes/leitores a impressão de que estão “perdendo tempo”. Em uma linguagem bem popular, ser prolixo é “encher linguiça”, “enrolar”, “fazer rodeios”, demorar uma eternidade para comunicar algo que poderia ser desenvolvido com mais rapidez.

“O menino comprou a bola”. “Movido por grande desejo, o jovem garoto dirigiu-se à loja onde havia visto uma linda bola, com o objetivo de adquirir o brinquedo e divertir-se”. Perceba a diferença entre as duas frases para compreender o significado de ser prolixo.

Como ser menos prolixo?

Com base na definição acima, já deu para perceber que ser prolixo é algo negativo, pois esse tipo de comunicação é demorado, pouco objetivo e ainda pode confundir as pessoas, em vez de clarificar as suas ideias. Pensando nisso, separamos as 10 dicas a seguir para que a sua comunicação deixe de ser prolixa. Confira!

1. Delimite o assunto

PSC

Se você quer fazer um discurso sobre avaliação de desempenho de colaboradores, certifique-se de que o seu discurso esteja dentro deste tópico do começo ao fim. Nada de fugir do tema e começar a falar sobre política salarial ou plano de saúde empresarial, por exemplo. Seja específico ao definir a pauta da sua comunicação, seja ela falada, seja escrita. Apenas mude de tópico depois de já ter encerrado o anterior.

2. Selecione os seus argumentos

Se você precisa convencer alguém de algo, ou mesmo explicar algo a alguém, selecione as informações que você vai comunicar. Por mais que muitas ideias estejam na sua cabeça, comece comunicando apenas as mais importantes. Dessa forma, as ideias “secundárias” podem nem ser necessárias. Se um professor, por exemplo, consegue que os alunos compreendam a sua explicação no primeiro exemplo dado, não há necessidade de dar outros, a menos que a turma não tenha compreendido.

3. Não repita as informações

Muitas pessoas, sobretudo no discurso falado, acabam sendo repetitivas. Esse recurso da linguagem pode ser útil quando é necessário enfatizar algo que não pode ser esquecido. No entanto, se esse não for o caso, não há motivo para as repetições. Elas deixam o discurso cansativo e monótono, perdendo a atenção da audiência. Conclua a sua ideia e parta para a próxima, a menos que tenha ficado alguma dúvida.

4. Informe o tema da conversa

Em uma conversa presencial, e-mail, mensagem de texto, reunião ou apresentação, comece a comunicação revelando o tema dela. Isso é fundamental para que as pessoas compreendam o que está por vir. Criar suspense é bacana na literatura e nos filmes, mas não na comunicação do dia a dia. Perceba que este artigo tem um título e uma introdução, e isso não é à toa: é para comunicar o leitor sobre o assunto dos parágrafos seguintes.

5. Estabeleça o problema que precisa ser resolvido

Todo processo de comunicação tem um problema que precisa ser resolvido: argumentação que precisa ser desenvolvida, uma pergunta que precisa ser feita, uma informação que precisa ser explicada/corrigida, uma decisão que precisa ser tomada etc. Portanto, ao iniciar qualquer processo de comunicação, deixe claro o objetivo da interação, isto é, o que você espera do seu interlocutor. Pode ser necessário contextualizar brevemente as pessoas, mas seja objetivo também nesse aspecto.

6. Apresente a sua solução

Se você já apresentou o problema, não o repita. Prossiga para a solução, apresentando a sua ideia, ou, caso seja esse o objetivo, solicitando as ideias dos seus interlocutores. O importante é que as pessoas que ouvirem a sua comunicação saibam o que você espera delas: compreender, dar a opinião, sugerir outras soluções etc.

7. Ilustre os seus argumentos

Para explicar ou convencer alguém de algo, muitas vezes precisamos recorrer a determinados recursos linguísticos, como os exemplos, as histórias, e por aí vai. Ao empregar esses recursos, porém, certifique-se de que os exemplos escolhidos de fato estejam relacionados ao assunto e que não sejam muito extensos. A ideia é apenas facilitar o entendimento do assunto principal, e não abrir um novo tópico na conversa.

8. Comunique-se com objetividade

O oposto de ser prolixo é ser objetivo e conciso. Portanto, ao analisar o seu discurso, questione-se: será que há um meio mais breve ou com menos palavras de expressar o que eu acabei de dizer? Quanto mais você desenvolver esse olhar analítico para a sua própria comunicação, mais objetiva ela vai se tornar. Além disso, fique atento a determinados vícios de linguagem, como o uso de expressões do tipo “aí”, “daí”, “né?”, “hum”, “tipo assim” etc. São expressões sem utilidade e que só prolongam a conversa.

9. Aprenda a concluir os seus pensamentos

Ao terminar o seu texto ou a sua fala, deixe claro que ele chegou ao fim. As pessoas precisam saber quando a sua ideia foi encerrada, caso contrário, criarão expectativas de que há mais coisas por vir. Sendo assim, utilize expressões do tipo “para concluir”, “em conclusão”, “agora, o que eu espero de vocês é…”, e por aí vai. Ao concluir o seu raciocínio, lembre-se de que não é necessário voltar atrás nas suas ideias. Se desejar, abra uma sessão de perguntas e respostas após a conclusão.

10. Organize antecipadamente a sua comunicação

Por fim, a dica mais importante: pense antes de falar. Organize as partes do texto antes de escrever. Reflita sobre como você vai introduzir o tema, desenvolver as ideias e concluir. Se você aprender a fazer isso antecipadamente, ou seja, antes de efetivamente começar a comunicação, você conseguirá ser muito mais objetivo. Quando falamos ou escrevemos sem planejamento, a chance de nos perdermos nas diferentes ideias, sem fechar um encadeamento lógico, fica muito maior.

Ser prolixo é ser pouco ou nada objetivo na comunicação. Basicamente, é “enrolar” e demorar muito mais tempo do que o necessário para comunicar algo. Isso gera desinteresse, desmotivação e perda de tempo na leitura de um texto, em um telefonema, em uma conversa presencial e até mesmo em reuniões de trabalho, onde ninguém tem tempo a perder. Dessa forma, siga as dicas acima e deixe de ser prolixo. Que a sua comunicação seja cada vez mais concisa e objetiva!

E você, querida pessoa, se considera alguém prolixo? Em quais aspectos você precisa melhorar? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!