A neurologia é a ciência que estuda a anatomia e as funções do cérebro e dos demais componentes do sistema nervoso, sendo também a especialidade médica que promove os diagnósticos e os tratamentos relativos a esse sistema. Já o marketing é a área do conhecimento que tem o objetivo de compreender as pessoas para oferecer a elas produtos e serviços que as satisfaçam da melhor maneira possível, a preços justos e com uma comunicação persuasiva.
Mas o que essas duas áreas tão distintas do saber humano têm a ver uma com a outra? Como pode surgir o neuromarketing, da junção de ambas? O que é esse conceito e por que ele tem sido tão abordado nos últimos tempos? As respostas para essas e outras perguntas, você vai conferir no artigo a seguir. Siga em frente e tenha uma excelente leitura!
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O que é neuromarketing?
O Neuromarketing é uma abordagem que estuda como o consumidor se comporta e como é o seu processo de compra, do ponto de vista do funcionamento da sua mente. Analisa como os estímulos neurológicos externos são capazes de influenciar uma pessoa a comprar e tem como objetivo entender melhor como os clientes reagem a tudo isso.
Vivemos cercados de propagandas, comerciais e anúncios dos mais variados tipos. Nesse sentido, você já parou para pensar por que alguns chamam mais a nossa atenção do que outros? Bem, segundo o neuromarketing, isso tem a ver com enviar a mensagem certa para a pessoa certa, no momento certo.
Para isso, é importante acessar as memórias, emoções e boas histórias da pessoa e fazê-la identificar-se com aquilo que ela está vendo ou ouvindo na publicidade, no evento, na loja, no merchandising, no ponto de vendas etc. Isso sempre deve ocorrer de forma positiva. Os comerciais de Natal, por exemplo, nos lembram dos nossos momentos em família, do quanto é bom estar juntos e trocar presentes. Não por acaso, esta é uma das datas em que as empresas mais vendem no Brasil e no mundo.
Como o neuromarketing é útil?
Segundo relatos, Ale Smidts, professor de Marketing da Universidade de Roterdã, na Holanda, foi quem cunhou o termo neuromarketing. Entretanto, a ideia de analisar o processo cerebral envolvido no momento da tomada de decisão de compra é do médico e pesquisador de Harvard Gerald Zaltman, que submeteu os participantes de sua pesquisa a ressonâncias magnéticas, de modo a identificar como o cérebro dos consumidores se comportava nesse sentido.
A ideia do neuromarketing é entender com mais exatidão quais são as reais preferências dos clientes e, a partir disso, criar produtos que realmente atendam aos seus desejos e necessidades. Às vezes gostamos do sabor, da cor, do tipo de um produto, mas é outro, de outra marca, que nos traz as memórias afetivas que nos fazem levá-lo para casa.
Compreender essas variáveis cerebrais e como esses estímulos externos impactam as pessoas possibilita que as empresas tenham um conhecimento maior sobre os seus consumidores, de como pensam e agem ao tomar a decisão de comprar algo de determinada marca, por exemplo.
Isso vai além de perguntar o que a pessoa quer, do que ela gosta, pois nem sempre isso corresponde ao que a sua mente diz ou quer. A resposta racional de uma pessoa em uma pesquisa nem sempre é o que o cérebro dela registra, considerando a sua emotividade.
De que maneiras o neuromarketing é utilizado na atualidade?
Na prática, podemos ver o neuromarketing agindo e nos influenciando por meio dos filmes publicitários na TV e internet, que apresentam histórias que apelam para o nosso emocional, mostram casos de superação, defendem a força da “mulher de verdade” ou do homem que busca aventura e que tem em seu carro o companheiro ideal.
São mecanismos de associação de ideias, de “comprovação” de argumentos e de exploração da emocionalidade humana — todos com um objetivo: fazer as pessoas comprarem.
Se você tem uma empresa, busque utilizar o neuromarketing para entender melhor o comportamento do consumidor e as melhores maneiras de atraí-los. Já se você é o próprio cliente, saiba que são muitas as estratégias para convencê-lo a comprar. Esteja atento a tudo isso, use o seu bom senso, tenha bons critérios e boas compras!
5 estratégias que derivam do neuromarketing e você nem sabia!
Muitas estratégias que as empresas utilizam hoje em dia tiveram as suas origens nos estudos do cérebro, ou seja, no neuromarketing. Conheça algumas delas!
1. Psicologia das cores
A psicologia das cores é o estudo das associações que a mente humana faz com as cores e determinadas emoções que elas são capazes de despertar. O azul, por exemplo, é associado à confiança e à segurança, enquanto o vermelho desperta a paixão e a intensidade. Assim, as marcas se utilizam dessas técnicas na sua identidade visual, na comunicação social e nas embalagens, a fim de despertar emoções específicas nos seus consumidores.
2. Storytelling
Storytelling é uma técnica muito utilizada na publicidade, que consiste em contar uma história para divulgar um produto ou uma marca. Segundo estudos, é mais marcante para a mente humana fazer a comunicação empresarial por meio de uma história que desperte emoções do que apenas divulgando os seus produtos e benefícios sem um contexto mais elaborado.
3. Gatilhos mentais
“É só até amanhã!”. “Últimos ingressos disponíveis!”. “Confira os depoimentos de quem já adquiriu este curso!”. Você certamente já se deparou com frases do tipo, não é mesmo? São gatilhos mentais — nesses casos, a urgência, a escassez e a prova social, respectivamente. Trata-se de pequenas informações que estimulam com intensidade o indivíduo à compra.
4. Oferecimento de valor
Brindes, amostras grátis, demonstrações, sites repletos de conteúdos de qualidade, entretenimento nas redes sociais: hoje em dia, a comunicação empresarial consiste em dar às pessoas algo em troca pela sua atenção. Esse algo em troca é o valor que as pessoas percebem naquela empresa — não apenas nos produtos, mas também nos conteúdos, no entretenimento e na qualidade do atendimento recebido.
5. Repetição
A repetição pode ser considerada um gatilho mental, mas também é interessante incluí-la separadamente nesta lista. Repetir o nome de um produto, o slogan de uma marca, entre outras mensagens empresariais, é um fator que reforça o significado da mensagem na mente humana. Certamente você se lembra de slogans e jingles de muito sucesso não é mesmo? Isso só é possível porque eles foram exaustivamente repetidos.
E você, querida pessoa, conhecia a importância do neuromarketing? Imaginava que a sua vida, enquanto consumidor, era tão impactada por esse tipo de conhecimento? O que pensa a respeito? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!