O telefone celular é uma invenção que revolucionou as telecomunicações. Hoje em dia, esses aparelhos apresentam tantas funcionalidades que sair de casa sem eles parece loucura. Aliás, trata-se de um instrumento que caiu no gosto dos brasileiros. Com a popularização nas últimas décadas, o Brasil é hoje o 5º país do mundo com mais aparelhos celulares, um total de 109 milhões de usuários, mais da metade da população — os dados são da consultoria Newzoo, de 2021.

Mas essa invenção milagrosa que tanto auxilia o dia a dia também tem os seus prejuízos. O uso descontrolado desses aparelhos pode prejudicar a produtividade das pessoas. Neste artigo, você vai saber como. Continue a leitura e fique atento aos seus hábitos!

A popularização do aparelho celular e os seus benefícios

O objetivo deste artigo não é, de maneira alguma, “demonizar” o aparelho celular e incentivar o seu desuso. A ideia é apenas fazer um alerta para que sejamos mais conscientes e equilibrados ao utilizar esses itens, mostrando a eles quem é o dono de quem.

Não podemos negar que os telefones celulares são positivamente revolucionários. Por meio deles, podemos nos comunicar com qualquer pessoa em qualquer lugar (desde que haja sinal de telefonia). Podemos telefonar, enviar mensagens de texto, checar as redes sociais, fazer pagamentos, encontrar caminhos enquanto dirigimos, acessar diferentes conteúdos pela internet, tirar fotos, gravar vídeos, e por aí vai.

Todas essas funcionalidades beneficiam o nosso dia a dia de trabalho e a própria vida pessoal. Portanto, é inquestionável a facilidade trazida por esse utensílio, e talvez seja impensável um país como o Brasil sem esses telefones hoje em dia.

Prejuízos que os aparelhos oferecem à produtividade

No entanto, como em tudo na vida, nem tudo são flores. O uso inconsciente desses aparelhos pode provocar um verdadeiro vício. Nesses casos, o tempo gasto com as funcionalidades dos celulares prejudica a realização das outras atividades do dia a dia, o que provoca muitos prejuízos. Entenda como isso ocorre neste artigo.

1. A interrupção provocada pelas notificações e ligações

Quando ouvimos ou vemos que uma notificação foi recebida no celular, automaticamente o cérebro dispara a dopamina, que é um neurotransmissor associado às expectativas e ao prazer. Isso ativa na pessoa uma curiosidade enorme para saber que notificação é essa. Será que alguém curtiu a minha foto? Será que o crush respondeu à minha mensagem? Será que o chefe aprovou o meu trabalho?

O mesmo vale para os telefonemas. Como o celular permite que sejamos contatados em qualquer lugar, eles interrompem continuamente a nossa rotina. Por isso, as notificações e as ligações recebidas geram interrupções e, muitas vezes, distrações que atrapalham a nossa capacidade de concentração, atenção e gestão do tempo nas atividades.

Isso pode favorecer uma intromissão de assuntos pessoais no período de atividades acadêmicas e profissionais, o que não é bem-visto pelas escolas, universidades e empresas, além de ser prejudicial ao alcance dos objetivos do indivíduo.

2. A procrastinação

Além da interrupção, o uso descontrolado de aparelhos celulares pode levar a outro problema: a procrastinação. Quando estamos trabalhando, estudando ou fazendo qualquer atividade que demanda mais atenção e energia, é natural fazer pausas para o descanso. Durante essas pausas, você pode utilizar o celular para relaxar, distrair-se etc.

O problema ocorre quando o aparelho é utilizado não apenas durante as pausas, mas também ao longo do período produtivo. Quando uma pessoa tem uma tarefa difícil ou importante pela frente, ela pode cair na tentação de pegar o celular para adiar a realização dessa tarefa “desagradável” o quanto for possível. Isso gera um consumo de energia mental, além de uma perda de tempo considerável, gerando atrasos e ainda mais desmotivação para produzir.

3. Os e-mails e as mensagens de texto

Parece ser uma característica dos nossos dias evitar os telefonemas quando for possível e dar preferência aos e-mails e às mensagens de texto. Esses aplicativos permitem que mensagens, arquivos anexados, imagens, áudios e vídeos sejam compartilhados. Não há problema em fazer uso desses recursos. Aliás, para fins de trabalho, eles podem até ser necessários.

O problema é que algumas pessoas acabam desenvolvendo o hábito de checar os e-mails e as mensagens de texto muitas vezes ao dia, o que gera as interrupções e os atrasos que já citamos acima. Portanto, o ideal é definir um ou dois momentos específicos para fazer essa checagem, ou utilizar a versão para computador dessas aplicações, de modo que não seja necessário pegar o celular toda hora para verificar as notificações recebidas.

4. As redes sociais

As redes sociais são um capítulo particularmente problemático na relação celular x produtividade. O problema é que esses sites são propositalmente arquitetados para fazer a pessoa permanecer o máximo possível de tempo navegando pelos seus conteúdos e perdendo a noção do tempo — mais uma vez prejudicando a produtividade e sendo um combustível poderoso para a já citada procrastinação.

Além disso, as redes sociais reforçam a necessidade de construir e exibir uma determinada imagem à sociedade, por meio de opiniões, fotos, vídeos e status. Nessa lógica, não basta viver uma experiência, é preciso registrá-la e mostrá-la aos outros. Mas será que vale a pena tirar milhões de fotos e gravar uma infinidade de vídeos, em vez de efetivamente aproveitar o momento?

5. O excesso de aplicativos

Por fim, não há como negar que muitos dos aplicativos dos celulares são de fato úteis. Por meio desses aparelhos, conforme citamos, podemos checar e-mails, atualizar agendas, fazer anotações, tirar fotos e vídeos, estabelecer comunicação com outras pessoas, pesquisar caminhos enquanto dirigimos, fazer compras, pagar contas, investir, fazer cursos, assistir a filmes e séries, agendar consultas médicas, acompanhar dietas, monitorar atividades físicas, e por aí vai.

É bacana contar com todas essas funcionalidades, mas devemos entender que esse excesso de aplicativos pode tomar das pessoas um tempo valioso, em que elas podem se descuidar do mundo físico. Além disso, acabamos nos tornando completamente dependentes de um aparelho eletrônico pequeno, que pode ser perdido, roubado ou esquecido em casa. Até mesmo quando a bateria acaba, é como se uma pequena parte de nós tivesse “morrido”, não é mesmo?

Não “demonize” o celular. Aprenda a lidar com ele!

Como mencionamos no início deste artigo, não queremos “demonizar” o aparelho celular, pois sabemos que ele é uma ferramenta (ou melhor, um conjunto de ferramentas) extremamente útil para a vida contemporânea. Contudo, é importante definir horários específicos para checar e-mails, acessar as redes sociais, e por aí vai. A não ser que o seu celular seja o seu instrumento de trabalho, deixe-o em modo silencioso durante o seu período produtivo. Utilize-o durante as pausas!

E você, querida pessoa, como avalia a sua relação com os aparelhos celulares? Como você pode melhorá-la? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Além do mais, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!