A depressão é um transtorno que acarreta sérias consequências para o indivíduo acometido por ela, demandando acompanhamento psicológico e a realização de tratamento médico. Estar triste, por sua vez, faz parte da vida de todo ser humano e consiste em uma situação passageira. Saber diferenciar os dois estados é fundamental para tomar as providências necessárias para a resolução de cada caso.

No decorrer deste artigo, vamos conferir as diferenças entre a depressão e a tristeza, para que você saiba identificar uma e outra no seu próprio comportamento ou de pessoas próximas. É sempre importante ressaltar que, em casos de depressão, quanto antes o problema for identificado, melhor é o prognóstico. Para saber mais sobre essas diferenças, continue a leitura a seguir!

5 dicas para diferenciar a tristeza da depressão

Tristeza e depressão podem até compartilhar algumas características em comum, mas não são, nem de longe, a mesma coisa. A tristeza pode ser um dos sintomas dos quadros depressivos, mas não é o único. Por isso, saber identificar um quadro depressivo é essencial para buscar ajuda médica e, assim, iniciar um tratamento pertinente.

Já no caso de quem está enfrentando um momento de tristeza, também é importante identificar o motivo, a fim de trabalhar a busca pelo equilíbrio emocional e evitar que ela evolua para um transtorno emocional. Na sequência, confira 5 dicas que vão ajudar você a diferenciar uma situação de tristeza de um quadro depressivo.

1. O motivo do descontentamento

A principal diferença entre a tristeza e a depressão está na identificação do motivo para a sensação de frustração. Quando algo ruim acontece, como perder o emprego, terminar um relacionamento ou mesmo perder um ente querido, é possível entender de onde vem o sentimento de tristeza, e ele se justifica. Então, você sabe exatamente o motivo pelo qual está desanimado e sem vontade de realizar as suas atividades , mas tudo isso tende a aliviar com o passar dos dias.

Já quem está em um quadro de depressão pode não saber dizer a razão específica pela qual está triste ou tende a acreditar que tudo está sempre ruim, independentemente do que esteja acontecendo ao seu redor. Há uma desproporcionalidade para o sentimento de tristeza em relação à realidade dessa pessoa. Se você tem passado por uma situação delicada ou conhece alguém que esteja, considere se existe um motivo para essa prostração.

2. A duração dos sentimentos negativos

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A tristeza, como qualquer outra emoção, é passageira. A partir do momento em que o motivo que causa a dor se afasta e/ou que o tempo vai curando as feridas deixadas, é natural começar a se sentir menos impactado. Isso quer dizer que, aos poucos, o indivíduo se sente melhor, começa a se acostumar-se com a nova realidade gerada pela mudança e gradativamente supera o que lhe causa tristeza.

Ao contrário disso, a depressão é duradoura e se manifesta todos os dias por, pelo menos, duas semanas. Nesse caso, o indivíduo não sente que a dor está sendo aliviada com a passagem do tempo. Alguns dos sintomas da depressão podem até mesmo aumentar gradativamente, de maneira que podem não ser identificados em uma primeira avaliação.

3. O desinteresse por atividades que antes eram prazerosas

Uma pessoa que está triste pode ter vontade recorrente de chorar e sentir um grande desânimo durante certo período. Dependendo do motivo que desencadeou a tristeza, também é normal ter a sensação de ser impotente e experimentar uma profunda angústia. No entanto, esse indivíduo ainda consegue se manter ativo dentro do possível.

Alguém que está deprimido, porém, além desses sintomas que mencionamos acima, não sente mais prazer em realizar atividades que antes eram os seus hobbies, por exemplo. Um desenhista pode deixar de desenhar, um músico de tocar, um jogador de tênis de disputar uma partida e um cinéfilo de assistir filmes. Outros sintomas relevantes de citar são a culpa (geralmente injustificada) e os pensamentos relacionados a tirar a própria vida — que indicam a falta de esperança no futuro.

4. A irritabilidade

Embora a raiva não seja um dos sintomas mais citados quando o assunto é a depressão, trata-se de um comportamento bastante recorrente entre os acometidos por esse transtorno. Uma pessoa que está apenas triste provavelmente não vai se sentir irritada com facilidade — talvez, inicialmente, se sinta revoltada pelo que motivou a sua situação, mas nada desmedido.

Por sua vez, o indivíduo deprimido pode se tornar agressivo com aqueles que o cercam. O grande problema em não detectar que está sofrendo com um transtorno psicológico é colocar em xeque as relações pessoais, que são primordiais para o fortalecimento do ânimo durante o tratamento. Portanto, ao perceber uma irritabilidade anormal em uma pessoa próxima, aliada a outros sintomas comuns na depressão, evite levar esses picos de irritabilidade para o lado pessoal e incentive-a a buscar ajuda.

5. As alterações nos padrões de sono, apetite e peso

Mais uma dica relevante para diferenciar depressão de tristeza: o transtorno pode acarretar em mudanças de apetite e de peso. Destacamos que pode haver aumento ou redução significativa de peso em um período curto de tempo. Ao observar uma alteração de mais de 5% do seu peso que não tenha nenhuma justificativa física, procure um médico.

Diversas doenças podem ser a causa para essa oscilação na balança, contudo, quando está associado com outros sintomas que mencionados ao longo do artigo, pode ser um sinal de alerta para o desenvolvimento de depressão. Fique atento, ainda, ao seu comportamento à mesa: perder a vontade de comer ou, ao contrário, comer demasiadamente para preencher algo que parece estar faltando, demonstra que há algo que não está certo.

As alterações também podem afetar os padrões de sono do indivíduo. Assim, a depressão pode tanto provocar uma sonolência excessiva quanto quadros de insônia que precisam ser investigados.

Depressão tem tratamento!

Se você acredita que está sofrendo de um quadro depressivo, recomendamos que procure um médico psiquiatra para passar em consulta e ter um diagnóstico. A boa notícia é que existem tratamentos que podem ser bastante eficientes, ajudando o paciente a voltar a ter uma vida normal, com ânimo e energia para retomar a sua rotina e ter novas experiências.

Entre as opções de intervenção, estão a realização de sessões de psicoterapia com um psicólogo (geralmente uma vez por semana) e, quando necessário, o uso de medicamentos, que pode ser por períodos mais curtos ou continuamente, sempre a depender da avaliação médica. Em casos de recaída, o tratamento medicamentoso pode se estender por mais 2 anos, em média. Lembre-se sempre de que somente um psicólogo e/ou psiquiatra pode fazer o correto diagnóstico e o acompanhamento.

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