Sinceridade tem limite? Sim, tem. A partir do momento em que a sua sinceridade pode ferir os sentimentos de alguém, é melhor ficar calado. Essa é a questão de quem confunde a sinceridade com o “sincericídio”, um termo que mistura “sinceridade” e “suicídio” para se referir a quem fala mais do que deveria, sem se preocupar com os sentimentos do outro.
Neste artigo, você vai aprender a diferenciar a sinceridade do sincericídio e vai conferir 7 dicas para evitar este último. Continue a leitura e saiba mais!
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O que é o sincericídio e o que o diferencia da sinceridade?
Ser sincero significa falar aquilo que a pessoa pensa, mesmo que não seja algo bacana. No entanto, a maneira como essa opinião é exposta é respeitosa e tenta minimizar os impactos negativos nos sentimentos da outra pessoa. Uma pessoa sincera é honesta, mas fala a verdade com empatia e apenas se realmente for necessário. É o que ocorre quando a amiga pergunta o que você acha daquela blusa e você responde “pessoalmente eu não usaria, não gosto desse estilo”.
O sincericídio, por sua vez, é inconveniente. É uma opinião negativa que é emitida sem qualquer empatia e respeito pelo sentimento do outro e sem ser solicitada. Por isso, essa atitude pode prejudicar amizades, relações familiares, relacionamentos amorosos e até o convívio no trabalho. É o caso de quem fala: “Nossa, amiga, você vai sair com isso? Essa blusa está horrível e completamente fora de moda!”.
A sinceridade é a verdade dita de forma honesta, mas respeitosa, com o propósito de realmente contribuir com algo e falando apenas o necessário. O sincericídio, contudo, é agressivo e nem um pouco construtivo. Ele é desprovido de propósitos, responsabilidade afetiva e empatia.
7 dicas para ser sincero, mas sem cometer o sincericídio
Se é difícil para você compreender a linha que separa a sinceridade do sincericídio, é uma boa sugestão acompanhar as 7 dicas abaixo, a fim de não machucar as pessoas ao seu redor!
1. Desenvolva o seu autoconhecimento
Em primeiro lugar, avalie as suas próprias atitudes, observe as suas falas e verifique se aquilo que você diz pode estar magoando alguém. Analise a sua conduta para verificar se você comete sincericídio. Se necessário, pergunte às pessoas do seu convívio se isso ocorre. O primeiro passo para resolver um problema é reconhecer a sua ocorrência. Assim, você conseguirá identificar de que forma e em quais momentos isso acontece e como é possível modificar a sua atitude para que não se repita.
2. Seja resiliente
Se você comete esse erro, não é necessário ficar triste ou punir a si mesmo. Em vez disso, compreenda as situações em que isso acontece, a quem você dirige esses comentários inadequados e por que age assim. Se você compreender isso como algo negativo, é um bom sinal de que você está a fim de mudar. Dessa forma, identifique os momentos em que você está prestes a cometer o sincericídio e pense duas vezes antes de fazê-lo. Aos poucos, modifique a sua forma de agir e seja resiliente.
3. Perdoe o erro
A resiliência que citamos acima consiste em perdoar a si mesmo por cometer esse erro. Da mesma maneira, perdoe também aqueles que cometem o sincericídio em direção a você. Não queira se vingar. Ao contrário, observe nas atitudes dessas pessoas aquilo que você não quer ser. Perdoe e siga em frente, procurando ser uma pessoa melhor a cada dia. Respeite a maturidade emocional de cada um, entendendo que, muitas vezes, que humilha só quer sentir-se melhor consigo mesmo.
4. Tente ser mais otimista
O sincericídio, muitas vezes, é resultado de uma mente pessimista, que enxerga defeitos em tudo e todos. Será que você é assim? Será que os seus comentários são sempre excessivamente críticos e ácidos? Muitas vezes, as pessoas fazem esses comentários porque são infelizes com elas mesmas, egoístas, pessimistas, frias e insensíveis. Procure substituir esses comentários depreciativos pelos elogios ou, no máximo, pelas críticas construtivas, que de fato têm o propósito de ajudar.
5. Exercite a empatia a todo momento
A empatia, conforme já citamos aqui no blog, é a qualidade daqueles que conseguem colocar-se mentalmente no lugar do outro, imaginando como ele sente, pensa e age estando naquele lugar. Essa qualidade nos aproxima do universo do outro e nos faz compreender melhor o seu comportamento, deixando o julgamento de lado.
Assim, passamos a agir em relação ao indivíduo da mesma forma que gostaríamos que as pessoas agissem em direção a nós, se estivéssemos naquela situação. É o ponto principal para o fim do sincericídio: não falar aos outros aquilo que você não gostaria de ouvir, respeitando a emoção alheia, sem ferir os sentimentos de ninguém.
6. Aprimore as suas habilidades sociais
As pessoas são diferentes umas das outras. Algumas oferecem a você mais liberdade para dizer o que pensa, enquanto outras são mais sensíveis e demandam mais cuidados na comunicação. Portanto, invista nas suas habilidades sociais e aprenda a interpretar até que ponto você pode ir com cada pessoa. Tenha a sensibilidade de compreender o contexto e de planejar aquilo que você pretende dizer da melhor forma. Conheça a personalidade daqueles com quem você se relaciona e aja de acordo!
7. Saiba a hora de falar
Por fim, mesmo fazendo críticas construtivas, saiba que há momentos certos para isso. Se uma pessoa está empolgada com um projeto que você realmente não acha que será bacana, por exemplo, não jogue um balde de água fria na cabeça dela neste momento. Verifique se realmente é necessário dar a sua opinião e, se for, escolha um momento de mais serenidade para dizer o que pensa, sempre com respeito e harmonia. Selecione bem as palavras, de modo a não magoar o seu interlocutor.
Como você pode perceber, é possível ser sincero e dizer a verdade sem ser deliberadamente ofensivo e agressivo. Nem sempre podemos evitar que o outro se magoe, mas podemos minimizar o impacto das nossas palavras ao agir com empatia. Siga as dicas acima e seja honesto sem cometer o sincericídio, que pode colocar um ponto final nas suas relações, tanto na vida pessoal como na vida profissional.
E você, querida pessoa, tem cometido o sincericídio? Já foi “vítima” dessa comunicação violenta? Como lida com o tema? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!